quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E em Natal, o descaso é gritante !! - Por Tribuna do Norte, de 20.02.2011

Cemitério do Planalto está abandonado

Janelas e telhas quebradas, infiltração no teto, fezes espalhadas pelo chão, fiação elétrica elétrica roubada. Nem o portão de entrada escapou. E o que poderia ser a solução para a superlotação dos cemitérios de Natal é, na verdade, mais um problema. Isso porque, o cemitério do Planalto - com capacidade para quase três mil túmulos – está totalmente abandonado.


A reportagem da TRIBUNA DO NORTE foi até o cemitério do Planalto. Não havia ninguém vigiando o local. No espaço que deveria ser utilizado para velar os corpos, só tinham lodo, fezes, restos de comida e muita água acumulada. Cenário perfeito para a proliferação do mosquito da dengue.

“É uma pena que esse lugar esteja abandonado. O pessoal comenta que está servindo de motel e de abrigado para os usuários de drogas. Enquanto isso, a gente fica sem ter onde enterrar os nossos defuntos. É preciso sair de cemitério em cemitério procurando vaga”, disse a dona de casa Helena Teixeira da Silva, que foi buscar sua burra, que vai comer o matagal do cemitério.

O local, uma área de 128 mil m², foi construído há cerca de quatro anos e nem chegou a ser inaugurado. A justificativa da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para a não liberação do cemitério é a falta de impermeabilização do solo, o que poderia causar a contaminação do lençol freático de Natal.

A titular da Semsur, Solange Ferreira informou que a Secretária Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) está realizando o estudo daquele solo para definir o projeto de impermeabilização. “Estamos aguardando o parecer da Semurb para dar início as obras. Como ainda não temos os projeto, não tenho como dizer o quanto será investido”, disse Solange Ferreira.

Ainda segundo a Secretária, a Prefeitura, por questões de segurança, os profissionais deixaram de vigiar o cemitério. “Tentamos deixar pessoal no local, mas em virtude da distância e da falta de segurança ficou difícil mantê-los por lá”, disse Solange Ferreira.

Em entrevista a TRIBUNA DO NORTE, em outubro do ano passado, o então secretário adjunto da Semsur, Thiago Trindade, estimou que seriam necessários mais de R$ 5 milhões para readequar o novo cemitério. Hoje, esse valor deve ser maior porque o equipamento público precisa ser totalmente reformado devido a ação dos vândalos.

Secretária afirma que são utilizados espaços provisórios

Enquanto o problema do Cemitério do Planalto não é resolvido, a população de Natal fica sem ter onde enterrar os seus mortos. Já não há vagas em nenhum dos oito cemitérios públicos.

No cemitério do Alecrim, o mais antigo da cidade, não há espaço para mais ninguém. Segundo funcionários do local, são 3.962 túmulos aforados (regularizados), fora os irregulares, que segundo eles, é impossível saber o número exato.

A situação é a mesma nos cemitérios Bom Pastor I e II. Não é possível receber novos túmulos por falta de espaço. Para se ter uma ideia da dificuldade, no último sábado, cinco corpos não identificados pelo Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep-RN) foram enterrados entre o meio fio da entrada principal do cemitério, um espaço de aproximadamente 80 cm de largura.

“Realmente não temos vagas disponíveis nos cemitérios públicos. Mas isso não significa que a população fica desassistida. A gente utiliza espaços provisórios, que são desocupados depois de dois anos para serem utilizados novamente”, explicou a Secretária Municipal de Serviços Urbanos, Solange Ferreira.

Ainda, segundo ela, é não possível abrir novas vagas por falta de espaço. Há corpos enterrados em toda parte dos cemitérios públicos, que também não têm condições de ser ampliados.

“Acredito que o Cemitério do Planalto conseguirá melhorar a situação. Além disso, com o surgimento dos cemitérios particulares, cai a demanda pelos cemitérios públicos”, disse.

P.S.: Tive que fazer uma correção ortográfica e de gramática pois o texto redigido sobre o assunto estava com qualidade sofrível. É só uma questão de comparar a grafia da Fonte Original com a do post sobre o mesmo assunto aqui.

Fonte da Notícia

Retomadas as buscas em cemitério de SP por desaparecidos da ditadura - Por Jornal do Brasil de 21.02.2011

Santa Casa some com corpo de idosa enterrada no Cemitério do Caju - Por Jornal Extra - RJ - 20.02.2011

Funcionários da Santa Casa da Misericórdia — concessionária que administra 13 cemitérios da Prefeitura do Rio — sumiram com o corpo de uma mulher de 89 anos, enterrada em 1999, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Os parentes da idosa foram enganados ao exumarem seus restos mortais no ano passado, uma vez que, oficialmente, na mesma sepultura, havia sido enterrado um homem um ano antes, em 2009.

Tudo começou em 13 de novembro de 1999, quando Glória Gomes de Amorim, de 89 anos, que lutou anos contra um câncer, foi enterrada na sepultura tipo carneiro número 81.372, da quadra 81, no São Francisco Xavier. O sepultamento foi registrado na página 80 do livro 617.

Naquela ocasião, parentes de Glória adquiriram um nicho (gavetinha) perpétuo, para onde os restos mortais deveriam ser transferidos após três anos. Devido a problemas de saúde na família, a exumação só foi realizada em 1º de novembro do ano passado — quase 11 anos depois.

O problema é que, em 2 de março de 2009, foi enterrado na mesma sepultura o corpo de Kalil Santiago Quara, de 64 anos. O enterro foi registrado na página 94 do livro 663.

— Se em 2009 enterrei naquela sepultura o corpo do meu marido, como em 2010 o corpo de outra pessoa foi exumado? Com certeza o carneiro foi violado. Na última vez em que estive no cemitério, poucos dias após o Dia de Finados em 2009, a tampa estava cimentada e a sepultura, pintada com tinta óleo branca. E olha o estado de abandono agora — desabafou Maria da Graça Quara, de 81 anos, que foi casada com Kalil durante 43 anos.

No último dia 28 de janeiro, a placa de mármore — com o nome, as datas de nascimento e morte e a frase "Descanse em paz. Saudades de sua esposa, filhas, netos e familiares" — que deveria estar sobre a sepultura de Kalil, estava em cima da sepultura 81.371, onde também havia outra placa em nome de Conceição Vieira. Vendedor de carros, Kalil faleceu em 1º de março de 2009, vítima de enfarte.

— Perder um pai já é muito duro. Infelizmente, há pessoas que usam a dor das pessoas para ganhar dinheiro. Isso é o tipo de coisa que passa na TV mas nunca achamos que vai acontecer conosco — lamentou Samyra Quara, de 39 anos, filha de Kalil e Maria da Graça.

EXTRA encontrou os familiares que fizeram a exumação dos restos mortais que supunham ser de Glória, mas eles não quiseram dar entrevista.

Funerárias precisam pagar ‘gratificação’


Para reservar uma sepultura no Cemitério São Francisco Xavier, funerárias precisam pagar propina a funcionários da administração. Caso se recusem a pagar a "gratificação", as funerárias não conseguem enterrar os corpos no local.

— Atualmente, há mais corpos para serem enterrados do que sepulturas disponíveis. Por isso, alguns funcionários exigem das funerárias uma quantia além do preço do aluguel da sepultura, que é tabelado pela prefeitura. Essa quantia é apelidada de "gratificação" e varia conforme o tipo de sepultura — explicou um funcionário do cemitério, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.

Para averiguar as denúncias, o repórter do EXTRA telefonou para o cemitério, passando-se por agente de uma funerária, para reservar uma sepultura tipo carneiro para o dia seguinte. A conversa foi gravada. Os nomes dos envolvidos foram omitidos.

— Meu nome é (...). Estou aqui na Funerária (...), sou funcionário novo. Eu queria reservar uma gaveta para amanhã — disse o repórter.
— Pra quem? — perguntou o funcionário.
— Antônio Francisco Lopes (nome do traficante Ném da Rocinha).
— Que horas?
— Três. Direto. Sem capela.
— A (...) te passou né? Gaveta dá R$ 100.
— Não. O quê?
— Fala com ela. Se for uma gaveta, dá R$ 100.
— Tá. Entendi. E dá o dinheiro aí na hora mesmo? Como a gente faz?
— É você que vem ou você vai mandar pelo rapaz que vai conduzir o... (rabecão)?
— Eu não tenho certeza ainda. Mas talvez eu vá.
— Então. Se for você, você vem e entrega ao (...) ou a (...). Se você não vier, você manda pelo motorista.

Além das irregularidades, é ruim o estado de conservação dos cemitérios administrados pela Santa Casa. Sepulturas quebradas, mato alto, lixo e entulho acumulado nos caminhos e falta de segurança são os principais problemas dos cemitérios.
Fonte da Notícia

Sobre Campo Mourão - PR - Por Tribuna do Interior

Histórias e mitos cercam cemitério

Walter Pereira

Quem nunca sentiu medo ou teve a leve sensação de um arrepio correr a espinha ao ouvir as sombrias histórias que acontecem entre os quatro cantos dos cemitérios? O local onde todos nos encontraremos um dia é sempre cercado de muitos mitos e mistérios. Os contos, reais ou não, sempre serão colecionados para serem contados por alguém. E no cemitério de Campo Mourão não poderia ser diferente. Tem coveiro que já viu desde bonecos vudu a filho desenterrar o pai e, acreditem se quiser, até uma cruz que já virou árvore.


A história do cemitério São Judas Tadeu começou oficialmente em março de 58, com o sepultamento de uma mulher. De acordo com os registros da administração, na região havia pelo menos outros quatro “campos santos”, que foram desativados em meados de 2005. Eles eram localizados no São Benedito, Piquirivaí e comunidades do KM 28 e 32. Em Campo Mourão, o primeiro cemitério a ser instalado no município foi no Lar Paraná. Ainda na década de 80, os corpos haviam sido todos removidos ao cemitério atual.

Atualmente, de acordo com informações da administração, há espaço apenas para mais 170 novas sepulturas no cemitério, ou seja, levando em consideração que em Campo Mourão morre uma média de 570 pessoas por ano, o local está com os seus dias contados. “É difícil estabelecer com certeza a quantidade de quantas pessoas ainda podem ser sepultadas. Muitos são enterrados junto de familiares”, explica o administrador João Maria Correa Gonçalves, acrescentando que até agora foram registrados oficialmente em torno de 19.586 sepultamentos.

Vandalismo

Em geral, os cemitérios por mais sombrosos que possam ser, são geralmente considerados espaços tranquilos, locais de paz. “Venho no cemitério toda semana para visitar alguns familiares e gosto da tranquilidade. A hora passa que nem vejo”, confirma a dona de casa, Fátima Herculano, de 38 anos.

No entanto em Campo Mourão, nem mesmo os mortos escapam da brutalidade dos vândalos, que destroem o local. Para se ter uma ideia somente nestes dois primeiros meses do ano, mais de 20 vasos já foram furtados, sem falar das inúmeras peças de bronze, que simplesmente desaparecem. “É difícil evitar. O local é muito grande e existe apenas um vigia para cada turno”, justifica Gonçalves, ressaltando que raramente alguma peça é recuperada.

A cruz que virou árvore

Fatos curiosos marcam a história do único cemitério do município. De acordo com o historiador Jair Elias dos Santos Júnior. Um destes mitos é a “Cruz de Cedro”, fincada no túmulo de Maria Silvério Pereira, esposa de Jozé Luiz Pereira. Trata-se da primeira pessoa que fixou, em definitivo, residência em Campo Mourão.

Por volta de 1905, Maria Silvério estava arando terra, quando então sofreu um acidente fatal. O cavalo que ela montava arrastou-o, agravando o seu problema abdominal. Os seus familiares fizeram a sepultura e colocaram uma cruz, feita de cedro.

Agoniado com a tragédia, Jozé Luiz resolveu ir embora para o Mato Grosso, onde estava seu irmão, Antônio Luiz Pereira. Com o passar dos anos, a cruz apodreceu, permanecendo somente seu tronco. Segundo os mais antigos, da terra do cemitério brotou vida e transformou a cruz de madeira em uma imensa árvore que está até hoje no cemitério.

Com o sepultamento de Maria Silvério, criou-se entre as famílias pioneiras o hábito de enterrar seus familiares no local. A história da cruz de cedro virou o conto “A cruz que virou árvore”, escrito pela historiadora Édina Simionato. (WP)

Jurandir, o coveiro que já viu ‘de tudo’


Pessoas mortas por apenas R$5, filho jogando lata de cerveja na sepultura dos pais, preservativos espalhados pelo cemitério, rituais de magia negra. Enfim, o coveiro Jurandir Ribeiro de Araújo, de 49 anos, que mantém o ofício há pelo menos 14, diz que já viu de tudo no campo santo de Campo Mourão.

“É lamentável você saber que alguém teve a coragem de matar uma pessoa por R$5. Fico pensando, como pode existir alguém assim. Já vi filho revoltado com o pai até no momento do enterro. Ele pegou a enxada da minha mão, abriu um buraco sobre a sepultura e jogou uma lata de cerveja dentro, enquanto falava palavrão contra o próprio pai”, conta o coveiro.

Preservativos no cemitério já cansou de encontrar. Além disso já encontrou rituais de magia negra, como bonecos espetados com agulhas, nomes de pessoas dentro de garrafas e até pequenos punhais enterrados na terra. "Quando encontro enterro tudo", comenta.

Ele relata até um caso inusitado, mas com tanto tempo no ofício e entendendo a dor da família encara com naturalidade. “Foi um dia em que estava sepultando o pai de uma moça e ela, inconformada, ficava me vendo como uma pessoa cruel. Dizia que o pai dela ia ficar sem ar embaixo da terra e que um dia alguém ia fazer daquele jeito comigo também”, conta ele, que diz não temer a passagem dessa vida. Evangélico, só se preocupa com uma coisa: alcançar a salvação eterna. “Só gostaria de ter a certeza da salvação. O resto não importa.”

Há tanto tempo enterrando gente, Araújo diz que já dividiu tristezas e derramou lágrimas junto a famílias. “Rapaz, tem hora que a gente não aguenta e chora junto. O meu trabalho me faz pensar na vida”, completa. (WP)

O retrato do descaso


Sepulturas em ruínas, carreadores na terra pura e sujeira, mas muita sujeira mesmo para todos os lados. Este é o estarrecedor retrato do São Judas Tadeu. Um dos locais mais visitados da cidade não oferece sequer o mínimo de estrutura aos visitantes. Atualmente, de acordo informações levantadas junto a administração, pelo menos 80% do cemitério não dispõe de asfalto. Os carreadores que estão com o que resta de malha asfáltica também estão bastante deteriorados.

A situação é ainda mais grave onde não tem asfalto. A erosão já começa a formar valetas entre os túmulos. De acordo com os próprios funcionários, quando chove o local fica praticamente intransitável.

A reportagem entrou em contato com o secretário de planejamento para saber se existe algum projeto de melhorias para cemitério, mas não o encontrou. (WP)

Há 28 anos idosa limpa e conserva túmulos

Um ofício nada comum e que, de certa forma, exige muita coragem. Afinal de contas não é qualquer pessoa que se dispõe a cuidar de túmulos. É arrepiador, ainda mais por se tratar de cemitério. Estamos falando de uma personagem real. Ela se chama Nair da Rocha da Silva, de 66 anos, que há pelo menos 28 anos limpa e conserva túmulos no cemitério. A idosa presta os serviços particulares e, por mês, consegue tirar algo em torno de pouco mais de um salário.

Dona Nair, como é mais conhecida, é uma senhora franzina, tímida, mas corajosa. Hoje ela é responsável pela conservação de pelo menos 60 túmulos no cemitério São Judas Tadeu. Há quase três décadas trabalhando ao lado dos mortos, ela afirma que nunca presenciou nenhum fenômeno estranho, muito menos se sentiu mal ou amedrontada por estar próxima aos defuntos. “Me sinto em paz”, sintetiza.

No entanto a zeladora faz uma ressalva, diz que a única coisa que a incomoda são as macumbas espalhadas pelos estreitos carreadores junto às tumbas. “Já encontrei velinhas coloridas de ‘saravá’ e até galinha preta morta”, revela.

Todos os dias, pelo menos desde que começou a trabalhar no cemitério, a rotina de Nair é a mesma: pegar no trabalho às 8 horas da manhã com parada às 6 horas da tarde. Ela diz que os pais, entre outros parentes estão sepultados no local e aproveita também para visitá-los.

Nair faz questão de ressaltar as inúmeras amizades já consolidadas no local. Além dela, pelo menos outras 10 mulheres aderiram ao ofício. A senhora lembra que hoje, boa parte da limpeza é feita por ela, mas que no futuro, quando também estiver no mundo dos mortos espera que outra pessoa continue a tarefa. “Não pode esquecer de limpar o meu túmulo também”, brinca. “Às vezes a gente brinca, mas é verdade”, completa com leve sorriso estampado no rosto tímido. (WP)
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Em Londrina... - Por Bonde News

10/02/2011 -- 15h20

Acesf proíbe vasos nos cemitérios de Londrina

A Acesf decretou a proibição da entrada de qualquer tipo de vaso ou arranjos florais nos cemitérios de Londrina, seja de flores naturais ou artificiais. A administração abre exceção em três datas, nas quais a população poderá levar flores naturais aos túmulos: nos dias das mães, dos pais e no feriado de finados.


A Acesf também convoca proprietários de túmulos nos cemitérios da cidade para que tomem medidas no combate ao acúmulo de água nos jazigos, como forma de prevenir a proliferação da dengue. O Edital de convocação será publicado no Jornal Oficial do Município. Os donos têm três dias para limpar os jazigos. Caso nada seja feito, o pessoal da força tarefa vai realizar o trabalho.

A superintendente da Acef, Luciana Viçoso, disse que a administração não tem condições de cuidar dos 28 mil túmulos. "Por isso nós precisamos da ajuda da população. Não temos funcionários suficientes para cuidar, a cada chuva, dos túmulos, retirando a água acumulada", ressaltou.

Essa é uma medida emergencial devida à proliferação da doença em Londrina (com informações do N.Com).

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sábado, 5 de fevereiro de 2011

E no mesmo Portal Terra...

Vou deixar mais um link a respeito de fotografias sobre alguns dos cemitérios mais famosos do Mundo, extraídos pelo Portal Terra, falando de forma bem resumida sobre características de cada uma das necrópoles citadas na reportagem.

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Vivos e mortos compartilham espaço em cemitério de Manila - Por Portal Terra

21 de dezembro de 2010 10h08 atualizado às 11h01

Viver entre mortos é uma questão de sobrevivência para as famílias filipinas que se amontoam em barracos construídos sobre os túmulos do cemitério de Navotas, em uma das áreas mais pobres de Manila. Centenas de pessoas moram neste lugar por conta da falta de recursos para encontrar uma vaga no imenso labirinto de favelas que rodeia a capital.

Virgínia, viúva de 51 anos, vive há três décadas sobre uma fila de estruturas de cerca de cinco metros de altura sobre as quais se amontoam dezenas de habitações construídas com tábuas de madeira, lonas e papelão. Do alto, é possível contemplar as ruas da comunidade delimitadas por fileiras de túmulos e o lixo cobrindo quase toda a área, exalando um cheiro nauseabundo ao qual os moradores parecem ter se acostumado.

"Quando cheguei era pior, havia mais lixo e o mar chegava até aqui. Mudamos para cá porque podíamos ficar perto do mar e ganhar dinheiro. Não havia mais espaço", diz a lavadeira da ilha de Samar, no leste do país.

A área habitada do cemitério é a mais próxima da baía de Manila, que conta com uma das águas mais poluídas do mundo mas que, no entanto, proporciona sustento para milhares de pessoas que trabalham em um porto próximo recolhendo moluscos ou pescando alguma espécie marinha capaz de sobreviver ao ambiente hostil. Arnold, 22 anos, se mudou para Navotas para ganhar dinheiro para sustentar os três filhos. "É um lugar muito sujo e em algumas semanas, assim que eu economizar o suficiente, volto para minha casa", relata o jovem, que faz coleta de mexilhões.

Enquanto se move com a habilidade de um acrobata pelas fileiras de túmulos, Arnold observa crianças descalças que em meio a uma nuvem de moscas procuram comida em uma montanha de lixo que também é disputada por galinhas e seus pintinhos.

"Algumas vezes aparecem esqueletos de mortos entre o lixo, que pertencem aos túmulos que já foram esvaziados", explica o jovem.

Em um país onde a onipresente religião católica convive com a proliferação de superstições pagãs, o fato de compartilhar o dia a dia com cadáveres não parece inquietar os habitantes da área.

"No começo, quando me mudei, tinha um pouco de medo que tivessem espíritos, mas agora não tenho mais", diz Anna, de 29 anos, que há dois anos se mudou para Navotas para morar com seu marido.

"Prefiro viver aqui porque todo mundo é feliz, tenha dinheiro ou não", avalia a mulher.

A vida cotidiana se assemelha à de todos os outros bairros pobres da capital filipina. Alguns jovens passam as horas jogando basquete, outros se entretêm com partidas de bilhar e de cartas, e as crianças, quando não brincam entre a sujeira, estudam na escola financiada pela Philippine Christian Foundation, uma organização local. As pessoas que moram em cima dos túmulos são as mais pobres do lugar, que não têm condições de pagar o aluguel de 800 pesos mensais (US$ 18), o custo para construir um barraco em outras áreas do cemitério nas quais o risco de que a casa afunde por conta do peso é menor. Em uma dessas minúsculas habitações de um só quarto, Inma, de 36 anos, criou seus oito filhos com a ajuda de seu marido, que trabalha como estivador no porto.

Enquanto lava a roupa de outros moradores em troca de alguns pesos, ela explica que seu filho mais velho tem 20 anos e traz dinheiro para a casa com a venda dos peixes que consegue pegar, e como muitos outros de seus vizinhos, assegura que nunca pensou em se mudar.

"A gente se ajuda muito e ninguém é egoísta e é isso que me faz gostar mais de viver aqui, por isso não penso em ir para outro lugar", diz.

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Cemitérios precisam estar adaptados a questões ambientais - Por ParanaShop

Uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente especificava o prazo de 31 de dezembro do ano passado para adequações de proteção ao meio ambiente nos cemitérios. Antes mesmo da exigência, o Cemitério Vertical de Curitiba já era um bom exemplo de empresa ecologicamente correta e também atenta às diferenças, respeitando, por exemplo, o acesso a cadeirantes e lóculos especiais para obesos.

Sendo o único vertical de Curitiba, os sepultamentos são realizados em lóculos estanques acima do solo, não permitindo que os líquidos oriundos entrem em contato com o lençol freático. O Cemitério Vertical também possui um sistema de tratamento de efluentes gasosos, que impede o contato das moléculas oriundas da decomposição com a atmosfera. Para completar a preocupação com o meio ambiente, existe um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde, o que faz com que todo o resíduo gerado, como restos de caixão e flores, tenham uma destinação final correta.

O diferencial também está na estrutura: um local pensado para todos, trazendo conforto, cuidado e respeito para os familiares e visitantes. Com base no Feng Shui, os elementos do Cemitério Vertical são combinados para proporcionar energia positiva, equilíbrio ambiental e espiritual, além das cores claras usadas em toda a sua estrutura que trazem paz a quem frequenta o local.

Outro ponto positivo é a acessibilidade. Todos os andares do cemitério têm acessos por rampas ou elevadores, facilitando a locomoção de pessoas com necessidades especiais. E pensando em todas as maneiras de inclusão e em como atender as diferenças, o Vertical também disponibiliza espaços (lóculos especiais) para obesos, evitando mais preocupações para os familiares nesse momento tão difícil.


Serviço:
Cemitério Vertical de Curitiba
Rua Konrad Adenauer, 940, Tarumã
Curitiba - PR
(41) 3360-6000

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Em Americana, no Interior de São Paulo - Por Jornal "O Liberal", edição do dia 03.02.2011

O recadastramento das sepulturas dos cemitérios da Saudade e Parque Gramado deverá ser feito por uma empresa terceirizada. A Prefeitura de Americana estuda a possibilidade de abrir licitação para escolha da empresa que executará o serviço. A informação foi passada ontem aos vereadores Reinaldo Chiconi (PMDB), Celso Zoppi (PT) e Leonora da Silva Périco (PPS), que compõem a Comissão Especial de Estudos formada na Câmara para propor melhorias aos processos administrativos dos cemitérios. A comissão visitou ontem o Cemitério da Saudade para início dos trabalhos.

A comissão foi formada a partir de denúncias de vendas irregulares de sepulturas. No entanto, por questões políticas, o grupo não vai executar um trabalho de fiscalização, mas vai se limitar à elaboração de um projeto de lei que deverá modernizar a estrutura administrativa das unidades. A preocupação com a necessidade de recadastramento das sepulturas deve-se ao fato de famílias terem denunciado que, sem autorização, corpos foram removidos e outros colocados nas sepulturas, o que caracterizou as vendas irregulares.

"Hoje tudo é feito por ficha e de forma manual", disse Chiconi, que preside a comissão. O recadastramento e a informatização envolverão um universo de 45 mil pessoas sepultadas e 12 mil sepulturas no Cemitério da Saudade e cerca de 20 mil enterrados e seis mil jazigos do Cemitério Parque Gramado. Zoppi questionou os funcionários da administração do cemitério se a terceirização será somente para o cadastramento e recebeu a garantia de que o gerenciamento dos cemitérios será mantido com o Poder Público. Ele solicitou que os procedimentos para o início do recadastramento sejam agilizados, já que a Prefeitura teria intenção de abrir licitação somente após o término da reforma dos velórios, que já se arrasta desde agosto do ano passado.

Também participaram da reunião membros da Comissão Interna de Sindicância, que apura as irregularidades das vendas das sepulturas. A informação é que os trabalhos da sindicância serão retomados nos próximos dias e a comissão da Câmara deverá acompanhar. Durante a visita, os vereadores ainda visitaram o ossuário do cemitério. A situação do espaço melhorou desde a última visita de Chiconi, no final do ano passado, quando presenciou materiais de construção guardados no mesmo local que os restos mortais. Os vereadores também se informaram sobre como funciona o armazenamento e identificação dos ossos no local. De acordo com o presidente da comissão, também será agendada uma visita ao Cemitério Parque Gramado na próxima semana, com o mesmo objetivo.

Link da Notícia

Notícia Lamentável em Sorocaba - SP

Notícia já fala por si só : Link

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Legislação referente aos Cemitérios Municipais de Campinas - SP

Deixarei o link a respeito de toda a Legislação referente aos Cemítérios Municipais em Campinas - SP, que inclusive mostra o Histórico de cada Lei aplicada sobre o assunto. Para fins de consulta e/ou esclarecimento de dúvidas é muito importante.

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