terça-feira, 28 de junho de 2011

Greve deixa cemitérios paulistanos em situação de caos - Por Jornal de Hoje

A paralisação atinge motoristas, atendentes e sepultadores. Os grevistas querem aumento de 39,79%.

A greve dos funcionários do Serviço Funerário da Prefeitura de São Paulo, foi iniciada ontem (dia 21) afetando velórios e sepultamentos em cemitérios da capital paulista. O Serviço realiza o transporte dos corpos de hospitais e Instituto Médico Legal (IML) para os velórios. A adesão à greve atinge motoristas, atendentes e sepultadores.



Famílias reclamam que os corpos de parentes deixaram de ser transportados e, por isso, não conseguiam iniciar o velório. Em alguns cemitérios, velórios começados no domingo, que deveriam ter enterro ontem, ainda não foram realizados. Em outros casos, a exemplo dos cemitérios da Saudade e Vila Formosa, Zona Leste, funcionários da limpeza providenciaram os enterros.


De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), que representa os servidores, eles reivindicam aumento salarial de 39,79%, gratificações a todos os funcionários, plano de carreira e melhores condições de trabalho. Os funcionários do Serviço dizem estar sem reajuste real há mais de 20 anos. De acordo com a presidente do Sindsep, Irene Batista de Paula, a prefeitura tem concedido aumento de 0,01% nos últimos anos, índice menor que a inflação.


A prefeitura afirma manter “um canal permanentemente aberto às negociações com os servidores” e que, desde 2005, concede “gratificações que visam valorizar o desempenho e a produtividade”.



O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse que a greve do Serviço Funerário é “inadmissível”. Segundo ele, a Prefeitura já atendeu a principal reivindicação da categoria, enviando à Câmara um projeto de lei que estende uma gratificação de R$ 300,00 a todos os funcionários. O secretário municipal de Serviços, Dráusio Barreto, que controla o Serviço Funerário, disse que os trabalhadores estão descumprindo decisão da Justiça. Ele diz que a Prefeitura conseguiu, no dia 25 de maio, que a Justiça considerasse a paralisação ilegal por ser serviço essencial. A multa pelo descumprimento é de R$ 60 mil por dia. (da Folhapress)


Por quê ?


ENTENDA A NOTÍCIA

O Serviço Funcionário em São Paulo conta com 1.366 servidores. Eles pleiteiam 39,70%% de reajuste, alegando não ter ganhos reais há 20 anos. A prefeitura diz ter enviado à Câmara Municipal a gratificação de atividade a todos os servidores ativos do Serviço.
 
Fonte