sábado, 30 de abril de 2011

Apaixonar ?!

Nota: Isto é um desabafo, certo ?!

Eu, você, ele, ela, eles, elas e tantos outros vêem diariamente seus sonhos afetivos interrompidos por uma realidade muito mais forte do que ideologias, paixões, sentimentos ou simples devaneios de uma noite de verão. E surgem seguintes questionamentos :

- Às vezes penso de como eu era feliz no tempo em que nem imaginava no que ou em quem me transformaria futuramente afetivamente falando, aliás, no que me transformei ?!

- Sou alguém, venci, perdi, me transformei, ou continuo o mesmo de cinco anos atrás ?!

- Como posso ou poderiam me definir ?!

Sei que muitas me enxergam como um "estranho", "indesejável", "um insosso que perde tempo com assuntos chatos" e que "merece estar sozinho", e admito de uns meses pra cá não tenho feito praticamente nada para mostrar-lhes o inverso. Também não sinto orgulho da minha condição afetiva, especialmente do meu fracasso sentimental, e mesmo do que poderia dizer acerca de mim mesmo, se fosse questionado hoje, neste momento. Imagino todos me apontando com o dedo e me lançando questionamentos que eu realmente não sei responder. Não sei sanar as dúvidas que me vêm à cabeça direito, quanto menos responder aos demais neste aspecto.

Aliás, alguma coisa eu poderia responder, por mais que elas não compreendam muitas vezes o que quero expressar. Durante anos eu alimentei e criei um "monstro" que me aprisionou, sendo que ele me dominou e não consigo mais me livrar. Esse monstro se autodenomina "autosuficiência". Sabe o homem do saco, aquele que levava as crianças que não queriam comer na hora das refeições ?! Pois é, esse mesmo "monstro" ou ser vivo me levou a uma espécie de "Dimensão Surreal", fora desse mundo visível, e lá me criou, me alimentou da forma mais materna possível, me inculcou ideais que por fim foram a razão da minha existência. Mas abruptamente esse mesmo ser me lançou de novo à esfera terrestre, sem ao menos me deixar seu telefone, endereço ou algo com o qual poderíamos manter contato, nem mesmo o e-mail o canalha teve a pachorra de me escrever.

Aquele era meu mundo, e todas as noites me contava histórias de uma existência racional, em que todos os meus devaneios de adolescência se tornariam realidade. Por fim, eu vivi anos a fio com essa doce ilusão de que seria simples, fácil e cristalino como água, eu iria alcançar meus objetivos afetivos e finalmente viver uma existência sentimental mais real e de acordo com meus sonhos de adolescência.

Mas nada disso aconteceu, e hoje quando há momentos de solidão sufocante, como no momento em que escrevo isso aqui, me vejo literalmente em um mato sem cachorro, como diz aquela popular expressão. Duas saídas possíveis:
 
- Uma delas seria trair a minha essência e passar a viver em desacordo com as minhas convicções, passando a viver uma identidade falsa e tentando me deslocar do passado. Porém, jamais vou fazer isso pois perderia respeito por mim mesmo em todos os sentidos;
 
- A outra, e a mais próxima da minha realidade, seria simplesmente jogar tudo para o alto e tentar dar o único fim possível ao meu caso, que seria conviver e se acostumar com a idéia de que não sou uma pessoa que elas desejam atualmente !!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Trabalhos de Pesquisa a Respeito do Necrochorume - Material

Vou deixar aqui o trabalho elaborado pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) em 2005, no Seminário de Gestão Ambiental organizado pela mesma Universidade. O Tema é a respeito dos Parâmetros Físico-Químicos de Caracterização do Lençol Freático por Necrochorume.

Assunto

terça-feira, 19 de abril de 2011

Filme "A Cidade dos Mortos" (2010/11) - de Sérgio Tréfaut

25.03.2011

No documentário "A Cidade dos Mortos", de Sérgio Tréfaut, uma mulher egípcia, de olhar triste e viúvo, diz que tem que se tirar sabedoria do sítio onde se vive, sobretudo quando esse sítio é num cemitério, no Cairo.


"A Cidade dos Mortos", que estreou no dia 14 em Portugal (sem previsão de estréia no Brasil), revela o quotidiano em vários cemitérios no Cairo, onde vivos e mortos partilham um mesmo espaço, crianças e adultos dormem em túmulos onde estão enterradas pessoas que não conhecem.

É como se fossem cidades dentro do Cairo, com estradas, ruas e becos, mercados, escolas, oficinas, com roupa estendida entre lápides, crianças a jogar à bola ao lado de jazigos.

Fonte

15.04.2011

Padarias, escolas, teatros de fantoches, vendedores ambulantes, disputas entre vizinhos, hábeis casamenteiras. O quotidiano de uma aldeia como tantas outras narrada pela voz de um coveiro. Estamos no Cairo, na Cidade dos Mortos, onde um milhão de pessoas partilham a cama e a mesa com túmulos. A história levou a melhor no Documenta Madrid 2010, está a caminho da lendária Biblioteca de Alexandria e acaba de chegar às salas portuguesas, depois da apresentação no Indie Lisboa. Nela, é a vida toda quem silencia este cemitério, sereno e intrigante.


Não nos mostra um único funeral neste cemitério cheio de vida.

A morte não é ver um cadáver a apodrecer; o problema está na relação que temos com aqueles que já não estão connosco. O que gosto mais, passado algum tempo, é a questão da espiritualidade, que não é óbvia. O que transmito no filme é um amor das pessoa pelas pessoas, um carinho pela vida, e não mais que isso. Acho maravilhoso que aqueles habitantes que têm um contacto diário com a morte e com aquilo que está na origem das fraudes acerca da perda da espiritualidade e da religião tenham uma visão tão serena do universo que causa a fraude. Lidam com a morte muito frente a frente com a vida.

Como foi recebido nesta cidade?

Há todo o lado do Estado que é muito complicado. É um filme clandestino, que nunca obteria permissão para ser filmado. Qualquer pessoa que ponha uma câmara na rua do Cairo precisa de autorização. Não houve suborno, de modo algum, mas tínhamos uma conversa amena quando nos abordavam. Essa proibição de rodagem tem consequências nas próprias pessoas. Filmei apenas as que me autorizaram, com quem dialoguei bastante tempo e compreenderam o meu propósito. Têm uma enorme consciência dos abusos que são feitos pelas televisões em fazer daquilo um antro de miséria.

Não a viu como tal?

Não é uma coisa terrível. No Cairo, logo ali ao lado, há o bairro dos habitantes do lixo. Depois tem outros bairros construídos sem condições, com prédios inacabados, onde morria imensa gente. A Cidade dos Mortos tem uma qualidade de vida muito superior. Acontece de tudo, é divertido e desmistificador por isso.

Como fez a ponte com essas pessoas? Aprendeu árabe?

Comecei por aprender árabe. Não chega, leva muito tempo. Cheguei ao Cairo pela primeira vez em Novembro de 2004 e fiz várias viagens até começar a filmar em Agosto de 2007. Tentei relacionar-me por vários caminhos. São vários cemitérios e redes enormes. Almocei e jantei em casa daquelas pessoas que entram no filme.

Chegou a dormir no cemitério?

Dormi uma noite numa casa. Convidaram-me, mas era complicado para elas. Uma jornalista italiana fez daquilo um caso extraordinário porque transformou um túmulo num bed&breakfast. Foi para Itália e quando voltou chegou à fronteira e não entrou mais. Dentro do período do Mubarack não se podia brincar com o fogo. Havia locais onde podíamos ficar e outros não. Depois disseram-me que era melhor ficar no hotel e assim fiz, mas comia e vivia todos os dias lá.

Gostou da experiência?

Totalmente. Sinceramente se tivesse que escolher um lugar para morar no Cairo era aqui, não tenho a menor dúvida. As pessoas são simpáticas, tem vida. Os meus amigos no Cairo estão lá.

Eles já viram o filme?

Vão vê-lo proximamente. Vou ao Cairo nos próximos meses fazer uma apresentação. O que acontece ao passar o filme no Egipto, e a Al Jazeera pede-mo há muito tempo, é que há uma parte que não quero passar na televisão porque fiz um compromisso com eles. Depois de verem talvez autorizem.

Qual é a cena?

A dos rapazes no carro. Não sei se os pais, as mães e as namoradas vão achar muita graça àquela conversa. É um pouco de mais. Tirando isso, já foi convidado para ser apresentado na grande biblioteca de Alexandria.

Pediu-lhes que fossem espontâneos?

Tudo é uma mistura de construir e espontâneo. Neste caso queria filmá-los no carro. Eles deram voltas ao cemitério e ia uma câmara atrás. Eu nem estava no carro. As conversas dele são o mais autêntico possível. Tal como a conversa da casamenteira, é o mais genuíno possível.

Como chega a esta história?

Já se fez muita reportagem mas eu não conhecia, tal como muita gente. Um amigo azucrinou-me para lá ir. Também achava tão esquisito que pedi para me explicar melhor. Peguei no avião e fui. Quando acordei no hotel na primeira manhã estava a 500 metros do cemitério. É muito intrigante, visualmente não se compreende que é um cemitério, é como uma aldeia. Ser intrigante é um desafio.

Saiu-lhe muito dinheiro do bolso?

Do bolso salvo seja, porque felizmente sou produtor também e consigo articular as coisas. Não ganhei dinheiro, e os documentaristas não ganham dinheiro, é muito árduo, mas sobrevive-se. O orçamento total deve rondar os 150 mil euros, feita com muitas equipas e várias viagens. A última vez estive lá três meses. Gerir 70 a 80 horas de material pede muitas horas de montagem.

Tem retratado muito os fenómenos da imigração. Aqui não deixa de filmar um certo espírito ambulante.

Talvez. Há o lado da história, um certo cinema antropológico. Muitos vão fazer filmes sabe-se lá onde, como Joris Ivens, um dos meus mestres. Há pessoas que são capazes de experimentar isso sem aprender a língua ou sem perder muito tempo, e fazem filmes muito bons, não estou a fazer crítica nenhuma. Mas eu não sou capaz. Preciso de mergulhar naquele universo e criar relações com as pessoas. Existiu essa cumplicidade que levou muito tempo e custou muito.

Teve problemas depois da conclusão?

Não. O Egipto é um país onde tudo pode ser e tudo não pode ser. Para mim é importante mostrar lá o filme porque gostava que possibilitasse uma quase reconciliação catártica. Ultrapassando o tabu de viver com os mortos, por decisão de Nasser, quando as cidades do Mar Vermelho foram bombardeadas, abrindo esse precedente, os milhares chegaram ao milhão. Os números variam entre os 700 mil e 1,7 milhões de habitantes.

Depois do Cairo, em breve apresenta uma ficção, que se chamava "Business" e entretanto mudou de nome.

A longa-metragem que vai ser apresentada a 8 de Maio no Indie Lisboa chama-se "Viagem a Portugal". É um frente-a-frente entre a Maria de Medeiros e a Isabel Ruth, um duelo de dois monstros. É muito linear, com a história de 24 horas num aeroporto, barragem de fronteira. É formalmente muito radical, a preto e branco, quase experimental. Mostra vontade de contar de forma diferente e participar numa discussão política, que não diz só respeito a Portugal.

É uma ficção que nunca perde de vista a âncora do documentário?

A ficção é inspirada numa história real, da minha professora de russo. Mais do que fronteiras entre ficção e documentário, permite-me pensar o nosso mundo, a realidade presente, e as coisas que nos estão vedadas. Em Portugal todo o aparelho de poder exerce uma proibição enorme sobre o conhecimento do seu funcionamento. Por um lado somos herdeiros de uma tradição do Bordallo Pinheiro que caricaturava o D. Carlos como nenhum outro país fazia, mas mostrar a verdade não deixam. Com paródia faz-se quase tudo, mostrando como as coisas são, o silêncio pesa. Quando filmei o "Lisboetas" nunca consegui filmar uma série de coisas.

No Cairo trabalhou clandestinamente. Arriscaria fazer algo parecido em Portugal para levar algo avante?

No Cairo não autorizam e faz-se. Aqui não se entra facilmente em muita coisa. Quando o "Lisboetas" saiu fui convocado pelo SEF para uma sessão de branqueamento. Os poucos minutos que se mostram no SEF levaram meses a conseguir autorização, e queriam que fôssemos filmar os ingleses, franceses. Não queríamos isso. Diziam que estávamos a perturbar os pobres coitados que lá estavam, proibiram-nos de filmar os funcionários. Depois já podia filmar onde quisesse. Então pedi-lhes para me autorizarem a filmar nos locais onde se fazem os interrogatórios nos aeroportos. Nunca recebi resposta.

Continua a achar que o documentário está reservado ao espaço da memória?

Há dificuldades a nível das autorizações e dos financiamentos. A televisão quer um arquivo morto, não quer retratar a realidade contemporânea, reflectir o nosso mundo. Há uns anos tive um projecto que apresentei ao Jorge Weimans. O filme seria 15 dias com Alberto João Jardim, que vende no mundo inteiro, como Berlusconi. "Ah, nem pensar nisso". O ICA e a Gulbenkian também incentivam a criatividade mas preocupam-se muito mais em fazer um arquivo morto. Uma vez queriam que fizesse uma série de filmes sobre artistas. Eu pago para que não façam. Os artistas têm galerias, eles que se desemerdem a fazer os seus filmes.

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"Drive-thru" fúnebre permite ver corpo do cadáver através de um vidro - Por UOL - 18.04.2011

Um necrotério na Califórnia (EUA) vai muito além da ideia do "descanse em paz". Os membros da família do falecido podem ter o parente morto colocado em exibição em um caixão aberto atrás de um vidro transparente, como se fosse um drive-thru de fast food.

Os proprietários do empreendimento disseram que isso significa que pessoas que morreram e são bem populares podem ser vistas por uma grande massa de gente, idosos não precisam deixar os carros e aqueles que têm medo de funeral nem precisam chegar perto do corpo.

A funerária existe desde 1974, e o "drive-thru da morte" tem vidro à prova de balas que pode ser visto da rua.

"É uma característica única que nos diferencia de outras funerárias", diz a dona, Peggy Scott Adams. "Você pode vir depois do trabalho, não precisa se preocupar com estacionamento, pode assinar o livro pelo lado de fora e a família sabe que você prestou condolências", explica.

Segundo Adams, o local tornou-se popular para funerais de membros de quadrilhas após tiroteios em cemitérios nos anos 80.

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Cemitério em Ponta Grossa (PR) vira abrigo de usuários de drogas - Por RPCTV/Globo

Passarei o link que falará por si só sobre o assunto : Fonte e Vídeo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Acesf revoga concessão de 103 túmulos abandonados em cemitério de Londrina - Por O Diário de Londrina - PR - 29.03.2011

A Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf), de Londrina, revogou nesta semana a concessão de 103 jazigos que estavam em estado de ruínas ou abandonados no Cemitério Padre Anchieta, na zona oeste de Londrina. Um levantamento realizado pelo órgão apontou que 240 túmulos encontravam-se destruídos, mas apenas 137 proprietários atenderam às exigencias de reforma. Os que não procuraram a Acesf ou fizeram as adequações perderam o direito de sua utilização.

"Nós demos várias oportunidades para que os proprietários entrassem em contato com a Acesf. Eles foram avisados por correspondência, fizemos três publicações no mês de fevereiro no Diário Oficial e só agora publicamos a revogação", comentou a a superintendente da Acesf, Luciana Viçoso de Oliveira.


Os motivos para o abandono, segundo ela, seria o fato de muito familiares dos mortos já não morarem mais em Londrina. "Há também aqueles que não gostam de cemitério e acabam largando as sepulturas", disse Luciana Oliveira.

A pesquisa sobre o estado dos túmulos começou em maio de 2010, mas só foi concluída este ano. "Nós tivemos um atraso por conta da reforma da sede administrativa da Acesf", comentou.

Os ossos que se encontram nos túmulos que tiveram a concessão revogada serão exumados e encaminhadas para o ossário do cemitério. A Acesf irá fazer as reformas necessárias dos jazigos e os disponibilizará para uso imediato. "O revestimento ficará a cargo da família que comprar", disse.

Luciana revelou que um novo levantamento começará a ser realizado nos Cemitérios Jardim da Saudade e São Pedro, este na área central, nos próximos dias e que os estudos devem ser concluídos até agosto deste ano. Apenas no Cemitério Jardim da Saudade foram identificados mais de 500 jazigos em estado de deterioração. "Mas vamos fazer uma pesquisa mais apurada e só no meio do ano começar a avisar os familiares da situação", comentou.

Conforme a superintendente, há vagas disponíveis em todos os cemitérios de Londrina. "Por enquanto não há superlotação. Um cemitério particular deverá ser entregue até o final de maio. Por enquanto dá para conter a demanda", afirmou.

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Escorpiões tomam conta de muros e túmulos de cemitério - Por EPTV - 06.04.2011

A internauta Joyce Casarini Grillo Fernandes, de Itajubá, enviou para o EPTV.com fotos que mostram que os escorpiões tomaram conta do cemitério do município. Eles invadem muros e túmulos. Uma das fotos mostra um balde cheio com dezenas dos aracnídeos.


O aparecimento de escorpiões em cemitérios, sob as lajes dos túmulos é bem comum. Esses animais gostam de locais úmidos e costumam a aparecer em maior quantidade com a chuva e o calor. Eles também podem aparecer em residências, por isso é aconselhado evitar o acúmulo de lixo, entulho e madeiras empilhadas.

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Cemitério: casa dos mortos ou ameaça aos vivos? – Alberto Rostand Lanverly - Por O Jornal Alagoas - 06.04.2011

O acidente e o homem convivem, de forma muito próxima, desde os primórdios da humanidade. Exemplos diversos comprovam que até em ambientes aparentemente inofensivos é possível contrair doenças que, posteriormente, se transformam em “companheiras desagradáveis” para quem teima em não neutralizar a situação crítica no nascedouro.


Os tempos modernos têm desnudado à sociedade situações desconhecidas décadas atrás. São doenças com nomes estranhos que, após fazerem milhares de vítimas em todo o planeta, vão, aos poucos, sendo conhecidas em sua estrutura mais profunda e, posteriormente, neutralizadas devido à descoberta de vacinas. É a habilidade dos cientistas, em sua busca incansável para “monitorar” o desconhecido.

Dias atrás, lendo a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, encantei-me com o conteúdo do artigo publicado pelo ilustre médico de nossa terra, dr. Pedro Bernardo de Carvalho Filho, intitulado “Projeto Cemitério Nossa Senhora da Piedade”. No documento, disponível a todos da casa, que se caracteriza por ser um dos mais importantes guardiões da cultura de nosso Estado, o renomado profissional deixa claro que, nos dias de hoje (como nos de antigamente), até para morrer a prevenção deve ser cultuada.

É de conhecimento geral ser o corpo humano, composto por cerca de 2/3 de água, que, após a morte e sepultamento de alguém, penetra na terra. Impressionante, no mencionado documento, é o esclarecimento: “a maioria das casas, em volta dos cemitérios, apresentam uma barra de umidade de aproximadamente 20 cm, que não ocorre devido à proximidade do mar, mas dos fluidos oriundos da decomposição dos cadáveres ali enterrados. A ‘parte molhada’ nas paredes é ocasionada pela ‘putrescina’, uma molécula orgânica que se forma na carne podre, possuidora de odor característico”.

Mais adiante, o ilustre discípulo de Hipócrates afirma: “este liquido, que escorre dos corpos mortos, viscoso, escuro, torna-se um sério meio de contaminação, tanto do solo quanto do lençol freático, e, por seu alto grau de patogenicidade, se apresenta como forte agente disseminador de doenças infectocontagiosas, normalmente atribuídas às fezes de animais”.

Claro que a população do entorno dos cemitérios está exposta a variedade imensa de riscos, uma vez que, diz ainda o médico pesquisador, “é na terra onde são enterradas todas as enfermidades, medicamentos e impurezas que porventura estejam encerradas nos corpos, outrora doentes ou não, e ali depositados”.

Impressionante! Os acidentes estão até nas paredes das nossas casas, oriundos, justo, dos cemitérios, onde tudo é morte, homens e mulheres deitados eternamente. Fundamental se torna que, precavidos, possamos nos proteger das surpresas que o cotidiano nos prepara.

Sobre o autor

Alberto Rostand Lanverly
Professor

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Cemitério de Paquetá é interditado por causa de irregularidades - Por Extra - 01.04.2011

O Cemitério de Paquetá - um dos 13 que pertencem à Santa Casa de Misericórdia - foi interditado na manhã desta sexta-feira (dia 01.04) pela Coordenadoria de Controle de Cemitérios e Serviços Públicos, órgão da Prefeitura do Rio. Sepultamentos e exumações estão suspensos até segunda ordem. Visitas podem acontecer normalmente.


Segundo o coordenador de Controle de Cemitérios, Luiz Gustavo Pereira, em fevereiro deste ano o Cemitério de Paquetá foi alvo de uma vistoria que constatou 25 irregularidades - a mais grave delas, sepulturas abertas. Foi dado um prazo de 30 dias para que a administração providenciasse os reparos. Mas, ao voltarem nesta manhã, os fiscais encontraram, além das 25, mais quatro irregularidades.

- Quarenta dias depois da vistoria, nada foi feito. Há muito mato e proliferação de mosquitos, o que é preocupante nesta época do ano, por causa da dengue - disse Luiz Gustavo.

De acordo com ele, o cemitério - que é tombado - foi multado em R$ 13 mil. Caso o local venha a se adequar às normas, poderá voltar a funcionar. Por enquanto, quem falecer em Paquetá terá que ser enterrado em cemitérios do Rio.

Quem tiver dúvidas ou quiser fazer denúncias a respeito de cemitérios, pode entrar em contato com a Coordenadoria pelo telefone 2589-0808 ou pelo e-mail odcf@pcerj.rj.gov.br.

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