terça-feira, 17 de maio de 2011

Decreto Municipal nº 5.758/11, de 10 de maio de 2011 - Santos - SP

DECRETO Nº 5.857
DE 10 DE MAIO DE 2011

INSTITUI PREÇOS PÚBLICOS PARA PERPETUAÇÃO DE SEPULTURAS NOS CEMITÉRIOS PÚBLICOS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

JOÃO PAULO TAVARES PAPA, Prefeito Municipal de Santos, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei,

DECRETA:

Art. 1.º Ficam instituídos preços públicos para perpetuação de sepulturas nos cemitérios públicos, como abaixo:

I – carneiro de solo adulto: R$ 8.000,00;
II – carneiro de solo anjo: R$ 6.000,00;
III – carneiro de muro adulto: R$ 5.000,00;
IV – carneiro de muro anjo: R$ 3.000,00.

Art. 2.º O recolhimento dos valores mencionados no artigo anterior poderá ser efetuado à vista ou mediante recolhimentos mensais em até 24 (vinte e quatro) parcelas, obedecido o disposto nos parágrafos 2º, 3º, 4º e 5º do artigo 216 da Lei nº 3750, de 20 de dezembro de 1971.

Parágrafo único. No caso de recolhimento mensal, o despacho no processo administrativo somente concretizar-se-á após o recolhimento da última parcela.

Art. 3.º Este decreto entra em vigor na data da publicação.

             Registre-se e publique-se.

Palácio “José Bonifácio”, em 10 de maio de 2011.

JOÃO PAULO TAVARES PAPA
Prefeito Municipal

            Registrado no livro competente

            Departamento de Registro de Atos Oficiais do Gabinete do Prefeito Municipal, em 10 de maio de 2011.

CLAUDIA REGINA MEHLER DE BARROS
Chefe do Departamento

Pedido de Renovação deve ser renovado em Cemitérios - Por A Tribuna - 12.05.2011

Os munícipes que entraram com pedido de perpetuação de sepulturas nos cemitérios públicos, no período de 1997 a 2008, devem renovar o interesse, a partir desta segunda-feira(16). A recomendação da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), que gerencia as unidades municipais, é para os interessados agendarem visita ao respectivo cemitério, a fim de dar sequência ao processo administrativo.


A formalização dos pedidos de perpetuação será possível com o decreto 5.857/11, publicado quarta-feira (dia 11) no Diário Oficial de Santos, que estabelece os valores e formas de pagamento para as perpetuações requeridas até 2008, que correspondem a cerca de 3.200 pedidos. Os preços variam de R$ 3 mil a R$ 8 mil, e podem ser pagos à vista ou em até 24 parcelas mensais.

De acordo com o decreto, a perpetuação só será efetivada após o pagamento da última parcela, no caso da opção pelo recolhimento mensal. A Sefin (Secretaria de Finanças) será a responsável pela emissão do boleto de pagamento da taxa. A perpetuação é exclusiva para os pedidos formalizados de 1997 a 2008. Não serão aceitas novas solicitações. Os munícipes que não contatarem os cemitérios para renovar o interesse terão o processo de perpetuação indeferido.

O decreto 5.857/11 vem somar-se à lei complementar 712/2011, que trata do funcionamento, utilização, administração e fiscalização, além da execução dos serviços funerários nos três cemitérios públicos, com cerca de 38 mil sepulturas. A perpetuação de campas está definida no artigo 54, que garante o benefício aos munícipes que protocolaram o pedido até dezembro de 2008, data anterior ao envio do projeto de lei à Câmara.

Dependendo da disponibilidade de vagas, a prefeitura cede por período de cinco anos sepulturas aos munícipes que não possuem depósitos funerários perpétuos. A conservação dos cemitérios públicos está a cargo da Seserp, e a manutenção da sepultura cabe à família responsável.

Os contatos são os seguintes: Cemitério da Filosofia (tel. 3296-1510 e e-mail filosofia@santos.sp.gov.br); Cemitério do Paquetá (tel. 3232-1350 ou paqueta@santos.sp.gov.br) e Cemitério da Areia Branca (tel. 3203-2906 ou areiabranca@santos.sp.gov.br).

Fonte

Artigo : Análise Ambiental dos Cemitérios : Um Desafio Atual para a Administração Pública - Por ebaH

Vou deixar o link sobre o artigo escrito a respeito dos desafios das Administrações Públicas a respeito do Necrochorume nos Cemitérios Municipais.

Artigo

sábado, 14 de maio de 2011

Turismo Cemiterial em Portugal - Por Correio da Manhã - Lisboa - POR - 08.05.2011

Lazer - Portugal na rota do turismo cemiterial europeu


Cemitérios atraem milhares de turistas

Em 2010, o cemitério dos Prazeres, em Lisboa, recebeu a visita de 8704 turistas, a maioria de nacionalidade alemã. Para incentivar este tipo de turismo, a Câmara de Lisboa tem roteiros próprios e promove a realização de palestras, colóquios, concertos de música sacra e erudita. Prazeres e Alto de São João são os cemitérios mais visitados em Lisboa.

Segundo Ana Paula Ribeiro, chefe de divisão de gestão cemiterial, a autarquia sempre deu destaque ao turismo cemiterial, criando até um núcleo museológico específico, que se julga único na Europa.


"Temos vindo a dinamizar o restauro do ‘espólio’ dos cemitérios de Lisboa enquanto museus a céu aberto, quer recuperando jazigos representativos, como o caso do Mausoléu dos Palmela, quer promovendo hastas públicas para venda de jazigos prescritos.

Mas Lisboa não é a única autarquia que incentiva este turismo, destacando-se também a cidade do Porto, que faz parte da rota dos cemitérios, do Conselho Europeu. Esta rota contempla cemitérios em Oslo, na Noruega; na ilha de Cerdena, Itália; ou em Bucareste, na Roménia. São mais de 50 cemitérios de 18 países europeus que se tornaram destinos turísticos.

Entre 2007 e 2010, mais de 910 turistas visitaram os cemitérios da cidade Invicta. Entre as actividades que a câmara promove para atrair visitantes, destaque para ‘A Semana à Descoberta dos Cemitérios Europeus’.

Há também concertos de órgão, exposições de fotografia, pintura e património móvel dos cemitérios municipais, palestras e visitas guiadas aos túmulos de grandes mestres da música do final do século XIX e do século XX.

TÚMULO DE VIOLONCELISTA NO PORTO

De um modo geral, o visitante dos cemitérios municipais do Porto – turista cultural, jovens, famílias, estudantes do Secundário ou universitários – faz uma visita geral e está receptivo à orientação dada pelo guia. Há, porém, um túmulo muito visitado por estrangeiros devido ao renome internacional de Guilhermina Suggia, considerada uma das melhores violoncelistas do Mundo. Uma visita aos cemitérios municipais do Porto permite ver um importante repositório de peças de arquitectura e escultura oitocentista, que constituem um manancial inesgotável de história socioeconómica e cultural.

OSCAR WILD DOS MAIS VISITADOS EM PARIS

Um dos cemitérios mais famosos do Mundo é o parisiense Père Lachaise, onde foram sepultados Jim Morrison (Doors), Edith Piaf, o escritor irlandês Oscar Wilde, o compositor italiano Gioachino Rossini e o escritor francês Marcel Proust. Os seus túmulos recebem milhares de visitas por ano. Igualmente famoso é o Cemitério ‘No Católico’, de Roma, conhecido como cemitério dos poetas e artistas, onde está o poeta John Keats e o fundador do Partido Comunista da Itália, Antonio Gramsci.

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Grupo faz inventário de cemitérios da Vila Itoupava em Blumenau - Por Clic RBS - SC - 10.05.2011

Intenção foi de fotografar 1.567 sepulturas e catalogá-las com informações básicas sobre os sepultados.

Era março de 1928. O sol ardia no final do verão sobre as colinas da Vila Itoupava. O lavrador Otto Pagel queria somente cavar um poço para extrair água fresca e aliviar o calor da família. Enquanto nada vertia do poço, Otto tomou o leite que ordenhara da vaquinha da família no dia anterior para aliviar a sede.


Coalhada, a bebida, combinada ao calor, lhe fez mal. A família tentou levá-lo a um médico, difícil de encontrar por aquelas terras. Otto não resistiu. Morreu dia 31, aos 29 anos. A partida ocorreu quatro meses após perder o pai, Milh. Desde então, pai e filho descansam eternamente e compartilham, lado a lado, a mesma sepultura no Cemitério Itoupava Rega I.

O local é um dos seis cemitérios da Vila Itoupava inventariados pelo Projeto Lugares de Antepassados, Lugares de História. A primeira apresentação pública do estudo, feito em parceria com a Fundação Cultural de Blumenau, ocorre hoje, no Cemitério da Rua São José. Imponente, a cabeceira que abriga os epitáfios da década de 1920 da família Pagel foi feita em concreto e talhada à mão. Sete colunas de cimento circundam as covas, interligadas por correntes de ferro.

Uma obra-prima que demonstra o esmero da família pelos dois pioneiros da Vila Itoupava que se foram. O túmulo dos Pagel se destaca, mas divide espaço com outras lápides antigas, onde foram sepultados imigrantes alemães e os primeiros a ocupar a região das Itoupavas. O cemitério ainda está ativo, mas os novos túmulos, feitos em mármore comum, destoam das características mantidas pelos antigos.

- Alguns túmulos velhos tiveram de ser refeitos porque as famílias não se interessaram em preservar, então decidimos manter algo mais simples - conta Eurides Pagel, presidente e coveiro por mais de 20 anos do Rega I.

Coordenada pela historiadora Elisiana Trilha Castro, uma equipe de oito pesquisadores percorreu os cemitérios Vila Itoupava, Rega I, Rega II, Braço do Sul e Treze de Maio, na Vila Itoupava, e Treze de Maio Alto, em Massaranduba. A intenção foi fotografar 1.567 sepulturas e catalogá-las com informações básicas sobre os sepultados entre o final do século 19 e atualmente, além de levantar sobrenomes, rituais, arquitetura dos túmulos e a história dos cemitérios.

O estudo procura perceber as singularidades dos cemitérios blumenauenses, entender a participação dos imigrantes na formação do município e abre precedentes para que túmulos possam ser tombados como patrimônio cultural.


- É importante pensar na preservação desses lugares como um documento, e conservar as particularidades culturais das etnias que fizeram o cemitério. Hoje, as sepulturas são mais das famílias do que da sociedade e elas ainda não têm consciência da importância de preservar - explica Elisiana.

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Manutenção de túmulos é obrigação de familiares, diz prefeitura - Por Jornal de Ubera - Uberaba - MG - 12.05.2011

Foi grande a repercussão de matéria mostrando a má conservação do cemitério São João Batista, publicada ontem no JORNAL DE UBERABA. Várias pessoas procuraram a redação do JU para comentar a matéria, a maioria reforçando os comentários de depredação de túmulos, cobrando da Prefeitura de Uberaba que institua lei obrigando as pessoas a conservarem os túmulos. Outras afirmaram que a situação não justifica, lembrando que em breve estará funcionando próximo ao cemitério São João Batista o Hospital Regional, o que pode colocar em risco a vida de pessoas.

Já a Prefeitura de Uberaba explica que a função principal da administração municipal, em relação aos cemitérios, é de sepultamento, e ressalta que a manutenção de sepulturas é dos familiares, conforme foi divulgado na matéria.

Segundo o diretor do Departamento de Cemitérios de Uberaba, Jamir Messias de Freitas, no cemitério São João Batista, de janeiro até a manhã desta quarta-feira (11) foram realizados 778 sepultamentos, sendo que por ano são realizados cerca de 1.980, perfazendo uma média de seis por dia.

Ele lembra que, além dos sepultamentos, que são prioritários, a Prefeitura de Uberaba tem a função de cuidar das ruas e quadras, no que diz respeito à limpeza. “O problema é que tivemos três meses seguidos de chuvas intensas, o que prejudicou o trabalho como um todo.”

Freitas reforça que a construção, manutenção e limpeza dos túmulos é função das famílias. Para ajudá-las, a administração possui um cadastro de pedreiros, que seguem uma mesma tabela, para desenvolver as obras necessárias. “Inclusive, esta tabela está há três anos sem acréscimo, exatamente para incentivar as famílias a cuidar do local dos seus entes. As pessoas podem combinar com os pedreiros, parcelar o serviço, mas muitas sepultam seus familiares e retornam no cemitério apenas no sepultamento de outro ente”, explica. O credenciamento dos profissionais também é uma forma da administração ter como cobrar deles que deixem o ambiente limpo. “Construção gera entulho. Isso é fato. Mas estamos sempre de olho para evitar a desordem”, observa. Segundo Jamir Messias, por ano são realizadas cerca de 500 edificações nos três cemitérios de Uberaba: o São João Batista, o Medalha Milagrosa e Paineiras, em Ponte Alta. “Dentre as construções estão a ampliação dos túmulos para colocar maior número de gavetas e revestimentos. O problema é que se a sepultura couber apenas uma pessoa, é preciso um tempo de 5 anos para fazer a exumação, em caso de adultos”, adverte.



Secular – Freitas destaca que o São João Batista é o mais antigo de Uberaba, com 112 anos de fundação, feito sem planejamento, por isso tem túmulos em situação precária. Lembra que se tiver alguma ossada exposta, como foi mostrado ontem pela reportagem do JU, a administração do cemitério tampa imediatamente. Porém, se for tampas quebradas afirma que a obrigação é dos familiares. Entretanto destaca que o cemitério é muito grande e é impossível a administração olhar tudo ao mesmo tempo. Neste sentido pede que as pessoas mostrem os túmulos onde haja restos mortais expostos para tomar providências.

O diretor informa que no São João Batista tem 25 quadras, com cerca de 30 mil túmulos, no Medalha Milagrosa, feito de forma planejada, são 32 quadras com entre 10 a 12 mil túmulos, enquanto o Paineiras tem 6 quadras e cerca de 400 túmulos. E reforça que as pessoas ajudem na manutenção, deixando os túmulos dos familiares conservados e até mostrando a depredação de túmulos próximos ao de entes queridos para a administração poder ajudar na manutenção. Lembra que mais de 40% de túmulos do São João Batista não têm identificação, sem contar outros tantos que não possuem familiares vivos, o que dificulta o trabalho do departamento.
 
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Londrina: Acesf aponta quase mil jazigos abandonados - Por Bonde Londrina - 13.05.2011

Quase mil jazigos do cemitério Jardim da Saudade, na zona norte de Londrina estão em estado de abandono ou ruína. De acordo com recente levantamento feito pela Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf ), 989 jazigos encontram-se em situação precária, o número corresponde a quase 9% dos 11.500 túmulos do cemitério.


O resultado do levantamento surpreendeu a diretoria da Acesf que agora realiza a comunicação dos familiares para que estes tomem providências quanto a regularização do túmulo. Em caso de continuidade do abandono, a família corre o risco de perder o espaço.

Em março deste ano, 103 jazigos do cemitério Padre Anchieta foram retomados pela administração por estarem abandonados. Estima-se que no cemitério São Pedro, cerca de 100 túmulos estejam na mesma condição.

De acordo com a superintendente da Acesf, Luciana Viçoso de Oliveira, os endereços constantes na Acesf muitas vezes são antigos e as correspondências acabam voltando. De acordo com ela, serão feitos comunicações em jornais sobre o abandono e que somente após cinco meses é que é feito o processo de revogação do túmulo abandonado.

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Morrer é Caro em Sorocaba - Por Rede Bom Dia de Sorocaba - SP - 30.04.2011

Bater com as dez está pela hora da morte

Dependendo do tipo de caixão, localização do jazigo e serviços à parte –que podem incluir sala de velório com frigobar e micro-ondas – enterrar uma pessoa em Sorocaba pode sair por mais de R$ 20 mil.
 
A morte pode ser encarada como um fim ou uma passagem mas, inegavelmente, é um excelente negócio. Em Sorocaba um velório sofisticado, com caixão (ou urna funerária, como é chamada entre os profissionais) feito em madeira de lei e com enterro em cemitério privado pode ultrapassar os R$ 20 mil.
 

O mercado que gira em torno da morte oferece opções para todos os gostos e, principalmente, bolsos. Só no ano passado, foram 3.724 óbitos em Sorocaba. No primeiro trimestre de 2011, mais de 900.

Danilo Natálio Martins, encarregado pelo setor de funeral da Ofebas, explica que existem dois tipos distintos de pessoas que procuram uma empresa especializada para tratar sobre um velório e um enterro: aquelas que perderam alguém querido e às pressas e sob forte emoção precisam definir todos os detalhes, até aquelas que estão se antecipando e definindo os trâmites fúnebres que serão aplicados a familiares ainda vivos ou a si próprias. “Quando há uma morte confirmada as famílias costumam eleger as pessoas mais calmas para tomar as decisões, mas mesmo se tratando de uma emergência existem familiares bastante atentos a detalhes”, revela.

Danilo explica que alguns clientes fazem questão de apalpar o forro dos caixões para verificar se são fofos, ou mesmo querem informações sobre a qualidade da madeira. “O cuidado é semelhante entre clientes mais metódicos que pagam um plano funerário e estão escolhendo a própria urna”, explica.

Uma urna em cedro, revestida em cetim, com a tampa entalhada com motivos religiosos e alças em alumínio sai por pouco mais de R$ 10 mil. Escolher a urna é a ponta do iceberg e o começo dos gastos. Até na escolha da sala de velório existem opções. Em Sorocaba existem salas com micro-ondas e frigobar.

A opção visa atender famílias que têm parentes em cidades distantes que podem chegar com fome durante a madrugada, por exemplo. Pela regalia, são R$ 400 a mais.

A última impressão

Muitos gastos extras envolvendo um velório dizem respeito à preparação do corpo. A quantidade de flores, a roupa usada pelo finado, tudo é opcional e está à venda. “Se o enterro é no inverno, existem até famílias que nos solicitam roupa de frio para o cadáver. Existe esse culto ao corpo, um respeito. Há pessoas que pedem que o cadáver seja até perfumado”, afirma o preparador de cadáveres, Francisco Metidieri.

O custo também aumenta se a morte é resultado de um episódio envolvendo violência. Nesse caso é aplicada a tanatopraxia, técnica na qual perfurações de tiro, cortes e outros ferimentos são ocultados através de maquiagem. A tanatopraxia também permite a conservação do corpo por mais tempo – para evitar odores inconvenientes durante velórios longos, por exemplo – graças à troca do sangue por um líquido especial. O serviço custa R$ 450 adicionais, em média.

Entenda a expressão 'Bater com as dez'

Sinônimo de morrer. Expressão do jogo de Buraco, usada para definir o lance no qual o jogador compra uma carta do monte e consegue se livrar de todas as outras nove que tem nas mãos.

Planos funerários

Os planos funerários são boa opção principalmente para aqueles que não querem ter dor de cabeça no momento da morte de um familiar. Eles disponibilizam desde a urna, até o velório e traslado até o cemitério para o titular do plano e seus dependentes.

Em Sorocaba a adesão a um plano desse tipo custa cerca de R$ 250, com parcelas mensais de cerca de R$ 20 por pessoa no plano familiar. A maioria dos planos têm 30 dias de carência, ou seja, só cobrirão as despesas se o falecimento ocorrer após o período pré-estabelecido. Segundo a Ofebas, a procura por este tipo de plano triplicou em 10 anos. Já a Ossel não se manisfestou.

Quem decide se precaver, convive com as críticas

Ao comprar um jazigo, tudo o que a dentista Giovana Senna queria era se precaver da correria e do transtorno de ter de tomar uma série de decisões quando uma pessoa querida partir. Isso ou dar trabalho a quem fica, caso ela seja “a próxima da lista”. Após fechar o negócio, no entanto, ela afirma que enfrentou críticas e até pequenos protestos movidos por familiares e amigos que não se conformam com o fato dela gastar dinheiro com uma sepultura quando ela tem 43 anos e goza de plena saúde.

“Me chamaram de tonta. Perguntam como posso gastar com isso ao invés de com uma viagem. Eu ignoro pois acho super normal pensar em algo que é inevitável”, afirma. A dentista conta que não pesquisou preços antes de comprar o jazigo de três lugares por aproximadamente R$ 3 mil. “Desde que comprei, já até tive propostas de pessoas que querem comprar em razão da boa localização dentro do cemitério.”

Visual conta

O analista de sistemas Roberval Correia diz que para definir a localização do jazigo de sua família, levou em conta o visual. “Optei por um cemitério sem túmulos, apenas com aquele gramado bonito”, ressalta. Roberval afirma que o assunto não tem nada de sinistro e, mostrando as faturas com as parcelas pagas, afirma ter feito um excelente negócio. “Na hora da dor, as empresas cobram o quanto querem porque os familiares não têm opção. Quando já pensamos nisso em vida, cotamos preços e podemos até aproveitar promoções.”

Tem de graça

Em Sorocaba há seis cemitérios, dois particulares e quatro municipais. No PAX, um jazigo para três pessoas custa à vista R$ 4,7 mil para sepultamento imediato. Se a compra for feita sem que haja falecimento, o parcelamento pode ser feito em 24 vezes e o valor cai para R$ 4,9 mil. No Memorial Park, outro particular, um jazigo também para três lugares custa R$ 3 mil.

Dos cemitérios municipais, somente dois ainda estão disponíveis para o enterro de alguém que faleça hoje e não possua jazigo. No Cemitério de Aparecidinha a área para sepultamento custa R$ 129. Já o Cemitério Santo Antônio, no Wanel Ville, é gratuito, para famílias de baixa renda. Os cemitérios da Saudade e da Consolação tiveram seus títulos de posse negociados há décadas e só recebem corpos de famílias já proprietárias de jazigos.

Pagamento de enterro vai parar na Justiça

No começo desse ano o Colégio Recursal de Sorocaba confirmou a decisão do juiz Douglas Augusto dos Santos, da Segunda Vara do Juizado Especial Civel, que obriga dois homens a ressarcirem um primo que arcou com as despesas do enterro da mãe dos mesmos.

A vítima, que pediu para não ser identificada, conta que não era íntima dos primos, mas colaborou pagando os R$ 910 do velório e enterro com seu cartão de crédito.

O pagamento foi dividido em quatro vezes e apesar de se comprometerem em pagar as parcelas, os irmãos não honraram o compromisso. Sem dinheiro, a vítima pagou apenas os valores mínimos das faturas, sofrendo com o acúmulo de juros. A setença estipula indenização de R$ 3,8 mil, que cobre o valor original, mais os juros rotativos.

CPI das funerárias é enterrada

Foi pouco conclusivo o resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito aberta pela Câmara de Vereadores de Sorocaba para investigar a atuação das duas funerárias da cidade, a chamada CPI das Funerárias. Isso porque a Ossel conseguiu na Justiça o direito de não enviar alguns documentos solicitados pelos vereadores. Apesar da apuração ter sido parcial, a comissão foi encerrada no começo desse ano.

O foco da CPI era investigar se as funerárias Ofebas e Ossel estão respeitando a lei municipal que prevê fornecimento de caixão, transporte, velório e enterro gratuitos a famílias que declararem não ter renda suficiente para pagar pelo serviço.

A investigação do Legislativo (os vereadores também contrataram uma empresa de auditoria para auxiliá-los) foi aberta em julho do ano passado, pouco após o vereador Irineu Toledo (PRB) ser procurado por uma família de baixa renda que alegou não ter conseguido o benefício previsto em lei.

O presidente da CPI, vereador Gervino Gonçalves (PR), o Cláudio do Sorocaba 1, alega que os documentos solicitados pelos vereadores serviriam para constatar o número de velórios, caixões e transporte cedidos pelas funerárias à famílias carentes ao longo dos anos. Na documentação enviada pela Ofebas, explica o parlamentar, não foram encontradas irregularidades. “Já a Ossel buscou na Justiça essa liminar que acabou obstruindo as atividades dos vereadores. Não sabemos o motivo do receio, o caso é que ficamos de mãos atadas e sem condições de darmos prosseguimento”, alega.

Regulamentação

Um projeto de lei do vereador Helio Godoy (PTB) visa regulamentar os serviços funerários em Sorocaba, definindo uma melhor distribuição das empresas que desempenham essa função. O projeto prevê que deva existir uma funerária para cada 100 mil habitantes. As empresas seriam escolhidas através de concessão pública.

Godoy elaborou seu projeto com base em concessões de serviços funerários feitas nas cidades de Curitiba (PR) e Joinville (SC). Nesses municípios, segundo o vereador, os serviços são operados por diversas concessionárias regulamentadas por leis municipais.

O vereador explica que antes de encaminhar o projeto para a pauta de votação ainda aguarda as respostas de alguns questionamentos feitos à prefeitura a respeito da atuação das duas empresas em operação na cidade. “O projeto já está pronto desde a metade do ano passado, mas como esperava que a CPI respondesse a muitos dos questionamentos, aguardei”, explica o autor. A previsão é de que o vereador apresente o projeto no segundo semestre.

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São Caetano tem fila de espera por jazigo - Por Diário do Grande ABC - 28.04.2011

Mais de 700 famílias de São Caetano esperam há pelo menos dois anos para comprar um jazigo perpétuo no Cemitério das Lágrimas, onde estão os lotes mais caros entre os cemitérios do Grande ABC, incluídos aí os particulares. Conforme a equipe do Diário apurou, ainda não estão sendo vendidos os espaços, que podem custar até R$ 18 mil. A estrutura bem cuidada e o fato de ser um dos mais tradicionais cemitérios da cidade são fatores que chamam a atenção das famílias.


Para se ter uma ideia, o valor médio do metro quadrado para construção na cidade gira em torno de R$ 4.392. A área de um jazigo no Cemitério das Lágrimas é de 6,7 metros, aproximadamente. O preço mais caro de um lote em cemitérios privados da região é R$ 15 mil - fora no Phoenix Memorial (cemitério vertical), em Santo André, onde uma gaveta chega a valer R$ 27 mil.

A fila de espera em São Caetano está parada há pelo menos dois anos, e somente espaços rotativos (onde são feitas exumações a cada três anos) estão liberados para sepultamentos. São 20 vagas para enterros de munícipes, com taxa de R$ 256.

Os jazigos perpétuos em cemitérios públicos são coisa rara no Grande ABC. Em Santo André, o único que oferece área com oito gavetas é o Cemitério Nossa Senhora do Carmo (Curuçá). Lá, são cobrados mais de R$ 12 mil pelo jazigo. Atualmente, 20 ainda estão disponíveis para venda e outros 30 estão sendo construídos.

Em São Bernardo, no Cemitério Municipal Baeta Neves, ao menos 100 jazigos estão disponíveis. O espaço custa pouco mais de R$ 4,4 mil. A compra, contudo, só é feita mediante a apresentação do atestado de óbito.

É preciso ser morador do município para adquirir o jazigo, seja em São Caetano, Santo André ou São Bernardo.

PROCURA

Funcionários do Cemitério das Lágrimas disseram à equipe do Diário que muitas famílias esperam uma oportunidade para adquirir jazigos perpétuos. "Tenho certeza de que, se colocarmos um anúncio na porta dizendo sobre a venda, todos os espaços serão comprados no mesmo dia", disse um dos trabalhadores da administração.

E o preço deve aumentar. "A Prefeitura está reformando os cemitérios da cidade. Isso vai encarecer mais ainda o valor dos túmulos."

Oficialmente, a Prefeitura informou que não existem jazigos para venda. Um dos coveiros disse, por outro lado, que o cemitério possui espaço para construção de ao menos 50 túmulos familiares.

"Para adquirir um jazigo, a família deve ir ao Atende Fácil e comprovar residência em São Caetano. A solicitação é enviada à coordenadora de cemitérios para análise. Porém, no momento não há como comprar um jazigo. Os últimos foram vendidos por R$ 17.531,00, parcelados em 12, 24 ou 36 meses", respondeu em nota a administração.

Exumações liberam mais sepulturas em cemitérios


Dos 11 cemitérios públicos do Grande ABC, oito ainda recebem enterros de quem não têm jazigos perpétuos. O sistema adotado é o mesmo em todo o País: os corpos ficam nos túmulos por até oito anos. Depois, é feita a exumação e os restos mortais vão para ossário público ou entregues à família, que é ciente de todo o processo.

Todos os meses, os cemitérios fazem exumações. Em Santo André, por exemplo, o número no Cemitério Nossa Senhora do Carmo (Curuçá) chega a uma média de 223 por mês.

O costume no Cemitério das Lágrimas é realizar a exumação todas as semanas. Geralmente, conforme um coveiro, muitas famílias preferem não acompanhar o processo.

"Nesta semana mesmo fizemos uma exumação e a família não queria assistir. Mas o corpo ainda estava praticamente intacto, e vamos ter de esperar mais tempo para retirar os ossos", relatou.

Enterro custa de R$ 252 a R$ 32 mil

As opções de funerária para arrumação do corpo de um ente querido estão cada vez mais diversas e, justamente por isso, os preços estão cada vez mais discrepantes. Ao orçar valores desses serviços, muitas são as empresas que tentam vender planos de assistência funerária, como se fosse um convênio médico. Algumas oferecem até prêmios - como sanduicheiras ou cafeteiras - no caso de o contratante indicar outra pessoa que venha a fechar o contrato com a mesma instituição.

Os preços variam muito: podem ir de R$ 232 (como foi orçado na funerária municipal de Mauá) até R$ 32 mil, valor cobrado por um grupo privado que vende o serviço funerário ou o convênio, de acordo com a necessidade do cliente.

Os serviços são dos mais variados preços, gostos e religiões, mas na maioria das funerárias ouvidas, o preço médio corresponde a um pacote que inclui traslado do cadáver, limpeza externa do corpo, troca de vestimentas, flores e urna, o popular caixão. Este é, também, o grande vilão dos pacotes vendidos pelas funerárias. Há urnas de madeira nobre maciça e trabalhadas à mão, que podem custar até R$ 30 mil.

Para enterrar o corpo de alguém em um cemitério municipal é necessário que a pessoa tenha vivido na respectiva cidade. Depois desse dado devidamente comprovado, é possível encontrar valores mais acessíveis, tanto de caixões quanto de taxas de sepultamento - que na região varia de R$ 75 a R$ 302.

O aluguel da sala de velório, quando o corpo é preparado em funerária municipal, está incluso no preço. No caso de a família optar por contratar empresa, esse valor pode chegar a até R$ 365, como em Mauá. (Camila Brunelli)

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Serviço de Utilidade Pública - Paquetá - Santos - SP - Por Atribuna de Santos - 29.04.2011

Pode valer até R$ 20 mil


Peça de Cristo feita em bronze é furtada de cemitério em Santos

Os furtos constantes no Cemitério do Paquetá, em Santos, atingiram esta semana o patamar mais emblemático: levaram uma peça de bronze representando Cristo.

A representação facial do filho do Criador pesa cerca de cinco quilos e tem a base de mármore. No mercado de arte pode custar de R$ 15 mil a R$ 20 mil. E já pode estar no exterior.

Quem notou o furto do Cristo foi o historiador Waldir Rueda. Há cerca de quatro meses ele tinha começado a catalogar as obras de arte no cemitério, com fotos. Quinta-feira, retornou ao local e notou a ausência da peça. Ela estava fora da campa de origem, acomodada no túmulo de Arlindo Gomes de Aguiar, morto em 1923.

Levar o Cristo foi tarefa fácil. O cemitério conta apenas com um vigia e das quatro câmeras de vigilância, duas estavam quebradas há cerca de quinze dias. Além disso, as imagens dos demais equipamentos são nítidas apenas das 7 às 18 horas e, ao contrário das disponibilizadas no SIM, são estáticas e não tem zoom.

Campas tombadas

Mas o sumiço da peça pode não ser um simples furto, segundo explicou o promotor de Justiça das áreas de Urbanismo e Meio Ambiente de Santos, Daury de Paula Júnior. A reprodução de bronze integra uma das 26 campas do Paquetá tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa). “Não seria um simples furto, mas um crime contra o patrimônio cultural”.

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Nota Importante: Quem tiver alguma informação a respeito do adorno furtado, denuncie MESMO !!!