sexta-feira, 31 de julho de 2009

Editora Necrópolis - Apresentação - Matéria do Jornal da Tarde - junho de 2006

Túmulos, lápides, velas... enquanto a maioria das pessoas se arrepia quando o assunto é morte, o professor Eduardo Rezende se fascina. Mas, para que ele percebesse que o tópico fúnebre é um tabu para os outros, precisou escrever um livro.

Rezende lançou no começo deste mês 'Céu Aberto na Terra - Uma Leitura dos Cemitérios Paulistanos na Geografia Urbana', que fala sobre a história do Cemitério da Consolação. Só que achar uma editora que quisesse publicá-lo foi tarefa difícil. "Escutei muitos nãos", desabafa. "Alguns me dispensaram sem nem ler o material. A morte não vende." A solução? Abrir sua própria editora, batizada apropriadamente de Necrópolis "Decidi publicar por conta própria", explica o professor. O nome é sugestivo e não esconde que o que Rezende quer é trabalhar com assuntos fúnebres. Ele ainda pretende lançar mais três livros, todos de sua autoria: "O que é cemitério?" (um pocket book que explica a origem da tradição de enterrar os mortos), "Carros e carruagens funerárias" e "Cemitérios do Brasil". O estranho fascínio vem da infância. Sua família morou ao lado do Cemitério da Vila Formosa. "Nós vivíamos praticamente na extensão do cemitério", conta. Seus irmãos chegaram a fazer pequenos serviços no local, como limpeza de lápides. "Nunca tivemos medo", garante. "É questão de costume."

Fonte e maiores informações : Editora Necrópolis : http://www.necropolis.com.br

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mumificação

Voltando aos termos técnicos a respeito de procedimentos pós-morte. A Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias. O processo de mumificação durava cerca de 70 dias.

A mumificação era um processo bastante complexo e demorado. O sacerdote (embalsamador) começava por retirar o cérebro do morto, com um gancho, por meio das narinas. Depois, faziam um corte no lado esquerdo do corpo, retirando os orgãos, que eram colocados em vasos próprios e guardados no túmulo, há exceção do coração, que, por ser necessário na outra vida, era recolocado no seu lugar.

Então, o corpo era coberto com natrão (cristais de sal) e deixado a secar durante 70 dias. Após esse processo, as cavidades eram cheias com linho e substâncias aromáticas, e enrolava-se o corpo com ligaduras. Os olhos eram cheios com linho ou pedras pintadas de branco. Também os animais de estimação eram por vezes embalsamados e colocados em sepulturas próprias.

Tipos de Mumificação

Mumificação solar do Egito faraonitico
O Faraó morreu e o seu cadáver é cozinhado até as carnes se desprenderem dos ossos. Os ossos são pintados de vermelho, enfaixados, fazendo-se uma estocagem na múmia com gesso. Pinta-se o retrato da pessoa na própria múmia. E esta se forma ao mesmo tempo em uma estátua Ka, ou seja, uma estátua que vai abrigar a alma do morto. Deixavam o corpo ao Sol, pois acreditava-se que o Sol era o principal Deus e traria luz para a alma.

Mumificação osiriana
Este é o processo que mais conhecemos e o que se tornou mais utilizado. Para o Faraó, para a nobreza e pessoas mais ricas, era feita da seguinte forma:
O cérebro é tirado pelas narinas, através de um instrumento curvo, mexe-se no cérebro que é uma massa mole, e este se liquefaz. Injeta-se vinho de tâmara, ajudando a dissolver mais o cérebro. Vira-se o morto e o cérebro escorre pelas narinas
É aberta uma incisão no abdômen e todos os órgãos internos, exceto o coração, são retirados, embalsamados e colocados em jarros chamados de canopos. Em seguida, o corpo é enchido com saquinhos de sal (Natrão) e mergulhado em uma espécie de bacia um pouco inclinada com um furo de um lado, para que seus líquidos escorram. Após isso, a múmia é literalmente enterrada por 72 dias. O sal absorve todo o líquido do corpo
Após estes 72 dias, o corpo, que está escurecido e ressecado, é retirado. Enxertam-se resinas, aromas, perfumes, bandagem, pó de serra, isto para dar a conformação do corpo. Depois disto, a abertura no abdômen é costurada, e é colocada uma placa mágica, geralmente com o desenho dos Quatro filhos de Hórus e de seu olho;
Começa, então, o processo de enfaixamento com metros e metros de tiras de pano de linho com goma arábica, até fazer a composição que vemos nas múmias. A cada volta , colocam-se amuletos e colares. Assim a múmia está pronta para o enterro, sendo que no caso do Faraó este enterro era acompanhado de um extenso ritual, repleto de encantamentos, realizado por sacerdotes.

Mumificação para pessoas de classe baixa
Dão uma injeção de essências e de vinhos corrosivos através do ânus, põe uma espécie de tampão e depois de alguns dias tiram-no o que dissolveu. Então eles enfaixam a múmia e devolvem o corpo para os parentes.
Quando as múmias foram encontradas, muitas foram comercializadas e quando o comércio delas acabou e ninguém mais se interessava em comprá-las, alguns ladrões de túmulos decidiram triturar as múmias e comercializá-las como pó para fazer chá. Muitas pessoas adquiriram este pó achando que haveria algum poder de cura para seu tipo de doença.

Mumificação na atualidade
A mumificação é um fenômeno natural. Não confundir com a técnica de embalsamamento egípcia, que popularmente são conhecidas por múmias. A mumificação é o resultado de cadáveres que são enterrados em terreno seco, quente e arejado. O cadáver sofre uma desidratação rápida e intensa, e o corpo não entra em decomposição, pois a fauna cadavérica não resiste. A pele do cadáver fica com aspectos de couro.

Tutankamon - a múmia mais famosa de todos os tempos
A descoberta por Howard Carter do túmulo totalmente intacto do Faraó Tutankamon, é a mais famosa de todas, pois quando a mesma foi descoberta, todo o tesouro enterrado com este Faraó estava do modo como foi colocado há milhares de anos atrás. Algo impressionante e confuso, pois os ladrões de túmulos não haviam encontrado-a e nada havia sido tocado.

Fonte: Wikipedia - Português - http://pt.wikipedia.org/wiki/Mumifica%C3%A7%C3%A3o#Mumifica.C3.A7.C3.A3o

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Comunicado

Em breve teremos novidades a mais relacionadas a projeto e também das visitas a serem feitas e imagens de locais tiradas por pessoas que podem ajudar para que essa empreitada fique ainda melhor. Domingo que vem, independente do local, caminharemos para a 16º etapa e depois disso, vamos para a outra metade dessa temporada, que está dando muito o que falar.

Este post é para fins de dizer que isso aqui está a todo vapor e que está sendo uma grata surpresa e corresponderemos essa expectativa, podem ter certeza !!!

sábado, 25 de julho de 2009

Banda do mês - Kraftwerk

Kraftwerk (usina de energia em alemão) é um grupo musical alemão que inventou um estilo de música techno totalmente feita e tocada por meio de sintetizadores, tornando a música eletrônica mais acessível ao grande público, principalmente porque se tornaram os precursores de estilos como o techno e o electro, bem como a moderna dance music em geral. A banda foi fundada por Florian Schneider e Ralf Hütter em 1970, mas contando sempre com a participação de outros músicos, sendo que muitos sequer chegaram a participar de algum disco. Entretanto, a formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.
As técnicas que o Kraftwerk introduziu, assim como os equipamentos desenvolvidos por eles, são elementos comuns na música moderna. A banda tem sido considerada por alguns como tão influentes quanto os Beatles na sua participação na música popular na segunda metade do século XX. As suas letras lidam com a vida urbana e a tecnologia europeia pós-guerra. Geralmente mínimas, ainda assim revelam celebração e alertas sobre o mundo moderno.

História

O Kraftwerk foi fundado em 1970 por Florian Schneider-Esleben (flauta) e Ralf Hütter (teclado) no seu estúdio Kling Klang, na cidade de Düsseldorf, Alemanha. Conheceram-se quando estudavam no Conservatório de Düsseldorf no final dos anos 60, participando da cena experimental da música da época, o movimento posteriormente intitulado Krautrock.
As primeiras formações da banda, entre 1970 e 1974, eram bastante rotativas, com Hütter e Schneider trabalhando com vários outros músicos para gravar quatro álbuns e se apresentar algumas vezes. Entre os participantes destacam-se o guitarrista Michael Rother e o baterista Klaus Dinger , que deixaram a banda para formar o Neu!.
A participação, experiência e influência do produtor Konrad "Conny" Plank foram também significativas. Trabalhou com bandas como Can, Neu!, Cluster, e, como resultado do seu trabalho com os Kraftwerk, o seu estúdio localizado em Colónia tornou-se num dos mais requisitados no final dos anos 70. Plank produziu os primeiros quatro álbuns da banda, mas parou de trabalhar com os Kraftwerk depois do sucesso comercial de Autobahn, aparentemente devido a disputas com contratos da banda.
Emil Schult tornou-se num colaborador regular do grupo no início de 1973, originalmente tocando baixo e violino, produzindo material visual da banda e letras e os acompanhando em digressões.
Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda veio em 1974 com o álbum Autobahn, e a sua faixa de 22 minutos motorik. A canção foi um hit mundial, demonstrando a grande relação da banda com sintetizadores e outros instrumentos electrónicos. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciou bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978).
Em 1975 formou-se o que ficou conhecido como a formação clássica do Kraftwerk, para a digressão de Autobahn. Juntaram-se a Hütter e Schneider Wolfgang Flür and Karl Bartos como percussionistas electrónicos.
Depois de anos sem apresentações ao vivo, os Kraftwerk iniciaram digressões novamente no final dos anos 90. Ralf queria tocar cada vez mais, mas a dificuldade em transportar os equipamentos analógicos limitou as viagens para fora da Europa. Após a saída de Flür e Bartos, vários outros músicos, como Fritz Hilpert e Henning Schmitz apareceram na formação dos Kraftwerk.
Em meados de 1999, as gravações originais de Tour de France foram finalmente lançadas em CD, indicando um reinício das actividades da banda. O single Expo 2000, a primeira nova música em treze anos, foi lançado em Dezembro do mesmo ano, e posteriormente remisturado por bandas de música electrónica como Orbital.
Em 2000, o ex-membro Flür publicou uma autobiografia na Alemanha, Kraftwerk: I Was a Robot, revelando vários novos detalhes sobre a vida da banda. Hütter e Schneider mostraram, no entanto, hostilidade à obra.
Em Agosto de 2003, a banda lançou Tour de France Soundtracks, o primeiro álbum desde Electric Café, de 1986. Em Junho de 2005, a banda lançou um álbum ao vivo, Minimum-Maximum, que foi compilado de apresentações da banda durante a digressão europeia no início de 2004, recebendo várias críticas positivas. A maioria das faixas consistia em remodelagens de antigas faixas de estúdio. O álbum foi galardoado com o Grammy para melhor álbum de música electrónica. Juntamente com o CD, foi lançado um DVD que contém vários vídeos de apresentações em várias localidades no mundo.

No dia 5 de Janeiro de 2009, Florian Schneider anunciou a sua saída do Kraftwerk. Shneider era o penúltimo integrante da formação original da banda, cuja também foi um dos fundadores e onde permaneceu por mais de 40 anos. Florian não se apresentava com o Kraftwerk desde a turnê nos EUA de Abril de 2008, e foi substituído nesses shows por Stefan Pfaffe (antigo colaborador da banda). Da formação original restou apenas Ralf Hütter.

Ficha

Banda : Kraftwerk

Origem: Düsseldorf, Renânia do Norte-Westfália, Alemanha

Em atividade: Desde 1970

Integrantes: Ralf Rütter, Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Stefan Pfaffe

Antigos Integrantes: Florian Schneider-Esleben, Wolfgang Flür, Karl Bartos, Klaus Roeder, Michael Rother e Klaus Dinger

Trabalhos:

Álbuns de estúdio


1970 - Tone Float (ainda sob o nome Organisation)
1971 - Kraftwerk
1972 - Kraftwerk 2
1973 - Ralf und Florian
1974 - Autobahn
1975 - Radio-Aktivität (título em inglês: Radio-Activity)
1977 - Trans-Europa Express (título em inglês: Trans-Europe Express)
1978 - Die Mensch-Maschine (título em inglês: The Man Machine)
1981 - Computerwelt (título em inglês: Computer World)
1983 - Techno-Pop (não foi lançado)
1986 - Electric Cafe
1991 - The Mix
2001 - Expo Remix (junção dos singles Expo 2000 e Expo Remix)
2003 - Tour de France Soundtracks

Singles


1973 - Kohoutek-Kometenmelodie
1974 - Autobahn/Morgenspaziergang
1975 - Radioaktivität/Antenne (em inglês, Radioactivity/Antenna)
1977 - Trans-Europa Express (em inglês, Trans-Europe Express)
1977 - Schaufensterpuppen/Les Mannequins (versões alemã e francesa de Showroom Dummies) 1978 - Spacelab (Edit) (3.37)/The Robots (Edit) (3.48) - Brasil (7")
1978 - Spacelab (5.51)/The Model (3.38) - Brasil (7")
1978 - Die Roboter (em inglês, The Robots
1978 - Das Modell (em inglês, The Model)
1978 - Neonlicht (em inglês, Neon Lights)
1978 - Pocket Calculator/Computerworld - Brasil (7")
1978 - Homecomputer - Brasil (7")
1981 - Computerwelt (em inglês, Computer World)
1981 - Computerliebe (em inglês, Computer Love)
1981 - Taschenrechner/Dentaku (versões alemã e japonesa de Pocket Calculator)
1981 - Mini Calculateur (versão francesa de Pocket Calculator)
1983 - Tour de France
1986 - Der Telefon Anruf (em inglês, The Telephone Call)
1986 - Musique Non-Stop
1991 - Die Roboter (mixada) (em inglês, The Robots)
1991 - Radioaktivität (mixada) (em inglês, Radioactivity)
1999 - Expo 2000
2000 - Expo Remix
2003 - Tour de France 2003
2004 - Aéro Dynamik
2007 - Hot Chip Remixes

Álbuns ao vivo


2005 - Minimum-Maximum (CD duplo)

Compilações e remisturas


1972 - Kraftwerk (2LP - compilação - UK)
1973 - Kraftwerk 1 (compilação dos álbuns Kraftwerk 1 e Ralf and Florian - Italia)
1974 - Exceller 8 (compilação)
1974 - Highrail (compilação)
1974 - Doppelalbum (2LP - compilação - Alemanha)
1974 - Kraftwerk 2 (compilação dos álbuns Kraftwerk 2 e Autobahn - Italia)
1976 - Collection Atout (compilação - França)
1981 - Elektro Kinetik (compilação)
1991 - The Mix (álbum de misturas)
1992 - The Model (CD - compilação - EUA)
1994 - Three Original - Capitol Years (3CD - compilação - EUA)
2006 - Der Katalog (título em alemão: Der Katalog) (remasterização de álbuns de 1974-2003 - só existe em versão promocional. Não foi lançado comercialmente.)

Compilações e remisturas não oficiais


1992 - The Remix - Gravadora Smurf(2) www.discogs.com

DVDs


2005 - Minimum-Maximum (DVD duplo)
2006 - Notebook (caixa contendo DVD duplo e CD duplo, com as mesmas gravações de Minimum-Maximum)

Álbuns não-oficiais


1975 - Kometenmelodie (ao vivo no Sartorysäle, em Köln, Alemanha, no dia 22 de Março de 1975)
1990 - Return Of The Mensch-Maschine (ao vivo no teatro Tivoli, em Bolonha, Itália, no dia 7 de Fevereiro de 1990)
1991 - Hyper Cerebal Machine (ao vivo no teatro Apollo, em Firenze, Itália, no dia 19 de Maio de 1981)
1992 - Virtu Ex Machina (ao vivo no Nakano Sun Plaza, em Tóquio, Japão, no dia 7 de Setembro de 1981)
1995 - Toccata Electronica (mixagens externas, versões de singles e músicas raras)
1996 - Oriental Computer (ao vivo no Nagoya Shi Koukai Do, em Nagoya, Japão, no dia 13 de Setembro de 1981)
1997 - Kling Und Klang (um resumo do concerto no teatro Rolling Stone, em Milão, Itália, no dia 17 de Novembro de 1991)
1997 - Tribal Gathering (músicas ao vivo no festival Tribal Gathering, em Luton, Inglaterra, no dia 24 de Maio de 1997 e mixagens externas)
1998 - Concert Classics (ao vivo no Ebbet's Field, em Denver, Estados Unidos, no dia 20 de Maio de 1975)
1998 - The Warfield Theatre Soundboard (ao vivo no teatro Warfield, em San Francisco, Estados Unidos, no dia 07/16/1998)
1998 - Tour de Rio (ao vivo Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, Brasil, no dia 16 de Outubro de 1998)
2001 - Ananas Symphonie (ao vivo no Beggar's Baquet Club, em Louisville, Estados Unidos, no dia 13 de Abril de 1975)
2004 - At The Cirkus (ao vivo no Cirkus, em Estocolmo, Suécia, no dia 10 de Fevereiro de 2004) 2004 - Music & Arts (ao vivo no 5° festival Coachella Arts & Music, em Indio, Estaods Unidos, no dia 1 de Maio de 2004)
2006 - Vitamin Roboter (ao vivo no festival Summer Of Love, em Pardubice, República Tcheca, no dia 19 de Agosto de 2006)
2007 - K4 Bremen Radio (ao vivo no Gondel Kino, em Bremen, Alemanha, no dia 25 de Junho de 1971)

Site Oficial: http://www.kraftwerk.com

Fonte: Wikipedia - Português - http://pt.wikipedia.org/wiki/Kraftwerk

Imagem: Na época do "Computer World", em 1981.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cemitério da Consolação - Por Wikipedia




O Cemitério da Consolação é a mais antiga necrópole em funcionamento na cidade de São Paulo e uma das principais referências brasileiras no campo da arte tumular. Localiza-se no distrito da Consolação, na região central da capital paulista. Primeiro cemitério público da cidade, foi inaugurado em 1858 com o nome de Cemitério Municipal, com o objetivo de garantir a salubridade e evitar epidemias, substituindo o hábito então recorrente de sepultar os mortos nos interiores das igrejas. Atualmente, é um dos 22 cemitérios públicos administrados pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo.
Com a prosperidade advinda da cafeicultura e o surgimento de uma expressiva burguesia em São Paulo, o Cemitério da Consolação passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome, para ornamentar os jazigos de personalidades importantes na história do Brasil, como Campos Sales, Washington Luís, marquesa de Santos e Monteiro Lobato. Entre os artistas que produziram obras para o cemitério encontram-se Rodolfo Bernardelli, Victor Brecheret, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes. Mantém visitas guiadas, por meio do projeto “Arte Tumular”.


História


Antes da sua construção os sepultamentos eram realizados nas igrejas e em seus arredores, o que trazia problemas de saúde pública. Com a aparição de idéias de sanitarismo e higiene, os governos das cidades criaram os primeiros cemitérios públicos.
Em São Paulo, por força do Ato Institucional do Imperador, foi-se consolidando a idéia da construção de um cemitério público de uso geral pela população. Assim, Carlos Rath incumbiu-se da missão de arquitetar o novo cemitério. Foram anos de discussão na Câmara Municipal antes de sua efetiva inauguração.
Em seus primeiros anos, o cemitério da Consolação era o lugar de sepultamento de pessoas de todas as classes sociais, incluídos os escravos, que foram transferidos do cemitério dos Aflitos.
Já a partir do século XX, o cemitério passa a receber quase que exclusivamente pessoas da alta classe média e da burguesia - notadamente os nouveaux riches - devido ao loteamento dos terrenos em jazigos perpétuos vendidos pela prefeitura. À época, um túmulo suntuoso era visto como sinal inequívoco de status social. Havia verdadeira competição entre as famílias abastadas, que construíam jazigos cada vez mais sofisticados, em materiais nobres como mármore e bronze. A ornamentação ficava a cargo de artistas de primeira grandeza, que tinham na arte tumular uma atividade com demanda estável e altamente lucrativa.
Desde então, o cemitério abriga túmulos de personalidades e famílias ilustres da sociedade brasileira e paulista, sendo também referência em arte tumular no Brasil, com importantes obras de arte de escultores como Victor Brecheret, Celso Antônio Silveira de Menezes, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara e Galileo Emendabili.


Localização


Localizado inicialmente na periferia de São Paulo, no ponto mais distante, acaba depois de um crescimento da economia cafeeira cercado de casarões da elite paulista.
O cemitério tem acesso pela Rua da Consolação, 1660.


Personalidades Sepultadas


No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do Brasil.
Lá se encontra a tríade Modernista: Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade,o escritor modernista Antonio de Alcantara Machado, sepultado ao lado do pai o jurista José de Alcantara Machado e do avô Brasílio Machado, nomes da politica brasileira como os presidentes Campos Sales, e Washington Luís e os governadores Ademar de Barros, Bernardino José de Campos Júnior e Roberto Costa de Abreu Sodré, o prefeito Fábio da Silva Prado, personalidades como a Marquesa de Santos, o Barão de Antonina (João da Silva Machado) e sua filha Maria Antonia da Silva Ramos, em capela em mármore carrara século XIX, com brasão de armas em bronze, tombada pelo CONDEPHAAT, o Barão de Anhumas (Manuel Carlos Aranha), a antropóloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso, o escritor Monteiro Lobato, o arquiteto Ramos de Azevedo, empresários como Cândido Fontoura, Roberto Simonsen e Rodolfo Crespi, o fazendeiro Geremia Lunardelli, a aristocrata paulista e mecenas das artes Yolanda Penteado, o acordeonista Mario Zan e santos populares como Antoninho da Rocha Marmo.
Um dos destaques do cemitério é o colossal mausoléu da família Matarazzo, o maior da América Latina, que do subsolo ao pico possui 25 metros de altura. Tem o tamanho aproximado de um prédio de 3 andares, ocupando uma área de 150 metros quadrados. É ornamentado por um impressionante conjunto escultório em bronze italiano, obra de Brizzolara. Segundo jornalistas á época de sua construção, teria custado praticamente o mesmo que o Hospital Umberto I.


Visitação:


O cemitério tem acesso gratuito e aberto todos os dias das 7 às 18 horas e as visitas monitoradas são feitas das 8 às 15 horas.




Maiores Informações:


História e Arte do Cemitério da Consolação - Elaborado pela Prefeitura Municipal de São Paulo - http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/cemiterio_baixa_1219246534.pdf

terça-feira, 21 de julho de 2009

Cemitério da Consolação - Ficha


Ficha
Nome: Cemitério da Consolação
Local: São Paulo
Em funcionamento: desde 1858
Gestão: Pública - Municipal
Estilo: Horizontal
Pontos Fortes: Riqueza Tumular imensurável, Grande parte dos exemplares preservados e direcionados ao caráter histórico-cultural, organização interna, estrutura viária aceitável, arborização e localização.
Pontos Fracos: Descaso em alguns pontos, problema persistente de segurança (sobretudo à noite) e falta de um espaço destinado a instalação de uma praça de alimentação.
Nota: 10,0 (A nível de Brasil) e 9,0 (A nível real)
Motivos: Quanto ao nível nacional, só não dou maior que 10,0 pois este é o quesito máximo, mediante as condições encontradas nas necrópoles no Brasil, Consolação possui sim todos os atributos que levam à nota máxima. Porém, se levarmos todos os aspectos reais, positivos e negativos, seria uma utopia dizer que mereceria uma nota máxima de fato, pois assim como todo cemitério, o campo santo possui problemas, citados nos pontos fracos, sobretudo pelo fato de que mesmo com arame farpado cercando o cemitério, a altura é baixa e de fácil acesso. Há algum tempo, a Prefeitura de São Paulo prometeu que iria intensificar a vigilância do local através de uma equipe de guardas municipais munidas de motos para tentar coibir o vandalismo ocasional. Entretanto, no dia da visita não foi avistado nenhum policial no turno diurno. E sobre as fotos, realmente a Consolação possui uma placa na entrada falando claramente que as imagens só são permitidas diante autorização da administração interna do cemitério e a liberação depende de dias e da boa vontade das pessoas que ali trabalham. De uma forma geral, todo mundo que estava presente foi muito bem aceito e foi possível trabalhar com tranquilidade do começo ao fim.
Próximo post será ainda sobre Consolação, pois é um assunto tão rico e abrangente que ficaria impossível comprimir num só post. Grato pela compreensão.

domingo, 19 de julho de 2009

15º Etapa - Caminhos Cemiteriais - Cemitério da Consolação - São Paulo - SP - 18.07.2009


Nesta etapa, mais do que especial, se trata primeiramente de um dos cemitérios mais famosos e comentados da América Latina (ultrapassa o âmbito nacional, pro começo de conversa) por todos aqueles que apreciam os cemitérios de uma forma geral. O Cemitério da Consolação, além de toda uma essência que a caracteriza, possui entre outros aspectos, um ambiente único dentro de um contexto cemiterial e que essa somatória de fatores serão descritos adiante.
Antes de adentrarmos, ficamos impressionados com o tamanho imensurável do local. Para terem uma noção exata, a área da Consolação é equivalente a quatro cemitérios do Paquetá, sem o mínimo exagero !!! E quem quiser comprovar, acessem Google Earth ou Google Maps para terem essa certeza !!! A entrada, embora um pouco acanhada pela imensidão colossal do lugar, é bonita e imponente..O único porém é que o trânsito ao seu entorno estava um inferno de sempre, veículo para tudo quanto é lado !!! Depois que entramos, ficamos maravilhados (sem o mínimo exagero) com a quantidade de túmulos, jazigos perpétuos e mausoléus em um só lugar e uma boa parte preservadíssima !!! E logo depois, nos juntamos ao grupo de pessoas que estavam com o mesmo intuito: tirar fotos e acompanhar a monitoria por parte do Professor Eduardo Rezende (Dr. Cemitério), que contava cada História interessante que relatava a respeito de cada personalidade enterrada ali.
Ao mesmo tempo, a maioria dos presentes no evento realizado na Consolação, batia fotos com uma velocidade impressionante, apreciando cada exemplar de uma forma única !!! Incluindo a pessoa que vos escreve !!! Para vocês terem noção de como isso é fato, foram mais de 900 fotos tiradas no local, incluindo os túmulos mais famosos descritos pelo Professor, e num ritmo bem alucinante, com o intuito de mostrar os resultados para o público que está conosco nessa empreitada (nem que seja para discordar da temática, mas tudo bem). O porém é que o acervo é tão grande que aconteceram dois imprevistos: o cartão carregador da câmera não suportou e encheu logo depois que tirei as fotos da câmera e as pilhas estavam prestes a terminarem, literalmente. Além do mais, o acervo é tão rico, mas tão rico, que ficou impossível tirar fotos de todos os lugares que gostaríamos de fotografar no local, incluindo a parte protestante do cemitério, que estava fechada para visitação, por conta de que a administração nesta porção é paralela a administração central da Consolação. Outros pontos fundamentais a considerar :
- Lá é proibido tirar fotografias sem autorização mediante a administração do local, muito embora devido ao tamanho, é impossível não entrar lá e bater fotos sem ser importunado;
- Há casos de descaso no Cemitério mais por conta dos familiares e da ação do tempo do que da administração em si e detalhe é que o Cemitério melhorou e muito a sua estrutura interna nos últimos anos, com ronda da guarda municipal, inclusive. E mesmo assim devido ao tamanho é impossível coibir a ação de pessoas que só vão ao cemitério para avacalhar;
- Assim como o Paquetá, tem glebas da Consolação que são demarcadas por "irmandades" religiosas e pagam taxas anuais de manutenção e limpeza dos jazigos, incluindo a área tida como "protestante" descrita anteriormente aqui;
- Não existem carneiras (gavetões) na Consolação, toda a área é preenchidas por modalidade de túmulos horizontais (que vocês imaginam como mausoléus, jazigos, campas individuais...Imaginem como quiserem);
- A Administração da Consolação é tida como uma das mais cordiais e tolerantes do Brasil devido ao tratamento e bom senso sempre usado nas vezes em que há visitas monitoradas;
- A última e não menos importante citação: pessoas que estavam com o Eduardo, incluindo nós, dotavam de um nível de conhecimento, não somente no aspecto cemiterial, de informações gerais que chega a impressionar de tal maneira que parece que o tempo não passava, literalmente falando.
Posteriormente, nos reunirmos numa galeria de lanchonetes que se localiza perto da Universidade MacKenzie para fins de descontração e logo após fomos para um Empório que fica praticamente ao lado. O pessoal queria se reunir para beber e nisso tudo, nós conhecemos o Marcos Viana, o Pinguim, fotógrafo que estava com o grupo, mas que fez questão de conversar com a gente sobre diversos assuntos por horas a fio !!! Falamos de diversos assuntos nesse período e também 3 cenas de pedintes: um com alvará da condicional pedindo trocado, um moleque com camisa de marca pedindo latinha e outro com uma banana, zoando com a gente de que era um assalto, mas estava brincando e só queria um cigarro e deu a fruta para nós...
Bem, a Ficha vou deixar para o próximo post por conta de que Consolação é um local tão grande em essência que fica impossível postar numa tacada só.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Visitas Monitoradas - Cemitério da Consolação - Por Prefeitura de São Paulo - Serviço de Utilidade Pública

Assim como acontece em cemitérios europeus, o Serviço Funerário instituiu a visita monitorada aos túmulos de personalidades ilustres e às obras de arte tumular do cemitério da Consolação. O público alvo são estudantes, professores, pesquisadores, turistas, entre outros. O Serviço Funerário disponibiliza um monitor para dar informações sobre as obras de arte e a história de cada uma das personalidades sepultadas. O cemitério da Consolação é um verdadeiro museu. Oficilamente aberto em 15 de agosto de 1858, possui túmulos de personalidades como Monteiro Lobato, Tarsila do Amaral, Ramos de Azevedo, José Bonifácio de Andrada e Silva (o Patriarca da Independência), Antoninho da Rocha Marmo, Mário e Oswald de Andrade, além de dezenas de obras de arte de importantes escultores do século passado como Victor Brecheret, entre outros.A visita monitorada é parte do projeto Arte Tumular, idealizado pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo, a partir de pesquisas realizadas pelo historiador Délio Freire dos Santos, falecido em 12/04/2002.

Agendamento de visitas: fone (11) 3396-3832 (Assessoria de Imprensa).

Fonte: Prefeitura de São Paulo - http://portal.prefeitura.sp.gov.br/empresas_autarquias/servico_funerario/arte_tumular/0028

Nota: Sábado promete !!!! =)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aviso Importante

Mais uma vez será realizada uma visita a um dos mais famosos museus a céu aberto, tendo o apoio do Prof. Eduardo Rezende, presidente da ABEC (Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais), também conhecido como "Dr. Cemitério" no dia 18/07 (sábado), às 10h, em frente ao portão do Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Obs.:
1. Nenhuma lista de presença será necessária, basta aparecer no horário marcado.
2. Será permitido o uso de máquinas fotográficas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

14º Etapa - Tour Cemiterial - Segunda Visita - Vicente de Carvalho


Bem, nesta etapa teve novidade: ao invés do Pedro, que teve um merecido descanso e foi resolver problemas pessoais dele, desta vez fui acompanhado pela Iasmin Martins nessa saga. Como sempre, fomos bem recebidos pela cordialidade costumeira pelo pessoal da Administração e logo foi notado que tinha um velório a seguir...Por essa razão a Capela Mortuária estava aberta, assim como a Sala de Velório (não tirei foto alguma por razões óbvias)...Entretanto, sentimos que o clima, diferente da visita anterior, estava pesado por conta de alguns elementos que ficam perambulando pelo cemitério de forma muito estranha...Mais adiante, entenderão aonde quero chegar !!!
Foram extraídas imagens que ficaram pendentes na primeira visita e em locais onde foram passados batidos, que foram bem poucos é verdade, mas deu para tirar um número considerável, sem se tratando de um cemitério mais popular, porém de área ser grande. Uma visitante nos procurou num intervalo e outro e nos alertou de algo que é corriqueiro em necrópoles que não possuem proteção de segurança nos muros: elementos pulam os muros durante o dia para usar drogas ilícitas e assaltarem visitantes para fins de obter grana para a tal prática ilegal. Alertados e bem receosos, continuamos os trabalhos em alguns locais pendentes, mas uma cena nos chamou atenção: pessoas do naipe mencionado ficavam pedindo fogo e na mão de um deles, havia cigarro de maconha...Para não piorar e por questão de bom senso, achamos por bem encerrar essa etapa por conta de um possível mal-estar por conta desses fatores citados !!!
Depois disso, conversamos com o João e com a Roseli a respeito desses acontecimentos e sobre outros assuntos e descobrimos algumas curiosidades: a média de sepultamentos por mês lá chega a 90, cujo pico diário é 5; entretanto há dias em que não há nenhum enterro...Porém, mesmo com câmeras e com vigia, há cenas dantescas, principalmente da prática sexual das mais diversas maneiras possíveis e as mais absurdas também...Outro fator mas é funcional: o João confessou q no fim do mês corre o risco de ter o contrato não renovado pois a concessão da empresa terceirizada que administra o cemitério em conjunto com a prefeitura de Guarujá está no final e depois de 7 anos e meio corre um risco imenso de ser mandado embora, assim como o pessoal que trabalha no local...Em suma: mesmo em gestão pública, a estabilidade é ilusória nos casos em que há uma mesclagem com iniciativa terceirizada privada...
Para finalizar essa matéria, que nem ficha terá para não ficar repetitivo, foi uma visita boa, rápida mas encurtada por conta de elementos que não sabem o significado da palavra "respeito"...E o pior é que o pessoal da administração sequer tem culpa pois a verdadeira responsabilidade é a Guarda Municipal de Guarujá e todo mundo sabe que não há NENHUM Vigia diurno nos cemitérios daquele município, incluindo o Distrito do Vicente de Carvalho.
Ah, novidades:
- O nome do projeto mudou. A partir de agora o "Tour Cemiterial" deixa de exisitir e passa a se chamar "Caminhos Cemiteriais". Porém, para fins de registro, da 1º a 14º Etapa será encarada como a fase do "Tour Cemiterial" e da 15º Etapa em diante terá a nomenclatura "Caminhos Cemiteriais" mesmo !!!;
- Em Agosto, voltará ao esquema de duas visitações mensais somente, devido a compromissos pessoais, acadêmicos e profissionais de todos os envolvidos na empreitada;
- Foi elaborado o primeiro prospecto a respeito do projeto para ser apresentado por pessoal de São Paulo na 15º Etapa, que será realizada no dia 18.07 no Cemitério da Consolação;
- O Arquiteto Gilson Braga nos dará orientação, auxílio profissional e todo o aparato de cunho acadêmico para melhorar ainda mais a qualidade do projeto;
- Nas próximas etapas, mais pessoas podem ser incluídas como convidadas, assim como foram a Talita de Bello (12º Etapa - Memorial de Santos - 28.06) e Iasmin Martins (14º Etapa - Vicente de Carvalho II - 12.07). A Aguardar para mais novidades.
E boa semana a todos !!! =)

sábado, 11 de julho de 2009

Cemitérios como Pontos Turísticos - Porto Alegre - RS

Para vocês terem uma dimensão de que aos poucos o cemitério passa a ser visto como um local digno de funcionalidade nobre, a Secretaria de Turismo de Porto Alegre organiza duas vezes por mês passeios nos Cemitérios da Santa Casa e Evangélico (q são enormes, diga-se de passagem) para fins de estudos e aprecisação tumular. Portanto mais uma vez cai por terra todo aquela História de que não é possível fazer algo. Quem quiser saber das maiores informações, o link é : http://www.defender.org.br/cemiterios-entram-em-roteiro-turistico-de-porto-alegre/

Amanhã, 14º etapa do projeto...É uma revisita é verdade, mas a partir da 15º etapa, as coisas estarão bem diferentes, com muitas novidades !!! Até lá !!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Revolução Constitucionalista de 1932 - Resumo




A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.
Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha.
Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.
O Brasil, dois anos após a Revolução de 1932, teve uma nova constituição promulgada, a Constituição de 1934.
Fonte: Wikipedia - Português

terça-feira, 7 de julho de 2009

Paranapiacaba

Paranapiacaba é um distrito do município brasileiro de Santo André (estado de São Paulo). Surgiu inicialmente como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway - estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos, e vice-versa. A palavra paranapiacaba significa "de onde se avista o mar", em tupi-guarani.

Pátio ferroviário, estações e relógio
A São Paulo Railway inaugurou sua linha férrea em 1º de janeiro de 1867. Ela primeiramente serviu como transporte de passageiros de Santos a São Paulo e Jundiaí (última estação); também serviu como escoamento da produção de café da província paulista para o porto de Santos. Em 1874, é inaugurada a Estação do Alto da Serra, que mais tarde seria denominada estação de Paranapiacaba.
No ano de 1898, é erguida uma nova estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se destacava no meio da neblina - muito comum naquela região.
Com o aumento do volume e peso da carga transportada, foi iniciada em 1896 a duplicação da linha férrea, paralela à primeira, a fim de atender à forte demanda. Essa nova linha, também denominada de Serra Nova, era formada por 5 planos inclinados e 5 patamares, criando um novo sistema funicular. Os assim chamados novos planos inclinados atravessavam 11 túneis em plena rocha, enfrentando o desnível de 796 metros que se iniciava no sopé da serra, em Piaçagüera no município de Cubatão. O traçado da ferrovia foi retificado e suavizado e ampliaram-se os edifícios operacionais. A inauguração deu-se em 28 de dezembro de 1901.
A primeira estação foi desativada e reutilizada, posteriormente, como cooperativa dos planos inclinados. A 15 de julho de 1945, a Estação do Alto da Serra passa a se denominar Estação de Paranapiacaba. A 13 de outubro de 1946, a São Paulo Railway foi encampada pela União, criando-se a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Somente em 1950 a rede passa a unir-se à Rede Ferroviária Federal.
Em 1974, é inaugurada o sistema de cremalheira aderência. No ano de 1977 a segunda estação foi desativada dando lugar à atual estação. O relógio é transferido do alto da estação anterior para a base de tijolo de barro atual. A 14 de janeiro de 1981, ocorreu um incêndio na antiga estação, destruindo-a completamente. O sistema funicular foi desativado em 1982.
Museu do funicular
Trata-se da exibição das máquinas fixas do quinto patamar da segunda linha e a do quarto patamar da primeira linha, que transportavam o trem por meio do sistema funicular.
No museu há também a exposição de diversos objetos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.
O Funicular de Paranapiacaba foi um funicular que funcionou em Paranapiacaba, Santo André, Estado de São Paulo no Brasil até 1990.
Hoje já não opera e faz parte do Museu Tecnológico Ferroviário de Paranapiacaba, mantido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.
Igreja Matriz de Paranapiacaba
A igreja de Paranapiacaba, em sua origem, chamou-se de Capela do Alto da Serra, e recebeu licença qüinqüenal para celebração de missas pela primeira vez em 8 de agosto de 1884.
Sua construção foi iniciada naquele ano. A 2 de fevereiro, foi eleita uma comissão de obras e a pedra fundamental da igreja foi lançada no dia 3 de fevereiro de 1884. Antes da capela propriamente dita, a localidade contava com um oratório, cujo registro mais antigo data de 1880.
A igreja teve como padroeiro o Bom Jesus. Com a criação da paróquia de Ribeirão Pires em 1911, a igreja do Bom Jesus do Alto da Serra passa a ser ligada a ela; hoje, a igreja de Paranapiacaba é anexada à paróquia de Rio Grande da Serra.
Museu Castelo
Essa residência, também denominada de "Castelinho", situa-se entre a Vila Velha e a Vila Martin Smith.
Localizada no alto de uma colina, com uma excelente vista privilegiada para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o tráfego de trens na subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os funcionários residentes na vila.
Sua imponência simbolizava a liderança e a hieraquia que os ingleses impuseram a toda a vila; ela é avistada de qualquer ponto de Paranapiacaba.
Dizia-se que de suas janelas voltadas para todos os lados de Paranapiacaba, o engenheiro-chefe fiscalizava a vida de seus subordinados, não hesitando em demitir qualquer solteiro que estivesse nas imediações das casas dos funcionários casados.
No decorrer de mais de um século de uso, foram feitas várias reformas e tentativas de recuperação de seu aspecto original; as maiores reformulações foram realizadas nas décadas de 1950 e 1960.
Foi restaurado pela prefeitura de Santo André em parceria com a World Monuments Watch.
Clube União Lira Serrano
Esse clube é a união da Sociedade Recreativa Lira da Serra e do Serrano Atlético Clube os dois incentivados pela São Paulo Railway. Sua sede foi edificada na década de 1930, época das últimas construções da SPR, como o antigo II Grupo Escolar, ambos localizados na antiga Praça Prudente de Moraes.
O prédio em madeira, coberto por telhas francesas, possui um hall de entrada que distribui os acessos.
O salão se transformava em quadra de futebol. Por cima do palco, apreciam-se as urdiduras do teto para a sustentação de cenários dos espetáculos que ali ocorriam.
A boca de cena possuía adaptação para descida de tela que projetava filmes de cinema. Na parede oposta existem os visores da sala de projeção, onde se pode ver os dois projetores originais fixados ao chão. Nas laterais existem dois camarotes que foram utilizados pelo alto escalão da SPR, e placas metálicas com os nomes dos frequentadores.
No pavimento superior encontra-se o coro (foyer), que dá acesso à sala de troféus onde se pode apreciar uma vasta coleção da premiação de futebol e outras atividades esportivas ocorridas no antigo clube - testemunhos da história local.
Antigo mercado
O antigo mercado foi construído em 1899 para abrigar um empório de secos e molhados, e, posteriormente, uma lanchonete. Após muitos anos fechado, foi restaurado pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Com sua posição central privilegiada, permite que os eventos realizados tenham um cenário charmoso na serra.
Pau da missa
O "pau da missa" é um eucalipto centenário originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia.
Devido a sua boa localização, entre a Parte Alta e a Parte Baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.
Infelizmente a árvore foi podada em 2008 (em decorrência do risco de queda devido à infestação de cupins), mantendo-se apenas o tronco.
Ela também foi personagem principal de um documentário de média-metragem produzido pela Fatídicos Vídeo Filmes em 2008 chamado "Pau da Missa", que além documentar todo o processo de podas da árvore, resgata a memória e parte da história que os moradores viveram em torno da centenária árvore de eucalipto.
Casas geminadas de quarto em madeira
Os ferroviários que possuíam família, com esposas e filhos, habitavam casas com maior número de cômodos. Eram construídas em madeira e cobertas por telhas francesas. Esta tipologia era próxima às geminadas duas a duas.
Casas dos engenheiros
Característica da arquitetura hierarquizada de Paranapiacaba, as casas habitadas pelos engenheiros e suas famílias eram de alto padrão. Grandes e avarandadas, foram construídas em madeira nos tempos da São Paulo Railway, com plantas baixas individualizadas; depois, em alvenaria nos tempos da Rede Ferroviária Federal, com mesmo padrão de plantas. Muitas sofreram reformas em vários momentos, principalmente com a chegada da RFFSA.
Uma das caracteríticas que chama a atenção é a cobertura do imóvel, pois somente com estudos elaborados pelos conselhos de reconhecimento, concluiu-se que o material das telhas não era ardósia, e sim fibrocimento, introduzidos provavelmente a partir da década de 50 entre alguma das reformas que sofreram.
Casas de solteiros
Características da arquitetura hierarquizada de Paranapiacaba, as casas de solteiros eram conhecidas como barracos.
Foram construídas em madeira, exceto duas em alvenaria.
Essa tipologia foi criada pela São Paulo Railway, e a Rede Ferroviária Federal deu continuidade, construindo-as em alvenaria.
A planta dessas casas possui dormitórios, sanitários e cozinha para pequenas refeições, serviam para alojar o grande fluxo de homens solteiros, que preenchiam as vagas de ferroviários.
Havia poucos sanitários e chuveiros, já que os trabalhadores se revezavam em turnos.
Casa Fox
Trata-se de uma casa geminada de duas em madeira, com tijolos e telhas francesas, contruída entre 1897 e 1901. A opção pela execução de sanitários externos, paredes duplas, porão em pedra e tijolos, forros sobrepostos nos cômodos e treliçados na cozinha para facilitar o escoamento da fumaça dos fogões à lenha, revela a preocupação técnica com o conforto térmico e com o isolamento à umidade, típica da arquitetura produzida no século XIX.
A edificação foi construída sobre fundações de pedras que proporcionam sua elevação, formando um porão.
Este porão garante a ventilação, possui aberturas laterais protegidas por grades de ferro com o símbolo SPR - São Paulo Railway. Este sistema construtivo tem por objetivo garantir a conservação do imóvel já que o eleva do solo evitando o contato da madeira com a umidade do solo, garantindo o isolamento térmico.
Esta edificação foi igualmente restaurada pela prefeitura de Santo André em parceria com o World Monuments Watch.
O locobreque
A máquina do trem "locobreque" era puxada por cabos de uma outra máquina, só que fixa que ficava em cada um dos cinco patamares da linha de trem de Paranapiacaba. Do nome inglês original, loco-brake, a máquina funcionava pela queima de carvão ou madeira numa fornalha, abastecida pelo foguista, que trabalhava ao lado do maquinista. A máquina "locobreque" foi construída em 1901 por Robert Stephenson & Co. Ltd. O sistema funicular proporcionava maior economia de energia gasta pelo "locobreque" e possibilitava o desempenho do trem nos aclives e declives. Havia uma inclinação de 8 graus entre cada um dos cinco patamares.
Quando subia a Serra do Mar, o "locobreque" empurrava os vagões, que ficavam na frente da máquina. Quando descia, ele segurava os vagões, que ficavam atrás da máquina. Como o trem não tinha marcha-ré, existia um sistema chamado popularmente de "viradouro", onde os funcionários mudavam o curso do trem, empurrando a máquina.
Antes do "locobreque" havia uma primitiva máquina de madeira, também tracionada por cabos, que fazia o transporte entre os cinco patamares. Era o "serrabreque". Durante a operação do "serrabreque", o Barão de Mauá ainda era um dos financistas da companhia.
Até a metade do século XX, o transporte ferroviário era sinônimo de luxo. E um dos marcos foi o trem Cometa, que fazia a linha Santos – São Paulo. O trem possuía serviço de bordo e poltronas leito, como as de ônibus. Além dele, também havia os trens Estrela, Planeta e Litorina (Semi-luxo)
Personagens de Paranapiacaba
A história do "locobreque" e de Paranapiacaba não retrata apenas o desenvolvimento, a economia e uma época de ouro da ferrovia.
O incêndio da segunda estação de Paranapiacaba
A atual estação de Paranapiacaba não é o mesmo prédio construído pelos ingleses no final do século XIX. O prédio original tinha trilhos por onde passavam os trens pelos dois lados, era bem maior que o atual, mas foi destruído por um incêndio em 1981. Antes mesmo do incêndio, a estação já havia sido desativada em 1977 e substituída pelo prédio atual. O relógio estilo britânico foi poupado e deslocado para uma torre mais alta que a anterior. Outras histórias de incêndios marcaram a história da linha Santos - Jundiaí. Em 1946, parte da Estação da Luz, na região Central da Capital Paulista, foi destruída pelas chamas. Este incêndio ocorreu dois dias antes do término de concessão da empresa de capital inglês, São Paulo Railway. Documentos importantes sobre o contrato foram destruídos. Tanto no caso de Paranapiacaba quanto no da Estação da Luz, houve suspeita de incêndios criminosos.
Paranapiacaba, a SPR, ABC, São Paulo e o Café
Por concessão, um grupo inglês explorou o sistema ferroviário na Serra do Mar. E o primeiro sistema implementado foi o Sistema Funicular: com cabos e máquinas fixas. A primeira linha, com onze quilômetros de extensão, foi inaugurada em 1867 pelo grupo São Paulo Railway. Ela começou a ser construída em 1862 e teve como um dos maiores acionistas e idealizadores o lendário Barão de Mauá. Em 1859, ele chamou o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees, que veio ao Brasil e deu viabilidade ao projeto. A execução de tal projeto foi de responsabilidade de outro engenheiro inglês, Daniel Makinson Fox. Um ponto curioso é que pela instabilidade do terreno, a construção da estrada de ferro foi quase artesanal. Não se utilizou explosivos por medo de desmoronamento. As rochas foram cortadas com pregos e pequenas ferramentas manuais. Paredões de até 3 metros e 20 centímetros de altura foram construídos ao logo do traçado da estrada de ferro. A segunda linha começou a funcionar em 1900.
Além de dar mais força ao sistema, os cabos e as máquinas fixas economizam energia para a operação dos trens.
No entanto, vários acidentes eram registrados, principalmente pelo rompimento dos cabos. Havia uma espécie de freio, a tenaz, que agarrava os cabos para evitar a saída dos trens dos trilhos. Nem sempre o sistema, no entanto, funcionava de maneira satisfatória. Em 1956, um grande acidente foi evitado pelo maquinista na época, Romão Justo Filho, nascido em Paranapiacaba no mês de março de 1911, filho de maquinista também. Se a composição descarrilasse, cerca de 150 pessoas poderiam perder a vida. Através da utilização correta do sistema da tenaz, Romão foi “agarrando” aos poucos o cabo até que o trem parasse.
Os cabos do locobreque levavam desenvolvimento e riqueza para a região do ABC Paulista e de Santos. Tanto é que a companhia inglesa criou em 1896 uma vila essencialmente de ferroviários, com construções de madeira no estilo inglês. Em 1907, a Vila foi chamada de Paranapiacapa, mas até 1945 a estação continuou a ser chamada de Alto da Serra. A Vila possuía todos os recursos da época para os maquinistas, fiscais e “foguistas” – responsáveis pela alimentação da fornalha da máquina fixa e da máquina dos trens.
Além de um mercado, de um posto de saúde, de um vagão-ambulância e até um vagão funerário, onde o velório era feito dentro da composição entre Santos e Paranapiacaba, os funcionários possuíam um centro de recreação, o União Lira Serrano, e um Campo de Futebol. No União Lira Serrano eram exibidos filmes, shows musicais e realizados bailes temáticos.
A concessão da linha da Serra do Mar não foi apenas glórias e desenvolvimento. Fatos até hoje não explicados satisfatoriamente marcaram a história dos trilhos por onde circularam os Locobreques. Exemplos são os incêndios da Estação da Luz, dois dias antes da primeira etapa da concessão dos ingleses terminar, em 1946, e na velha estação de Paranapiacaba, em 1981. Antes mesmo do incêndio, a estação já havia sido desativada em 1977 e substituída pelo prédio atual. O relógio estilo inglês foi poupado no incêndio e deslocado para uma torre mais alta que a anterior.
Nos dois incêndios, tanto na Estação da Luz quanto em Paranapiacaba, a suspeita principal é de motivação criminosa.
Milhões de reais foram gastos para a reconstrução da Estação da Luz, que passou por décadas ainda sentido os efeitos do incêndio. Tanto é que ela teve de ser restaurada. A obra de restauração completa foi entregue somente em 2004, data dos 450 anos da cidade de São Paulo. A Estação da Luz teve três etapas fundamentais: Ela foi inaugurada em 1867, num pequeno prédio na região central da capital paulista. A demanda de passageiros foi aumentando aos poucos, e cerca de 15 anos depois o pequeno prédio foi demolido e um outro maior foi construído. A cidade crescia muito rapidamente e a estação teve de aumentar ainda mais. Em 1890 começaram as obras da estação na configuração atual. Em 1900, o segundo prédio antigo foi demolido e em 1901, a nova estação foi inaugurada. Obras constantes de modificações e ampliações foram realizadas ao longo das décadas na Estação da Luz, já que além da demanda de passageiros ser maior, o número de linhas férreas urbanas também cresceu. Antes mesmo do Locobreque, na Serra do Mar, uma primitiva máquina de madeira, também tracionada por cabos fazia o transporte entre os cinco patamares. Era a Serrabreque.
Durante a operação da Serrabreque, Barão de Mauá era um dos administradores. Posteriormente, na vila de Paranapiacaba, os ingleses, no alto de uma subida, construíram uma mansão, que servia de centro de controle operacional. Apelidada pelos ferroviários de “Castelinho”, a posição do local proporcionava uma privilegiada visão do sistema e de toda a estrutura da vila de Paranapiacaba. O sistema ferroviário da Serra do Mar era composto por diversos túneis, que eram alvos de lendas e histórias assombradas disseminadas pelos próprios ferroviários. Algumas dessas lendas tiveram origem no fato de muitos operários terem morrido na construção desses túneis.
Como chegar
Coordenadas Sul 23 46'44" Oeste 46 18' 07"
De ônibus
No Terminal de ônibus da Estação de Prefeito Saladino, em Santo André, no ABC Paulista, há um ônibus, com intervalos médios de 40 minutos, que vai direto para Paranapiacaba. A linha é AOL 040 (Paranapiacaba/Santo André), da Viação Ribeirão Pires - Tarifa R$ 3,70 (Dados atualizados em 13/09/2008). É uma linha intermunicipal, com a pintura padrão da EMTU, que passa pela Estação de Santo André - Terminal Santo André Oeste (lado externo), Av. Coronel Alfredo Fláquer (Perimetral) de Santo André, pelo Centro de Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, até chegar na parte alta da Vila de Paranapiacaba. O percurso dura em torno de 1 hora.
De carro pela Via Anchieta
(Aproximadamente 45km contados a partir do início da Via Anchieta)
Partindo de São Paulo, siga pela Via Anchieta (SP150) entrando no Riacho Grande logo após o fim da represa. Mantenha-se a esquerda e passe por baixo da Anchieta. Siga em frente e entre a esquerda na Rodovia Índio Tibiriçá (SP31). Siga até o KM 44 e entre a esquerda para Paranapiacaba. Entre a direita passando por baixo da Índio Tibiriçá e siga em frente.Bem a frente (quase chegando) onde observa-se o Cristo no alto de um morrinho à esquerda existe a opção de entrar a esquerda e seguir 5km por uma estrada de terra até a parte baixa da cidade. Caso opte por seguir em frente a estrada levará até a parte alta da cidade.
De carro por Mauá
A partir do Centro Alto de Mauá (Região do Bairro matriz) seguir direto pela Avenida Capitão João até o final, chegando em Ribeirão Pires, sempre continue reto pela Av. Humberto de Campos e Av. Santo André até acessar a rodovia SP-122 que termina em Paranapiacaba, em frente ao cemitério.
De trem
Linha 10 da CPTM. Atualmente o trem chega somente até a estação Rio Grande da Serra, pois daí em diante circulam somente trens de carga da MRS Logística (empresa de trens e concessionária responsável pela linha, junto com a CPTM). Para continuar o percurso, há um ônibus na Estação Rio Grande da Serra, com intervalo médio de 1 hora, que vai direto para Paranapiacaba, dando sequência a viagem para quem vai de trem. A linha é AOL 424 (Paranapiacaba/Rio Grande da Serra), da Viação Ribeirão Pires. Esta linha é intermunicipal, com pintura padrão da EMTU. Para enconomizar, pode ser adquirido previamente nas estações da CPTM, um bilhete integrado que permite a utilização do Trem com esta linha de ônibus da Viação Ribeirão Pires - linha 424 - tornando assim as tarifas reduzidas (Atualmente, 13/09/2008 - R$ 3,35).
Ligações externas
Fonte: Wikipedia - Português - http://pt.wikipedia.org/wiki/Paranapiacaba

segunda-feira, 6 de julho de 2009

13º Etapa - Tour Cemiterial - Cemitério de Paranapiacaba - Santo André - SP


Antes de mais nada, quero esclarecer que a necrópole em si quase foi relegada ao segundo plano, de forma excepcional por conta de diversos fatores: pela manhã, tiragem de fotos na Região Central de São Paulo a inesperada exposição de carros antigos no estacionamento em frente a Estação da Luz, localizado no mesmo município, a odisséia de pegar metrô e condução intermunicipal em direção ao nosso destino, sem antes uma parada no Rio Grande da Serra, e (ufa!), chegada a Paranapiacaba...Porém, o que está em questão não é o cemitério em si e sim o Distrito Andreense como todo pois toda uma atmosfera única é a marca registrada no local, a começar pela arquitetura britânica em sua maioria das residências, pela imponência da estrutura, embora carcomida, ferroviária no local de parada (o que originou Paranapiacaba mesmo), passando pela quantidade de turistas terem aumentado nos últimos anos e em especial pelo clima de lá que é um pedaço de frio praticamente o ano todo perto de uma região litorânea climaticamente falando que mais parece uma sauna, a Baixada Santista.
Bem, voltando ao assunto, o cemitério possui características que remetem à forma antiga: Igreja Matriz próxima, muros extremamente baixos sem frescurada de segurança (câmeras, arames farpados, por exemplo) e um clima bem sombrio mesmo no período diurno, aliado ao fato de que possui subidas e descidas de forma bem fenomenal mesmo !!! E o mais curioso: é o primeiro cemitério visitado por nós, até o momento, em que uma necrópole é encarada como ponto turístico por razões históricas !!! Por esse fato, cai por terra toda aquela ladainha de que cemitério é isso ou aquilo com todo aquele contexto que todo mundo está careca de saber e não estou com a menor vontade de retornar sobre o assunto.
Porém, o local está muito mal cuidado pois há pontos crassos de descaso gritante, abandono nas vias (muito mal feitas, por sinal), túmulos em número considerável abandonados e ainda o mato tomar conta de uma parcela considerável !! E sem contar algumas peculiariedades, tais como: um caminho alternativo que leva a ponto mais alto do cemitério em que dá para ter uma vista privilegiada, mesmo em momentos de forte nevoeiro que ocorre na maior parte do dia e ainda pessoas passeando tranquilamente, inclusive alguns tirando fotos sem possibilidade de sofrer preconceito por isso !!! E para ser sincero somente uma funcionária estava de serviço naquela tarde: ela estava cuidando das campas e uma delas houve enterro recente e por essa razão estava presente...Fora isso, além da entrada principal, há duas entradas/saídas: a que se localiza na Igreja Matriz e outra destinada a funcionários que vive fechada e com cordão de isolamento de "não ultrapasse". Foi uma visita até rápida para tantas imagens extraídas e somente no final foram tiradas algumas poucas que não haviam sido notadas antes. Somente visitando mesmo para acreditar que o cemitério foi implementado por funcionários da finada São Paulo Hailway e seus proprietários britânicos e que hoje em dia se encontra num misto de estado de ponto turístico com abandono...Uma pena, de certa forma...Bem, vamos a ficha.
Ficha
Nome: Cemitério Bom Jesus
Local: Paranapiacaba, Distrito de Santo André - SP
Em funcionamento desde: Final do Século XIX
Gestão: Municipal (Santo André)
Estilo: Convencional
Pontos Fortes: Ambiente marcante, ponto turístico reconhecido, não há incômodo e nem intromissão por parte dos funcionários e dos turistas, Histórias Interessantes por parte dos túmulos.
Pontos Fracos: Descaso muito acima do normal, vias deterioradas, sensação de insegurança no período noturno, partes que os acessos são o mais puro mato, literalmente.
Nota: 6,0
Motivos: Apesar de forte índice de descaso, o Cemitério de Paranapiacaba (cuja nomenclatura oficial é Cemitério Bom Jesus), conseguiu uma proeza que quase todos os cemitérios brasileiros não conseguiram: ser reconhecido como ponto turístico !!! E isso é relevante para possíveis projetos que possam ser aprovados para fins de que as demais necrópoles possam ter utilidade real num futuro próximo, para que não sejam ou engolidas pela especulação imobiliária ou serem relegadas a "lugares malditos", como um certo povo pensa a respeito...nem preciso dizer qual localidade estou falando, não é mesmo ? ;)
Observação: no próximo post será dedicado a Paranapiacaba propriamente dita e sem contar sobre um projeto piloto apresentado sobre São Paulo e ainda outros projetos a serem implementados pela pessoa que vos tecla num futuro próximo...Mas vamos ver se vingam !!!

sábado, 4 de julho de 2009

Avisos

Comunicados breves mas que serão fundamentais para fins de atualização. Nesta segunda feira, em conjunto com Renner Moreira, estará montado um blog a respeito de informações/conhecimentos variados sobre os acontecimentos atuais, logicamente seguindo fontes de agências de notícias confiáveis e uma análise imparcial sobre. O nome do blog será Análise Cíclica, um título que tem a ver com o seguinte fato: tudo muda a cada minuto em qualquer coisa nesta era de informação e quem pensa que uma informação x será atual daqui a alguns anos, salvo raros fatos, estará para trás na História. Esta é a idéia a princípio...

E em conjunto com o Pedro Azambuja, mais um projeto foi sacramentado: Críticas Estatísticas, que retrata simplesmente a manipulação dos meios estatísticos sobre índices gerais pesquisados, em especial sobre dados levantados de cunho regional e nacional, muitas vezes usado para fins de auto-promoção ou em época de Eleição. Este é o resumo de como será este novo projeto.

E não esquecendo e o mais importante: o projeto dos cemitérios está mais ativo do que nunca, tanto é que amanhã estaremos na 13º Etapa. Onde será ? Só será divulgado no post seguinte !!! Apenas adianto que a ansiedade toma conta pois é um começo da expansão das delimitações da Região nesta visita, que certamente colherá frutos !!!

Abraços e até lá !!! =)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como é feita a Cremação de Cadáveres ? - Por Mundo Estranho

Basicamente, os corpos são colocados em fornos e incinerados a temperaturas altíssimas, fazendo carne, ossos e cabelos evaporarem. Só algumas partículas inorgânicas, como os minerais que compõem o osso, resistem a esse calor para lá de intenso. São esses resíduos que compõem as cinzas, o pozinho que sobra como lembrança dos restos mortais de uma pessoa cremada. "No corpo humano, não existe nenhuma célula que tolere uma temperatura maior que 1 000 ºC. Um calor como esse é suficiente para derreter até metais", afirma o médico legista Carlos Coelho, do Instituto Médico Legal de São Paulo. Apesar da aparência de prática moderna, a cremação é uma tradição de quase 3 mil anos. "Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada. O fogo tem uma função purificadora, eliminando os defeitos da pessoa e libertando a alma", diz o perito criminal Ugo Frugoli. No mundo ocidental, por volta do século 10 a.C., os gregos já queimavam em fogo aberto corpos de soldados mortos na guerra e enviavam as cinza para sua terra natal. Apesar desse histórico, a cremação foi considerada ilegal em várias épocas, principalmente por motivos religiosos. Para os judeus, por exemplo, o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Já os espíritas pedem que o cadáver não seja incinerado antes de 72 horas - segundo eles, esse é o tempo necessário para a alma se desvincular do corpo. Entre os católicos, evangélicos e protestantes, não há restrições tão severas. No Brasil, a cremação é regulada pela Constituição. Quem quiser ter o cadáver reduzido a pó precisa deixar essa vontade devidamente registrada, com documento assinado por testemunhas e reconhecido em cartório. No fim de tudo, pode ser opção econômica para quem não tem onde cair morto. Enquanto um sepultamento simples custa pelo menos 200 reais, o serviço pago em um crematório público numa cidade como São Paulo, por exemplo, sai a partir de 105 reais.

De volta ao pó - Incineração reduz um corpo de 70 quilos a menos de 1 quilo de cinzas

1. O processo de cremação começa quando a pessoa ainda está viva. Não se assuste - é que ela precisa registrar em cartório a vontade de ter seu corpo transformado em pó. Em relação a um sepultamento comum, as diferenças aparecem depois do velório, quando o caixão não é levado até a cova, mas para uma sala refrigerada. Em alguns crematórios, um elevador se abre no chão e desce com o corpo até o andar de baixo, onde ficam as geladeiras

2. No subsolo funciona a chamada câmara fria. No crematório de São Paulo, por exemplo, o cômodo gelado é uma sala revestida de azulejos e com isolamento térmico, onde ficam prateleiras metálicas com capacidade para até 4 caixões. Os falecidos passam 24 horas no frio. Nesse período, a família ou a polícia podem requisitar o corpo de volta, no caso de mortes violentas como assassinatos

3. Depois de um dia na geladeira, o cadáver entra em um forno com todas as roupas e ainda dentro do caixão - apenas as alças de metal são retiradas. Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o caixão é submetido a uma temperatura de 1 200 ºC. Esse calor faz a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir

4. Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos de cálcio que formam os ossos resistem à onda de calor. Esses restos são colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro

5. O moinho funciona por cerca de 25 minutos. Depois dessa etapa, as cinzas em pó são guardadas em urnas e entregues à família do morto. No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade como São Paulo, uma cremação custa a partir de 105 reais, metade do preço de um enterro simples

Fonte: Revista Mundo Estranho - Cotidiano - http://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/pergunta_286922.shtml