terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Último Post de 2010 - Recomendação Literária

Neste último post do ano que se encerra, deixarei o link sobre o livro "Cemitérios do Rio Grande do Sul - Arte, Sociedade, Ideologia" que se encontra em 2º Edição lançada em 2008 (a 1º Edição é de 2000) e que retrata como os cemitérios são vistos pela Sociedade Gaúcha. O assunto é bem interessante e vale a pena pois não se limita somente a um lugar específico e sim todo um aspecto geral que influencia na preservação da memória dos entes naquele Estado.

Quem tiver interesse deixarei a fonte : Livro


E que o ano que vem seja repleto de conquistas e realizações para todos nós...E que venha 2011 !!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cemitérios Contemporâneos - Por Vitruvius (Maio de 2005)

Sei que a matéria é antiga, mas é válida sobre conceitos de arquitetura sobre cemitérios atuais. Quem tiver interesse sobre o assunto, deixarei o link à disposição.

Fonte

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Material de Interesse

Deixarei um link a respeito de uma Pesquisa Acadêmica sobre o Cemitério dos Ingleses de Santos, publicado pela "Pesquisa em Debate" em 2009.  Apenas para elucidar, o Cemitério dos Ingleses (ou dos Protestantes ou dos Extrangeiros (Nota: Grafia na época)) funcionou por quase um século ao lado do Cemitério do Paquetá e devido a ampliação da área portuária, os restos mortais da antiga necrópole foram transferidos em um único jazigo no próprio Paquetá.

Quem quiser saber mais sobre o assunto, o link está a disposição.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De novo !!!!!

Domingo, 12 de dezembro de 2010 - 23h40

Furto de ossos



Jazigos são arrombados no Cemitério Areia Branca

Da Redação

Desconhecidos violaram o jazigo da Família Varandas, no Cemitério Areia Branca, e remexeram nos despojos de Horácio Júlio Varandas, sepultado há cerca de 1 ano, e de Gracinda Júlia Varanda Chaves, enterrada há 3 anos. O crime deve ter ocorrido na madrugada deste domingo. O arrombamento da sepultura foi relatado à família pela administração do cemitério.


As peças de mármore fronteiriças ao jazigo foram arrancadas, deixando expostos os caixões. Mas segundo o secretário de Serviços Públicos, Carlos Alberto Tavares Russo, não houve qualquer subtração dos despojos.

A campa junto ao jazigo da Família Varandas também estava violada. Da parte superior foram arrancados os revestimentos de ladrilhos.

Como não houve a subtração de metais como o bronze dos letreiros da campa, há suspeita de que autores da violação estariam interessados no furto de ossos e crânio para a venda a estudantes de Medicina e Odontologia.

Fonte

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

No Jornal Estado de São Paulo no começo do mês...

PF acha em cemitério ossadas dos anos 80 e 90


Segundo procuradora que integra força-tarefa encarregada de procurar corpos de presos políticos, restos podem fazer parte de vala comum

01 de dezembro de 2010
0h 00
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo


Restos mortais foram encontrados ontem em ossário oculto sob um canteiro do cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo. Até a profundidade que os peritos da Polícia Federal conseguiram chegar havia 16 sacos azuis de plástico contendo ossadas que foram retiradas e levadas para exames de identificação no Instituto Médico Legal (IML).

"Alguns sacos têm identificação do serviço funerário e datam das décadas de 80 e 90", disse a procuradora da República Eugênia Fávero, que integra força-tarefa do Ministério Público Federal para buscas de corpos de militantes políticos que teriam sido mortos pela repressão militar e atirados em vala clandestina no maior cemitério da América Latina. "Ainda não é o que estamos procurando, mas são ossos que não poderiam estar sob um aterro."

Para a procuradora, o que foi localizado "pode representar um grande descaso com os despojos de indigentes cujas famílias não tinham dinheiro para colocar seus mortos em ossário comum, porém com identificação e registro em livro".

"Temos informações de que em uma vala comum podem ter sido depositados restos mortais desde 75, mas esse tipo de procedimento com ossadas de indigentes pode dificultar o nosso levantamento", declarou a procuradora. "Os ossos hoje (ontem) encontrados podem não ter ligação com atos da repressão."

Procura. A pesquisa no Vila Formosa teve início dia 8 de novembro, com mobilização de representantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos - ligada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República -, peritos do Instituto Nacional de Criminalística da PF e legistas do IML.

Procuradores federais suspeitam que pelo menos dez desaparecidos políticos teriam sido sepultados ali no período mais implacável dos anos de chumbo. Em algum lugar do cemitério pode estar o corpo de Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, líder sindical dos químicos, que liderou o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969.

Eugênia e o procurador regional Marlon Alberto Weichert são autores de uma ação civil pública que pede responsabilização de quem autorizou esconder cadáveres de opositores da ditadura. Os peritos vão vasculhar Vila Formosa até sexta-feira.

As ossadas ontem recolhidas serão submetidas a análise antropológica - fotos, dados médicos e dentários de desaparecidos serão cruzados com as características das ossadas. Essa primeira fase da investigação será realizada em conjunto pelo IML e os peritos da PF. Depois, será coletado o material genético, para confrontação com dados dos familiares das vítimas que compõem banco de DNA.

Fonte

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Folheto Oficial do Cemitério La Recoleta - Buenos Aires - Argentina - Traduzido

Resenha Histórica

O Cemitério da Recoleta foi inaugurado em 17 de novembro de 1822, sendo o primeiro cemitério público da Cidade de Buenos Aires e posteriormente em Monumento Histórico-Artístico mais relevante da Argentina. Os responsáveis pela sua criação foram o então Governador da Província de Buenos Aires, Martín Rodríguez e seu Ministro de Governo, Bernardino Rivadavia. Seus primeiros enterros foram um menino, Juan Benito, e a jovem María Dolores Maciel.

O local, que tem 4.800 túmulos distribuídos em 54.843 metros quadrados, possui uma fachada de origem grega concluída durante uma das suas grandes reformas, em 1881, por então Prefeito de Buenos Aires, Torcuato de Alvear.

A partir de então foram se sucedendo as modificações em uma necrópole que continua em atividade e que com o passar do tempo foi enriquecida arquitetonicamente até se converter em uma expressão monumental da Arquitetura Tumular do Mundo inteiro.

Na Recoleta descansam os protagonistas mais relevantes da História Argentina: políticos, militares, estadistas, exploradores, sacerdotes, caudilhos, escritores, poetas e artistas jazem em silêncio testemunho, tributado atualmente pela presença de milhares de visitantes, argentinos e estrangeiros, que desfrutam de uma criação humana verdadeiramente magnífica.

Avisos

- A Entrada é gratuita;
- Aberto diariamente das 7 às 18 horas;
- O acesso ao público finaliza 15 minutos antes do horário de encerramento;
- O Administração está aberto de segunda a sexta das 8 às 16 horas;
- Vocês está ingressando em um cemitério. Por respeito aos mortos, seus parentes e demais visitantes, procurar fazer silêncio e adotar uma atitude decente;
- Está estritamente proibido levar e consumir bebidas álcoolicas no cemitério;
- Agredecemos que respeite o recinto jogando lixo nas suas respectivas lixeiras que estão a sua disposição;
- As crianças devem ir acompanhadas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Em Joaçaba/SC - Por Diário Catarinense

Geral

25/11/2010
19h44min

Cemitérios de Joaçaba, no Meio-Oeste, são interditados pelo Ministério Público

Funcionamento destes locais estaria prejudicando o meio ambiente
 
O Ministério Público (MP) de Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, suspendeu o funcionamento de cemitérios no interior do município, por estarem prejudicando o meio ambiente.

Há um ano, uma ação civil pública havia exigido que os cemitério se adequassem às normas ambientais. O juiz da primeira vara concedeu uma liminar dando uma prazo para que os locais fizessem isso. O município solicitou ainda, uma prorrogação de 90 dias, prazo que venceu em novembro.

Em 10 dias, as comunidades que tiveram os serviços suspensos deverão apresentar um documento com propostas de melhorias. Segundo o Ministério Público, aquelas que atenderem melhor às reivindicações serão aceitas e o serviço será restabelecido.

Ainda de acordo com o MP, somente o cemitério do Centro continua funcionando e deverá atender as demandas da cidade neste período de readequação dos demais cemitérios.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Idéia de Implementação de Cemitério para Animais Domésticos - Por Sebrae/SC

Ficha Técnica

Setor da Economia: Terciário
Ramo de Atividade: Prestação de Serviços
Produtos ofertados: Sepultamento de animais.
Área: 20.000 m2


Apresentação de Negócios

Antes restrito a cidades grandes e capitais dos principais estados brasileiros, os cemitérios de animais se alastram na medida do interesse da população. Quem nunca teve um animal de estimação? E quem não se comoveu até as lagrimas com a perda desse bichinho?

Pois é, impossível não se derreter com um cachorro balançando o rabo de genuína alegria a nossa simples aparição. Impossível não se sentir enternecido com os afagos de um gato enrolando-se em nossas pernas. Impossível não sorrir ao ouvir o canto do pássaro logo pela manhã. É contando com todo esse envolvimento e com os sentimentos de amor, amizade e dedicação que é cada vez mais crescente o número de cemitérios de animais implantados no país. Quem, ao deparar-se com a cena do animal de estimação sem vida, não se viu sem opção de um lugar adequado para guardar aquele que foi um grande companheiro ?

A idéia de um cemitério de animais vem justamente para preencher essa lacuna.

DEMANDA: Além do componente emocional, a falta de espaço adequado nos grandes centros urbanos levou o ser humano a buscar, e encontrar, soluções na hora da morte do animal de estimação. Antigamente, quando um cachorro da família morria, era enterrado no quintal da casa. Ficava por ali, lembrado nos primeiros meses e depois logo esquecido, substituído por outro cãozinho. Depois, quando os quintais diminuíram ou as residências se verticalizaram (os apartamentos), os animais de estimação passaram a ser enterrados em terrenos baldios e finalmente eram levados por entidades e clínicas especializadas no cuidado aos animais para aterros sanitários.

QUANDO COMEÇOU: Os cemitérios de animais no país são relativamente recentes, começaram a surgir no final da década de 80, se popularizando a partir de 1995. No início a população chocada achava o cúmulo do absurdo destinar tal espaço para os animais. Com o tempo o negócio foi se confirmando como ótima opção de investimento e a indústria de prestação de serviços foi se especializando e oferecendo itens que podem tornar o enterro do animal de estimação em luxuosas cerimônias de adeus.

MERCADO: Nos cemitérios de animais, a média de enterros, que no início do empreendimento fica na casa de 10 ao mês (em cidades com mais de 200 mil habitantes), sobe para 50 logo nos primeiros 6 meses e esse número tende a triplicar depois de dois anos de atuação. É portanto um investimento a médio prazo.

ÁREA: Para montar um cemitério de animais, basicamente o que você vai precisar é de um terreno grande, de preferência bem arborizado e cercado, nas proximidades de sua cidade ¿ isto barateia o custo do terreno e possibilita a procura de um lugar mais calmo, já que é isto que os donos dos animais buscarão quando forem visitar os túmulos. Como para cemitérios convencionais, os cemitérios de animais devem observar alguns quesitos, como qualidade do solo, topografia do relevo, posição sócio-geográfica e principalmente a proximidade com os aqüíferos subterrâneos. Um terreno com aproximadamente 20 mil m2 pode abrigar tranqüilamente um cemitério para pequenos animais. É interessante que o cemitério conte com sistema de drenagem e também tratamento de águas pluviais.

DISPOSIÇÃO FÍSICA: Você deve dividir em lotes o terreno e desenhar ruas, travessas, alamedas para facilitar a localização dos túmulos. Outra sugestão é a reserva de um espaço para velórios. Esse não é ritual de praxe no caso de animais, mas alguns donos gostam de passar alguns momentos antes do enterro na companhia dos seus animais. Por isso, a sala de velório de um cemitério de animais deve ser pequena, suficiente para o caixão do animal e mais três pessoas. Além disso, mantenha um bom estacionamento. Conforme o tamanho do empreendimento, uma lanchonete também é requerida.

SERVIÇOS ADICIONAIS: Alguns cemitérios de animais do país têm se espelhado em instituições internacionais e alguns já oferecem a seus clientes capelas, crematórios e cinerários. Os investimentos em paisagismo também são constantes neste tipo de empreendimento. A parte em alvenaria, que compreende, geralmente, administração e recepção, também tem recebido atenção especial dos investidores. Os interiores são claros, arejados e bem decorados. Alguns até com cascatas e jardins de inverno. E, claro, a lembrança dos animais está por toda parte. Também é comum que os cemitérios de animais incorporem serviços como o de socorro a animais abandonados e até clínicas veterinárias. Além dos sepultamentos, os empreendimentos, geralmente, mantém veículos específicos para buscar o corpo do animal na residência do solicitante e são responsáveis pelas providencias necessárias (higiene do animal e do local onde ele ficava, etc). Uma floricultura deve ser montada para o fornecimento de flores aos visitantes. Um bom estacionamento e conforme o tamanho do empreendimento, uma lanchonete também podem ser boas alternativas de lucro.

PESSOAL: Como funcionários do cemitério, tenha pelo menos duas pessoas no setor administrativo, alguns coveiros e jardineiros.

EQUIPAMENTOS: É interessante ter um veículo pequeno, como uma Fiat Fiorino, para transportar os corpos dos animais.

PÚBLICO: Normalmente, quem procura os serviços oferecidos pelos cemitérios de animais são os proprietários de cães, gatos, pássaros e coelhos.

PRODUTOS: O seu público demandará alguns produtos específicos exigidos nesses momentos, como por exemplo caixões especiais, já que caixões para animais são raros de se encontrar. O ideal é que seja contratado um bom marceneiro para fabricá-los para você. Outra opção (mais cara) seria a de encomendar estes caixões a empresas que já comercializam caixões para humanos.

RECURSOS: A arrecadação de dinheiro para o funcionamento do cemitério (e seus lucros) é feita na venda de espaço (túmulos), caixões e do fundo de manutenção. Serviços especiais como os de jardinagem podem ser cobrados dos clientes que quiserem um tratamento mais especial a seus animais.

ENTERRO E VISITAS: Em geral os animais de estimação são enterrados em covas individuais, envoltos em lençóis, pois o plástico não se decompõe com facilidade e atrapalha a decomposição natural dos animais. Algumas indústrias de urnas já têm produtos específicos para cães e gatos. São urnas em diversos tamanhos, feitas de madeira e com acabamento bem simples, o que torna o preço bastante acessível. As cerimônias fúnebres são breves, mas semelhantes às de um enterro convencional. "Tem gente que até reza, como se estivesse velando pela alma do animal" , contam os proprietários de empreendimentos do gênero. Os túmulos são em geral marcados por uma lápide de mármore, como nos cemitérios jardins e cercados por flores cultivadas e oferecidas periodicamente pelos proprietários fiéis, que não deixam de visitar seus animaizinhos nos cemitérios. "A freqüência de visitas logo após o enterro dos animais é grande. Os proprietários, principalmente crianças e pessoas mais idosas ou solitárias, aparecem pelo menos uma vez por semana para trazer flores e cuidar dos túmulos. Com o tempo as visitas vão se tornando mais espaçadas, talvez porque a lacuna seja preenchida por outro animal de estimação", arrisca Sr. Clóvis, proprietário do Cemitério de Animais "São Francisco de Assis", em Botucatu.

PROPAGANDA: A melhor fonte de propaganda são revistas especializadas em animais.

PREÇOS: Um enterro de animal doméstico pode custar de R$ 30,00 a R$ 800,00, dependendo do cemitério e do tipo de animal. Em geral o tamanho do bichinho é que indica o custo de seu sepultamento, mas também é levado em consideração à parte do cemitério onde o cliente deseja enterrar seu animal. Há empreendimentos com terrenos divididos em nobres e populares, diferenciados pela apresentação dos "jazigos".

DATA ESPECIAL: Padroeiro - São Francisco de Assis é considerado o santo padroeiro dos animais, para a igreja Católica. É por isso que ele batiza a maioria dos cemitérios de animais espalhados pelo país. O dia dedicado aos animais é 8 de outubro - Dia Internacional da Proteção dos animais - e a data vem sendo comemorada em várias partes do mundo como uma espécie de finados do mundo animal.

EXPERIÊNCIAS.

CEMITÉRIO PARQUE DE ANIMAIS PARAÍSO DO AMIGO -  A Paraíso do Amigo é uma prestação de serviços que funciona 24 horas - inédita no Brasil. Lá, a retirada do corpo de seu animal de estimação pode ser acionada por telefone. Os sepultamentos são realizados durante o dia, após hora marcada com o proprietário do animal. As visitas estão abertas de Segunda à Domingo e nos feriados das 9 às 17 horas. O Cemitério Parque dos Animais oferece várias opções de sepultamento, todas com alternativa de parcelamento da dívida:

- Comunitário: - para cães, gatos, etc. É a opção mais econômica;

- Individual: - só para cães; só para gatos; só para aves. Neste caso, com contrato de aluguel válido por 3 anos, podendo ser renovado. Caso não haja renovação, automaticamente os ossos irão para o ossário.

- Reserva: Fazem reserva com antecedência.

Fonte

sábado, 13 de novembro de 2010

Mais Exemplos de Descasos nos Cemitérios Brasil Afora

Nota: Quero deixar bem claro que sou contra qualquer tipo de veiculação com intuito denuncista. Apenas quero passar fatos que infelizmente acontecem para que as administrações dos cemitérios e as famílias que possuam jazigos em necrópoles se conscientizem que cemitério não é depósito !!! E somente deixo um alerta para que entendam uma coisa: os cemitérios, acima de tudo, precisam ser cuidados !!! Bem, vamos lá...
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Descaso deixa ossadas e caixões expostos em cemitérios de Maceió


11:01 - 02/11/2010
 
Apesar dos preparativos e reformas para o Dia de Finados, a reportagem da TV Pajuçara (nota: fonte da notícia) flagrou cenas de descaso nos cemitérios públicos de Maceió. Ossadas e caixões de criança expostos, além de túmulos abertos e muita sujeira, tudo isso na véspera da data em que os cemitérios recebem milhares de visitantes.


Muitos túmulos estão depredados e os corredores apresentavam várias folhas caídas das árvores, o que dá um aspecto de sujeira e descaso. Para a dona de casa Loudes Maria da Conceição, a cena é lamentável, já que ela diz pagar R$ 100 por mês para manter um túmulo no cemitério público.

"Ainda estou comprando um outro túmulo por R$ 2,5 mil para minha família e acho que deveria haver um tratamento por parte do poder público, já que não é de graça que se enterra um familiar aqui", frisou.

Novo cemitério

O responsável pelo órgão da Superintendência de Controle do Convício Urbano responsável pelos cemitérios públicos de Maceió, Victor Franckin, negou haver descaso com os cemitérios da capital. "Há limpeza semanal, mas essa época do ano as flores caem com em grande quantidade", ressaltou.

Quanto aos túmulos depredados e as ossadas e caixões expostos, Victor Franklin disse que familiares iniciam reformas nas sepulturas e as abandonam, dando uma visão de depredação que não é responsabilidade da prefeitura. Ele alegou ainda que as chuvas que castigaram Maceió na última semana deixaram algumas ossadas expostas, mas que o problema já está sendo contornado.

Victor Franklin confirmou que já existe um processo para a aquisição de uma área no conjunto Eustáquio Gomes, no bairro Cidade Universitária, onde será construído um novo cemitério público na capital. "A demanda já existe e estamos providenciando, somente não podemos ainda definir data", concluiu.

Fonte
 
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03/11/2010 às 08:54


Sujeira do cemitério São João Batista incomoda uberabenses

Apesar de a Prefeitura de Uberaba ter afirmado que fez limpeza nos cemitérios de Uberaba, com pinturas no interior e exterior, incluindo meio-fio e serviço de capina, além de “um serviço de arrastão para limpeza dentro das quadras, devido ao grande número de construções nesta época”, não foi o que o uberabense pode verificar, pelo menos no cemitério São João Batista.


Era grande a reclamação das pessoas com relação à sujeira do cemitério, ao verem sujeira, restos de flores velhas em túmulos, chão com barro, a ponto de estar até com lodo, e até covas abertas expondo ossadas humanas e restos de caixões.

Para as pessoas, a péssima conservação do cemitério revela total descaso do poder público. Alguns até destacam que muitas sepulturas estão sendo reformadas, mas os túmulos continuam totalmente desprezados. Lembram que muitas pessoas têm limpado seus jazigos, porém jogam lixo na sepultura de outros.

“Se o prefeito, secretários municipais e vereadores fossem cidadãos que tivessem laços afetivos e compromissos com a nossa cidade, esse cemitério não estaria tão abandonado, sujo, com sepulturas violadas. Nunca vi tanta falta de respeito com nossa sociedade, e com nossos entes queridos que repousam aqui. O cemitério está uma vergonha e ainda falam que estão limpando o local”, desabafa Márcio Correa.

“Não é possível, tem vezes que chegamos aqui e está desleixado, mas estamos no Finados, época em que grande parte da população visita seus mortos. Era para o cemitério estar melhor cuidado. Onde está o prefeito, será que só se preocupa em fazer política partidária, ao invés de tomar conta da cidade. Afinal, não foi para isso que foi eleito”, questiona Oswaldo de Jesus, indignado, já que a sepultura de seus pais estava cheia de restos de coroas de flores e vasos velhos. Ele garante que o entulho não era dele. Também questiona o resto de massa de cimento espalhado por toda parte. “É preciso ter mais critério. Todo Finados venho aqui, no dia das Mães e dia dos Pais. Normalmente, no Finados, o cemitério está limpo, mas desta vez está pior que no Dia das Mães. Isso não pode acontecer. É muita falta de respeito. A administração do cemitério tem de ser responsável. Falar que quem deve de cuidar das sepulturas é a família, tudo bem. Mas também não devem permitir que as pessoas joguem entulho sobre outros túmulos. Isso tem de ser melhor controlado. É preciso providências. Se as coisas estão assim no Finados, imagine em época normal”, diz Francisco Severino da Costa, apontando para um amontoado de flores secas e folhas podres caídas de árvore.

Maria das Graças Salvador

Fonte
 
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Publicado em: 18/10/2010 09:56:36


CEMITÉRIO DE ESTÂNCIA MANIPULA CADÁVERES

Onde está o homem, está à maldade e, infelizmente, isso é sabido por todos nós! Mas, o que está ocorrendo em Estância, é algo que ultrapassa qualquer limite de entendimento. Algo desumano, corrupto, macabro! Algo que extrapola qualquer tipo de maldade! Há um adágio popular que diz: “Deixe os vivos enterrarem seus mortos“, todavia, em Estância, dá-se o contrário: os responsáveis pelo cemitério, cujo nome leva Piedade (?), imbuidos pela falta da mesma e espírito de irresponsabilidade e ambição, há muito estão violando os túmulos e remanejando seus cadáveres sabe-se lá para onde, a fim de desocupar espaços para os novos corpos que lá são enterrados. Ganhando assim, dinheiro de quem tem suas sepulturas próprias e que paga a taxa anual de manutenção e, da família do novo sepultado, isto é, estão tirando os ossos das sepulturas alheias e enterrando os novos defuntos. No caso, são cometidos vários crimes: abuso de confiança, invasão de propriedade, corrupção, e, na minha concepção, o maior de todos eles que é: DESRESPEITO AOS MORTOS!!!


Já ouvi falar em “ossos jogados nas calçadas“ num ato de descaso, mas, a coisa é mais complicada do que se pensa... Em 2005, por ocasião do falecimento do meu tio, João Pitangueira, minha família descobriu que, os ossos da minha avó Rosa e sua irmã, Vicentina Pitangueira, não estavam mais dentro da carneira, onde estavam enterradas e, ao reclamar, foi-lhe dito que: “um cachorro comeu os ossos“– só vim a saber deste absurdo, em maio de 2009 quando estive no Brasil – e, como não quiseram levar o caso à frente, por uma razão por mim inaceitável, deixaram as coisas da forma que estavam e, minha irmã, pagou um valor bem alto, na época, para que o pedreiro (coveiro) colocasse a pedra outra vez no devido lugar, já que o caixão do meu tio, ali não coube e pelo fato deles mesmo terem retirado a pedra, para recolher os ossos, sem nossa autorização, foi então que o pedreiro, nos disse: “ali não se pode mexer, pois tem uma nova pessoa enterrada“ (eu estava presente). Então ficamos atônitos, sem saber o que fazer. Voltei para Alemanha, onde resido, mas, sempre querendo informação sobre este caso. Minha irmã, por sua vez, esteve, várias vezes, no escritório do responsável pelo cemitério, sr. Jorge „contador“ e, não o encontrava. Dias atrás, finalmente, o encontrou e, quando reclamou da situação, ele simplesmente respondeu que: “não estava lá, quando enterraram o morto na sepultura que pertence a nossa família“ e deu por encerrado o caso. Que resposta pouco convincente, sr. Jorge, é como se o senhor não possuisse um mapa de controle e livro de registro das sepulturas! Seria melhor contar-nos outra história, porque essa não cola. Ou será que o coveiro enterra os corpos assim, aleatoriamente, como se o cemitério fosse a casa da mãe Joana?

Vale ressaltar que, quando minha irmã chegou ao escritório de Jorge (contador), havia lá mais duas pessoas com a mesma reclamação. Uma delas relatou que: “ao querer enterrar um parente numa sepultura de sua propriedade, o coveiro cavou um buraco muito raso e, quando a mesma exigiu que cavasse mais, foi-lhe dito que: ali não poderia ser cavado mais fundo, pois em baixo havia outro defunto“. Temos, também, conhecimento de pessoa que, teve sua sepultura servindo de “ossaria“...

Pois é, nós da família Pitangueira, apelamos para o responsável do Cemitério da Piedade, em Estância, dá-nos conta dos ossos da nossa tia e avó, como também, dos ossos dos familiares de várias pessoas que estão sendo prejudicadas e lesadas, aí na cidade. Queremos que seja retirado da sepultura dos Pitangueiras um corpo enterrado ali, cremos que por negligência ou quem sabe, „trazido pelo mesmo cachorro que antes havia comido os restos mortais dos nossos familiares“!?!, queremos também, indenização por invasão de território, por ato tão vil, pois, nós estancianos, não podemos pagar pelo fato do cemitério não ter mais para onde crescer, não acompanhando o crescimento populacional da cidade! Que construam, então, em outro lugar, mas, não queiram amenizar o problema de vocês, manipulando cadáveres e alugando o que não lhes é de direito; chegando ao cúmulo do descaramento de dizer que “o cachorro comeu os ossos“ da minha avó e sua irmã, Vicentina Pitangueira.

Povo de Estância, vamos lutar unidos, vamos cobrar o que nos é de direito, se necessário, façamos um abaixo assinado para acabar com esta pouca vergonha e, vamos assim, proteger nossos mortos e deixá-los “dormir o sono dos justos“, longe das mãos do terror que, inquieta os corações dos maus que, em nome do dinheiro não hesitam em prejudicar e desrespeitar até mesmo os que já não podem se defender: os mortos! Lembrando que a ganância é um mal sem limites e inútil, pois, “a última camisa que nós usamos, não tem bolso...“, lembrando ainda que, se os ossos não fossem importantes, a Bíblia não faria referência aos mesmos e não necessitaríamos de sepulturas, cavaríamos um buraco qualquer e jogaríamos, ali,os nossos mortos.

Já viajei por muitos países e, leio muito sobre o mundo, porém, em tempo algum tomei conhecido de fato semelhante ao que vem ocorrendo em Estância. Vez por outra, sabe-se de roubo de cadáveres, por pessoas fanáticas, para rituais de missa negra e vodu, mas, manipulação por fins lucrativos ou falta de espaço, este é um caso inédito, no mundo, assim me parece!

Autoridades competentes de Estância, providências, já!!!

Münster (Alemanha), 05 de outubro de 2010.

Anamaria Pitangueira

608/DRT/SE

Fonte

domingo, 7 de novembro de 2010

Aproveitando o Gancho : Código Penal Brasileiro/Parte Especial/Título V/Capítulo II

Segundo o Código Penal Brasileiro (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 1942.
Sua parte geral foi posteriamente alterada pela Lei n° 7.209, de 11 de julho de 1984.) sobre o assunto referente aos mortos.

Código Penal Brasileiro/Parte Especial/Título V/Capítulo II

5.2. Dos crimes contra o respeito aos mortos:

5.2.1. Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária.

          Art. 209. Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:
                         Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
          Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.
Cabem: Transação e suspensão condicional do processo (L.9099/95).

A ação alternativamente prevista é a de impedir (paralisar, impossibilitar) ou perturbar (embaraçar, atrapalhar, estorvar) enterro que é o transporte do falecido em cortejo fúnebre ou mesmo desacompanhado, até o local do sepultamento ou cremação com a realização destes. Para a maioria “a expressão enterro deve ser entendida em sentido amplo, abrangendo o velório, que integra e pode ou não ser realizado no mesmo lugar do sepultamento ou cremação; seria aliás, um contra-senso que a lei tutelasse apenas o transporte, o sepultamento e a cremação, e não o velório. Cerimônia funerária é o ato religioso ou civil, realizado em homenagem ao morto.”(Delmanto)
O dolo neste caso é a vontade livre e consciente de impedir ou perturbar. Já na corrente tradicional (Hungria e Noronha) o dolo seria específico, ou seja, o fim de violar o sentimento de respeito devido ao morto. Consuma-se com o efetivo impedimento ou perturbação.
É interessante observar que o objeto jurídico deste capítulo é o sentimento de respeito aos mortos. “Não é diretamente o respeito aos mortos, ou à paz dos mesmos, uma vez que não são titulares de direito. Nem a saúde pública, protegida em outro capítulo. Pone & Palamara observam que ‘a doutrina mais moderna (Fiandaca-Musco) propõe uma despenalização das condutas em referência, uma vez que um mero sentimento não se presta para assumir a posição de bem jurídico’ (Manuale Di Dirito Penale, Parte especiale, p.165).” Führer.
A figura qualificada está prevista no parágrafo único e concretiza-se com o emprego da violência física contra pessoa.
Se há retardamento na entrega aos familiares ou interessados, de cadáver objeto de remoção de órgãos para transplante, é caso do artigo 19, segunda parte, da Lei 9.434/97.

Ação penal pública incondicionada.

“Basta o dolo eventual, a consciência de que perturba, com sua conduta, a cerimônia funerária” (TACrSP, RT 410/313).

5.2.2.Violação de sepultura
          Art.210. Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:
                         Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
                         Sujeitos: ativo, qualquer pessoa; passivo, a coletividade (vago).
                        Duas condutas alternativamente indicadas: violar, significando abrir, devassar ou profanar, ultrajar, macular.
                         Objeto material: sepultura (lugar onde está enterrado) e a urna funerária que efetivamente guarda as cinzas ou ossos do falecido.

Excludentes de ilicitude podem ser configuradas através do estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito.
Consuma-se com a violação ou profanação efetiva.
Admite-se a tentativa.
O furto de objetos da sepultura como placas, bronzes, cruzes, sem violação ou profanação tipifica só o crime do artigo 155-(furto).
Se o cadáver também é destruído ou vilipendiado, art. 211 ou 212-CP.
Exumação de cadáver, com infração das disposições legais art.67-LCP
                         Ação Penal: Pública incondicionada.
“Falta tipicidade, por ausência de dolo, na conduta de sócio-gerente de cemitério que, diante da inadimplência de parcelas referentes à manutenção e conservação de sepultura, exuma restos mortais, conforme permite o contrato” (TAMA, RT 790/656).
“Profanação: Configura qualquer ato de vandalismo sobre a sepultura, ou de alteração chocante, de aviltamento ou de grosseira irreverência” (TJSP, RT 476/340)
“Furto em sepultura: Há dois posicionamentos: a) A retirada de dentes do cadáver configura o crime de artigo 211, ou mesmo artigo 210 do C. Penal, e não o de furto, pois cadáver é coisa fora do comércio, a ninguém pertence” (TJSP, RJTJSP 107/467, RT 608/305), salvo se for de instituto científico ou peça arqueológica (TJSP, RT 619/291); b) Se a finalidade era furtar, a violação da sepultura é absorvida pelo crime de furto” (TJSP, RT 598/313). Cenotáfio não é objeto deste crime porque não contém cadáver. Já o columbário (nichos com as cinzas), pode ser objeto do crime do artigo 210-CP.


5.2.3. Destruição, subtração ou ocultação de cadáver
          Art. 211. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:
                         Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
                         Cabe a suspensão condicional do processo.
                        Tipo objetivo com três núcleos de conduta: destruir (fazer com que não subsista), subtrair (tirar do local) ou ocultar (esconder). O objeto material é o cadáver, ou seja, o corpo humano morto (não o esqueleto nem as cinzas), incluindo o natimorto; ou parte dele, considerando as partes sepultadas separadamente, desde que não se trate de partes amputadas do corpo de pessoa viva. O dolo consiste na vontade livre e consciente de destruir, subtrair ou ocultar cadáver.

Consuma-se com a destruição total ou parcial, subtração ou ocultação ainda que temporária do cadáver ou parte dele.
Admite-se a tentativa. Pode haver concurso material com homicídio ou infanticídio que levam para a competência do Júri. Sepultamento com infração: Art. 67-LCP. Transplante: Lei 9.434/97.
“O natimorto, expulso a termo é cadáver” (TJSP, RJTJSP 72/352).

5.2.4.Vilipêndio a cadáver
          art. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:
                         Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
                         Sujeitos: Ativo: qualquer pessoa; passivo: a coletividade.

A ação vilipendiar significa aviltar, ultrajar e pode ser praticada mediante palavras, escritos ou gestos. Cadáver é o corpo humano sem vida, abrangendo o natimorto. Cinzas são os restos de um cadáver. Deve ser praticado perante, sobre ou junto do cadáver ou de suas cinzas.
Dolo e elemento subjetivo do tipo consistente no propósito de aviltar, ultrajar.
Consuma-se com o efetivo vilipêndio.
Admite-se a tentava em consonância com o meio de execução. Ação penal: Pública incondicionada.
“A enucleação dos olhos de cadáver, para fins didáticos, não configura o delito do art. 212 do CP nem qualquer outro, sendo penalmente atípica” (STF, RTJ 79/102).


Fonte

Casos de Violação de Túmulos Brasil afora

Vou repassar três notícias referentes à violação de túmulos em municípios diferentes pelo país e suas respectivas fontes.


Ossadas são levadas de túmulos violados em cemitério no RS

29 de outubro de 2010 • 12h31

Um militar reformado de 67 anos foi surpreendido ao visitar o túmulo de familiares em um cemitério de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (nota: dia 29.10.2010). A sepultura havia sido violada e o crânio e outros ossos do corpo da sua sogra foram levados. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil e é a terceira do tipo no município apenas esta semana, véspera do Dia de Finados.

Segundo o relato, o homem viu que havia um buraco no cimento da sepultura e verificou que o caixão tinha sido retirado de dentro. Alguns ossos ainda foram deixados no chão, perto do jazigo da família do militar. Ele ainda disse à polícia ter visto outros três túmulos com lajes quebradas no cemitério. Havia no local garrafas de bebida alcoólica vazias.

Fonte

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Funcionários do cemitério municipal encontram túmulos violados
15/10/2010 - 17:36:01

Os funcionários do cemitério municipal de Araranguá deparam-se com uma cena triste na manhã de hoje, 15. Ao chegarem no cemitério, perceberam duas sepulturas violadas, inclusive com cadáveres expostos entre outros túmulos. A central de polícia investiga o crime, mas ainda não encontrou os autores da barbaridade.
Segundo o delegado Jorge Giraldi, as cenas do crime são muito fortes. “As cenas são muito fortes e causam repulsa pelo total desrespeitos aos mortos”, destacou o delegado que investiga o caso.

Fonte

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Corpo é encontrado a três metros de túmulo violado no Dia das Bruxas

Corpo da vítima, de 54 anos, morta de parada cardíaca e sepultada na quinta-feira (28), foi encontrado fora do túmulo na manhã de domingo e com indícios de abuso sexual

01/11/2010 12:37

Um caso macabro registrado no Dia das Bruxas, domingo (31), chocou moradores da cidade de Santo Antonio do Sudoeste, na divisa com a Argentina. O corpo de uma mulher de 54 anos, morta de parada cardíaca e sepultada na quinta-feira (28), foi encontrado fora do túmulo na manhã de domingo e com indícios de abuso sexual. A polícia abriu inquérito para investigar o caso, mas ainda não havia suspeitos.

De acordo com o investigador Valdir Quevedo, da Polícia Civil, o corpo da mulher foi encontrado por populares que foram ao cemitério para limpar túmulos antes do feriado de Finados (2). “O indivíduo quebrou o túmulo, retirou o corpo e pelo que a Criminalística levantou ela foi abusada sexualmente porque estava sem as vestes”, afirmou.

O cabo da Polícia Militar Vanderlei Antonio Rafaelly, que também esteve no local, disse que o cadáver estava a três metros de distância do túmulo. Segundo ele, aparentemente a mulher foi arrastada por uma pessoa apenas. As roupas íntimas da mulher foram encontradas sobre o túmulo e as demais roupas estavam jogadas ao lado. “Foi uma coisa macabra, na nossa região nunca havia acontecido algo parecido”, afirmou Rafaelly.

Apesar de não encontrar nenhum material que associe a um ritual, a polícia não descarta a possibilidade de que o caso macabro envolva algum tipo de seita satânica. A violação de túmulo é tipificado como vilipêndio de cadáver no Código Penal Brasileiro, crime que prevê pena de 1 a 3 anos.

Túmulo violado em Araucária

Um caso semelhante ao de Santo Antonio do Sudoeste foi registrado em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, em 27 de setembro.

O túmulo de uma idosa de 74 anos foi violado no Cemitério Municipal de Araucária. O corpo da mulher, que morreu em 22 de agosto, foi encontrado sem roupas em um matagal dentro do cemitério. A idosa foi sepultada pela segunda vez em 28 de setembro.

Um suspeito de ter violado o túmulo da idosa foi detido pela polícia de Araucária, em 4 de outubro. Ele foi preso porque era acusado de ter estuprado uma criança de 4 anos.

Fonte

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia de Finados - Significado

Para milhões de católicos espalhados pelo mundo o Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Por muito tempo, apenas para exemplificar, os cristãos não se relacionavam com os mortos, por acreditar que a ressurreição do corpo aconteceria apenas no dia de juízo final para toda a humanidade. Dessa forma, rejeitavam qualquer doutrina que tratasse da "imortalidade da alma".

O culto aos mortos remonta à Antiguidade Clássica, quando era celebrado com o cerimonial da vegetação. Hipócrates afirmou que os espíritos dos defuntos "fazem germinar e crescer as sementes". Os hindus comemoram os mortos em plena fase da colheita, como a festa principal do período. Já na Trácia, o falecimento de um ente era saudado com alegria, em face da significação da morte como uma libertação venturosa.

Após a fusão da Igreja Cristã ao Estado Romano, embora houve indícios que os primeiros cristãos rezavam pelos falecidos desde o século I e visitavam os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio, os adeptos aos cristianismo acabaram adotando alguns costumes e crenças de vários povos, tais como o de rezar e se comunicar com os seus antepassados mortos junto aos túmulos.

O Dia de Finados foi instituído no século X, por Santo Odílio, na França, para os mosteiros de sua ordem especificamente. No século XI, a Igreja Católica universalizou a data através dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX, que obrigaram a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.

Já a data 2 de novembro foi instituída no século XIII, porque no dia anterior se realiza a festa de todos os santos, celebrando os que morreram em estado de graça e não foram canonizados.

Feriado oficial no calendário nacional, o Dia de Finados é celebrado, em geral, pelos católicos, no entanto, também é lembrado por budistas, judeus e seguidores de outras religiões. Muitas pessoas vão aos cemitérios para deixar flores ou acender velas por seus mortos, outros, porém, optam por fazer preces pelas almas de seus entes queridos. De uma forma ou de outra, todos elevam seus pensamentos com respeito pelo parente ou amigo que já se foi.

Algumas Curiosidades de cunho popular

Flores

Os crisântemos são as flores que os brasileiros preferem para homenagear seus entes queridos. Essas flores representam o sol e a chuva, a vida e a morte e podem ser amarelas, brancas ou vermelhas.

Vela

Para os católicos, dizer que quando uma pessoa morre tudo acabou não é verdade. Os católicos crêem que o testemunho de vida daquele que morreu fica como luz acesa no coração de quem continua a peregrinação. Para tanto, eles acendem velas no Dia de Finados, buscando celebrar e perpetuar a luz do falecido.

Dia de Finados e a chuva

Não existe uma explicação racional, mas na grande maioria das ocasiões, chove no Dia de Finados. Diz a lenda que "chove nesse dia porque toda a tristeza das pessoas que perderam um ente querido sobe ao céu e desce em forma de chuva para lavar toda a mágoa de quem ficou”.

Finados, segundo algumas religiões

Quem morre no mundo material, nasce para o mundo espiritual, segundo o budismo. No Dia de Finados, os budistas voltam à terra natal e reveem seus familiares e amigos, levando aos túmulos dos antepassados incensos, frutas e flores. Enterrados com o rosto virado para Meca, os mortos do povo árabe são perfumados, enrolados em tecido branco e enterrados sem caixão em cemitério próprio, o Islâmico. Eles são lembrados com orações no fim do Ramadã (mês sagrado) e no Dia do Sacrifício (fim do período de peregrinação à Meca).

No judaísmo, não se comemora a data, já que da vida daqueles que morreram, fica somente a lembrança. Os judeus vão ao cemitério uma vez ao ano, próximo ao ano novo judaico, celebrado em setembro, para depositar pedras nos túmulos, pois, segundo eles, as pedras não murcham como as flores.

Adventistas também não comemoram, considerando o Dia de Finados anti-bíblico. Segundo eles, não se deve orar pelos mortos porque a Bíblia diz que, depois da morte, segue-se o juízo. Apesar de também não comemorar o 2 de novembro, os espíritas respeitam a crença. O Espiritismo ensina que as orações são bálsamos para os desencarnados, em qualquer dia do ano.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Situação dos Cemitérios - Por Diário do Grande ABC

Vou dividir em partes para terem noção sobre a situação atual dos Cemitérios na Grande ABCD

Domingo, 17 de outubro de 2010 7:21
Cemitérios estão abandonados

Faltando pouco mais de duas semanas (nota: época da reportagem) para o Dia de Finados, os cemitérios municipais Santa Lídia, em Mauá, e Baeta Neves, em São Bernardo, estão em estado de abandono. Os locais sofrem com a falta de manutenção e limpeza, o que provoca mau cheiro e atrai grande quantidade de mosquitos.

No Baeta Neves, em área construída na parte inferior do cemitério, próximo ao velório, foram encontradas urnas funerárias abertas, possivelmente já utilizadas. É forte o cheiro de urina nos arredores. O mato é alto e o terreno é sujo, com lixo e entulho espalhados.

Em alguns túmulos é possível encontrar restos de coroas de flores depositadas há algum tempo. A administração do cemitério não retirou os materiais e as plantas ficaram podres. Há entulho também em cima dos jazigos.

Logo na entrada, há um túmulo aberto e sem qualquer sinalização. Crianças correm perigo brincando em volta do jazigo, sem serem avisadas por um segurança ou funcionário do cemitério. Há buracos também no piso, o que aumenta o risco de quedas. Foi localizado um túmulo pichado com palavrões em inglês.

Para se ter uma ideia do descaso, a placa com o nome do cemitério, na entrada, ainda tem o logotipo da administração anterior.

A Prefeitura de São Bernardo informa que na quinta-feira irá iniciar a manutenção e o corte de mato do cemitério. A administração afirma que o local terá novos projetos, como a construção de velório e de capela.

A situação não é diferente no cemitério Santa Lídia, em Mauá. Apesar de a Guarda Civil Municipal tentar impedir o trabalho da reportagem, a equipe do Diário conseguiu flagrar a situação precária.

Nos fundos do cemitério, o piso é de terra, com mato alto. O local tem mau cheiro e mosquitos. A reclamação é feita, inclusive, por funcionários.

Segundo a Prefeitura de Mauá, as obras para manutenção do cemitério foram iniciadas na quinta-feira. A administração informa ainda que, para a semana que vem, estão programadas a pintura do entorno e dos muros e a restauração de gavetas, além da realização de serviços de alvenaria e serralheria.

A equipe do Diário visitou também os cemitérios do Curuçá e Vila Pires, em Santo André, e Vila Euclides, também em São Bernardo. Os locais estão em estado de conservação razoável, sem problemas relevantes com manutenção e limpeza. Em ambos os locais, há diversos túmulos abandonados. O cuidado com os jazigos, no entanto, é de responsabilidade da família proprietária.

No Curuçá, a Prefeitura está reconstruindo dois trechos do muro localizado na rua Campo Santo. O Diário noticiou, em julho deste ano, que a parede havia sido destruída, facilitando o acesso de vândalos.

Na próxima semana, o Diário traz reportagem sobre a situação dos cemitérios de Diadema e São Caetano.

Há 22 anos ao lado da morte e da tristeza

Aprender a lidar com a morte e com a tristeza alheia. Essa foi a principal missão do coveiro Silvio dos Reis, 44 anos, quando começou a trabalhar no cemitério do Curuçá, há 22. No início, vivia o medo e a apreensão por estar todos os dias em um local que é cenário de filmes de terror e histórias assustadoras. Atualmente, tem gosto pela calmaria.

"No começo foi meio difícil, tinha medo. Mas nunca teve história assustadora. Esse negócio de alma, de espírito, é coisa de gente antiga. Eu não acredito nisso", diz. O coveiro conta que passou a gostar de trabalhar no local. "Aqui é sossegado, tranquilo, bonito. É um local de paz."

Silvio relata que a profissão é alvo de preconceito. "Algumas pessoas têm nojo da gente, outros têm medo. Muita gente tem nojo de me cumprimentar, tem gente que lava os sapatos quando sai daqui. Isso é pura besteira", lamenta.

A principal lição que Silvio teve no cemitério foi aprender a lidar com o lado triste da vida. "Acostumei com o sofrimento do pessoal. Tem gente que desmaia, que passa mal. A gente sabe que vai passar por isso. Mas o desmaio e o sofrimento não vão trazer a pessoa morta de volta. Tem que encarar a realidade", aconselha.

O coveiro conta histórias bizarras que já se passaram no interior do cemitério, como brigas e discussões. O motivo principal é a disputa pela herança. "Às vezes, nem acabamos de sepultar a pessoa e os filhos já estão brigando." Ele diz que já viu irmãos chegarem às vias de fato no velório.

Fonte

Domingo, 24 de outubro de 2010 7:35
Cemitérios recebem manutenção

As prefeituras de São Caetano e Diadema executam manutenção nos cemitérios municipais para o feriado de Finados, no dia 2. Entre as obras realizadas estão pintura, jardinagem e dedetização.

A reportagem do Diário visitou o cemitério municipal de Diadema na terça-feira, mas foi impedida de permanecer no local por funcionários. Muitas equipes da Prefeitura trabalhavam no momento da visita. Os empregados estavam pintando os muros externos e fazendo manutenções na área reservada aos ossários. Não foram encontrados problemas relacionados à jardinagem.

Apesar das obras, uma moradora vizinha ao cemitério, que preferiu não ser identificada, denunciou que a manutenção é feita somente nas proximidades do dia 2 de novembro. Ela reclama do mau cheiro e da infestação de mosquitos no decorrer do ano.

A administração municipal de Diadema confirmou em nota que está realizando "preparativos especiais para o feriado de Finados, como pintura, limpeza, serviço de roçada e varrição no Cemitério Municipal".

A Prefeitura diz manter contato com empresas especializadas para fazer dedetização e desratização. Segundo a administração, o interior do cemitério recebe limpeza e poda de vegetação periódica, executadas pelo Departamento de Limpeza e Paisagem Urbana. Não foi informada, entretanto, a periodicidade das operações no local.

Em São Caetano, os três cemitérios municipais apresentam bom estado de conservação. Também foram encontradas diversas frentes de trabalho da Prefeitura executando a manutenção no local.

Na fachada dos três cemitérios há uma placa do Programa Municipal de Melhorias dos Cemitérios, cujo investimento anunciado é de R$ 1,4 milhão.

A administração não deu detalhes sobre o programa, mas informou que está realizando manutenção geral e preventiva nos locais. Segundo a Prefeitura, as obras incluem conservação dos ossários, reforma das capelas e sanitários, adequação dos pisos para acesso a cadeirantes e informatização.

A Prefeitura afirma que as obras não têm prazo pré-estabelecido para finalização. Também não foi informado com que frequência são realizadas as manutenções.

TRANSPORTE - A prefeitura de Santo André irá aumentar a frota de ônibus nas linhas que atendem a proximidade dos cemitérios.

A administração informa que aumentará o efetivo da Guarda Civil Municipal e intensificará a fiscalização para combater o comércio ilegal de flores. A expectativa é de que 80 mil pessoas passem pelos cemitérios municipais da cidade no feriado.

Fonte

domingo, 17 de outubro de 2010

Mais exemplos de Descasos Brasil afora. Desta vez no Ceará

Vou deixar uma série de reportagens sobre o descaso nos cemitérios cearenses.

TV Diário - 22.07.2009

Ministério Público conclui o caso Bom Jardim

O Ministério Público concluiu o processo que investiga denúncias de irregularidades no cemitério do Bom Jardim, em Fortaleza. As imagens de corpos de indigentes sendo enterrados em valas comuns e sem caixões foram flagradas, com exclusividade, pela TV Diário.

Segundo a promotora de Justiça, Isabel Porto, para parte da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública, ficou ressaltado que os corpos foram inumados sem as devidas providências que deveriam ser tomadas pelo extinto Instituto Médico Legal (IML). Em razão disso, Isabel explica que a Promotoria de Saúde, juntamente com as duas Promotorias do Meio Ambiente, ingressaram, na última terça-feira (21), com uma ação civil pública.

A ação vai "obrigar o Estado do Ceará, através da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), a fazer a exumação dos sete corpos que foram indevidamente enterrados e a realizar o sepultamento destes em urnas funerárias, como determina a normatização do ponto de vista da ética e da dignidade da pessoa humana", afirma a promotora.

Fonte

Moradores reclamam que obra da Prefeitura utilizaria areia de cemitério

TV Diário - 03.09.2009

Após as denúncias de que restos mortais estavam sendo despejados em valas comuns no cemitério do Bom Jardim, outra denúncia volta a envolver o local. Desta vez, moradores afirmam que a areia utilizada numa obra da Prefeitura vem do cemitério e estaria contaminada. São restos de ossos, cabelos, roupas, alças de caixão e até partes de lápides com gravações do nome e data de morte espalhados pelo chão. Tudo estava misturado à areia destinada à obra de calçamento na rua Erizeu Ramos, no Bom Jardim.

Segundo os moradores, pelos menos 20 carregamentos da areia contaminada foram despejados no local, na tarde de terça-feira (1º). Há reclamações de mau cheiro e os habitantes temem estarem correndo risco, já que afirmam que os próprios homens responsáveis pela obra afirmaram que a areia veio do cemitério, que se encontra em reforma. Outra coisa chamou atenção dos moradores, que os trabalhadores não utilizam nenhum equipamento de segurança, nem botas e nem luvas. Inclusive afirmam que a maioria reclamou estar se coçando.

Procurada pela produção da TV Diário, a assessoria de comunicação da Regional V informou que a Prefeitura de Fortaleza desconhece o problema e alega que a empresa contratada para fazer a remoção da areia está fazendo o serviço adequadamente: colocando o material a, no mínimo, 20 metros do cemitério do Bom Jardim.

Fonte

Areia retirada de cemitério é utilizada em obra no Bom Jardim

TV Diário - 03.09.2009

Em meio a areia e pedras, foram encontrados ossos, pedaços de lápides de túmulos e até fios cabelo

O início de uma obra de pavimentação se transformou em motivo de indignação para moradores do bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Em meio a areia e pedras, foram encontrados ossos, pedaços de lápides de túmulos e até fios de cabelo. A população acredita que a areia foi retirada do cemitério do bairro e colocada na rua, por onde passam centenas de pessoas por dia.

Com três filhas pequenas, Natália dos Santos se preocupa com a saúde das crianças. "Não vou deixar as minhas filhas brincarem", disse a moradora da rua. Já Cristiano, não teve como prevenir o problema dermatológico da filha, que já se agravou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Regional V, foi confirmada a utilização de uma parte da areia do cemitério do Bom Jardim na obra de pavimentação da rua Erizeu Ramos. A regional já mandou suspender os trabalhos, mas informou que a mesma empresa vai continuar sendo responsável pela obra, com a fiscalização do município.

A assessoria informou ainda que a empresa vai ter de levar a areia do cemitério para o aterro sanitário, distante 20 quilômetros do local.

Fonte


Crianças brincam com ossos em cemitério abandonado no interior

TV Diário - 16.10.2010

Após escândalo no Bom Jardim e Sobral, flagrante de desrespeito em Caridade

Novas cenas de desrespeitos nos cemitérios no Ceará. Depois de indigentes serem enterrados em valas comuns, sem caixões, no Bom Jardim, e, em Sobral, os próprios moradores enterrarem os corpos de familiares, agora, em Caridade, no Sertão Central, flagrantes de sepulturas abertas, restos mortais à mostra e cenas de crianças brincando com ossos.

O nome do distrito é Campos Belos, em Caridade, mas não é beleza que é possível encontrar logo na entrada do povoado. Quase 10 metros do muro do único cemitério do local, o São Miguel, estão no chão. Moradores denunciam que o desabamento aconteceu há quatro meses e nada foi realizado. Toda a estrutura é antiga e ainda não caiu em razão de algumas contenções construídas ao longo da parede. "O muro vai arrear todinho no próximo inverno que vir", avisa Francisco Victor, comerciante.

Restos de ossadas podem ser vistos em vários locais

O buraco na parede dá passagem a um local com condições de conservação ainda mais precárias do que parecia à primeira vista. Dentro do cemitério, sinais de abandono a cada passo: sepulturas mal-feitas, quebradas - algumas abertas, todas sem manutenção. Os túmulos recentes são apenas cobertos com montes de areia. Restos de ossadas podem ser vistos em vários locais.

Crianças brincam com ossos no cemitério

O abandono facilita o acesso de crianças. Ver, reconhecer e até pegar em ossos e restos mortais se tornou rotina para elas. "Entram aqui e podem pegar algum micróbio, alguma doenças... É muito errado isso", comenta Rita Maria, dona de casa.

"Nós tão temos vigia. É um abandono", cita voluntário

Para a comunidade, com ou sem reforma no cemitério, a situação não seria muito diferente. Os portões nunca estão trancados e não há funcionários no local. "Nós tão temos vigia. É um abandono", cita Adalberto Rodrigues, voluntário.

Obras de reforma terão início na próxima segunda-feira (19)

Procurada, a Prefeitura de Caridade revela que o Cemitério São Miguel, no distrito de Campos Belos, é de responsabilidade da paróquia de Santo Antônio. Ainda de acordo com a prefeitura, já foi firmado um convênio com a paróquia para reforma e ampliação do cemitério. O padre José Linhares, responsável pela paróquia, afirma que as obras de reforma terão início na próxima segunda-feira (19) e que serão concluídas até o Dia de Finados.

Fonte : Rede Verdes Mares de Comunicação - http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=273053&modulo=178

domingo, 10 de outubro de 2010

O Caso Barbosa - Uma prova real da falta de respeito.

Dividirei em reportagens para ficar bem mais explícito este caso.

03.05.2010 - Cemitério ameaça despejar ossada do goleiro Barbosa
(Fonte: Jornal Placar)

Só 378 reais podem salvar restos do jogador crucificado pela derrota na Copa de 50

Por Bruno Favoretto

Tereza Borba, tida como filha por Barbosa, em frente a sepultura do goleiro, no cemitério em Praia Grande

A Copa do Mundo pode transformar ídolos em vilões. No Brasil, o caso mais famoso é o de Barbosa, goleiro na Copa de 1950, disputada aqui.

Responsabilizado pela opinião pública pela perda do título, ao levar um gol do uruguaio Ghiggia, ele passou 50 anos carregando essa cruz. Agora, dez anos após sua morte, Barbosa volta a ser o centro de uma polêmica.

Se a família do goleiro não conseguir 378 reais, seus ossos serão incinerados. A missão de "salvar" Barbosa é de Tereza Borba - a quem, segundo ela, ele tinha como filha.

Ela conheceu o "Neguinho" quando tinha um quiosque na praia e ele acabara de perder a esposa, Clotilde. "Me ligaram dizendo que preciso dos 378 reais, mas não tenho condições, estou desempregada e tomo remédio pro rim. Vem gente até do Japão visitar o túmulo. Mas a cidade não valoriza seus ídolos. Estou disposta a vender todas as relíquias dele", diz Tereza.

"O prazo era a última sexta. Não tem mais lugar e não para de morrer gente de dengue. Mas como novos ossários estarão prontos em 15 dias, podemos aguardar até lá", diz Marcela Souza, administradora do cemitério Morada da Planície, em Praia Grande (SP).

Se Tereza não arrumar o dinheiro, a ossada de Barbosa será queimada, colocada num saco com zíper e depositada em uma urna comunitária, onde não será possível identificar os restos mortais do velho ídolo.

Prazo para exumação venceu há cinco anos

Moacyr Barbosa Nascimento morreu por lesões hepáticas, aos 79 anos, em 7 de abril de 2000, e foi sepultado no cemitério municipal da Praia Grande, onde vivia. Por lei, o corpo fica por três anos nos carneiros, com prorrogação pormais dois anos. Como já está há dez, o cemitério precisa que dê lugar a novos cadáveres.

"Ele é uma celebridade", suplica Tereza. "Já quase tivemos que recusar sepultamento, tem que ir pro ossário. Vai dar pra pôr a foto", diz Marcela, do cemitério.

14.05.2010 - Cemitério perdoa dívida de Barbosa
(Fonte: Jornal Placar)

Corpo do goleiro da Copa de 1950 vai ser exumado, mas não será incinerado

Por Bruno Favoretto

O Jornal PLACAR mostrou, na edição do dia 3 de maio, que o corpo de Barbosa, goleiro do Brasil na Copa do Mundo de 1950, teria que ser exumado no Cemitério Municipal Morada da Planície, em Praia Grande (SP).

O tempo de ocupação máximo da sepultura, onde está há uma década (ele morreu em 2000), é de cinco anos. Mas os ossos do goleiro não serão mais incinerados.

Tereza Borba - segundo ela, considerada como uma filha por Barbosa - precisava de 358 reais para que os restos mortais do ex-vascaíno fossem para um ossário. Caso contrário, seriam queimados e colocados num saco sem identificação, numa espécie de sala comunitária.

Marcela Souza, administradora do cemitério, conseguiu que a taxa fosse perdoada junto à prefeitura. O corpo de Barbosa irá para um novo ossário, que deve ficar pronto dentro de cerca de 15 dias.

Barbosa era considerado um grande goleiro até a fatídica tarde em que o Brasil, grande favorito, perdeu a Copa no Maracanã superlotado - ele foi considerado culpado pelo segundo gol uruguaio. Desde aquele dia (16 de julho de 1950) até sua morte (em 7 de abril de 2000), Barbosa dizia estar cumprindo a pena mais longa do país.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Material Acadêmico - Cemitério São Francisco de Paula - Pelotas - RS

Estarei passando também, um Artigo Científico feito em 2004 pelo Departamento de Engenharia Agrícola da Faculdade de Engenharia Agrícola da UFPel (Universidade Federal de Pelotas - RS) a respeito da Análise da Relação da Infraestrutura do cemitério citado no município com impacto de saúde na população que vive no entorno da necrópole.

Material

Mais um Material de Interesse

Em 2008, foi criado uma CPI no Distrito Federal sobre a situação dos cemitérios de Brasília e seu entorno. Ironicamente, uma grande parte dos parlamentares distritais são os mesmos que fazem os brasilienses de palhaços, fabricando Arrudas, Rorizes, Weislans e afins...

Deixando as turras políticas de lado, o Relatório está disponível aqui

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Momento de Reflexão Sentimental: E agora ?

A afirmação de “Impossível ser sozinho/a” soa como uma constatação definitiva, irrecorrível, sem direito a argumentações e a ressalvas, quando sabe-se que a incrível multiplicidade do ser humano não nos permite fazer generalizações, sob pena de nossas teorias serem facilmente desmentidas pela realidade; e, em geral, o são, pois a realidade sempre se impõe, a realidade sempre é soberana. E ela não pode ser resumida em teoremas ou frases feitas. Em suma: sem nenhum medo de errar que, salvo a morte, a fome, a sede, o sono, a necessidade de oxigênio e mais um ou outro item básico da existência humana, nada é impossível. Absolutamente nada.

Não defendo a solidão total como a melhor maneira de se viver, pois o ser humano é gregário e poucas coisas na vida são tão agradáveis e construtivas quanto o convívio saudável com outras pessoas. No entanto, esse convívio deve ser espontâneo e prazeroso, senão não tem razão de ser. Lembram-se da velha máxima de que “antes só do que mal-acompanhado” ?! Como todo velho provérbio, ele é sábio e direto. Muitas vezes, estar sozinho/a pode ser mesmo a melhor opção. O problema é que, cada vez mais, percebo que não vivemos numa sociedade da liberdade individual e sim numa sociedade de autômatos sem personalidade, que acatam com espantosa subserviência todos os modismos e exigências do sistema viciado de vida social. As pessoas, simplesmente, não se permitem pensar e chegar a conclusões tão óbvias, preferindo abraçar cegamente e de maneira desesperada o modus vivendi estabelecido pela "Maioria" e abrir mão da sua individualidade em nome de uma falsa sensação de aceitação social. Dessa maneira, o que passa a valer é o que a sociedade considera "correto e aceitável" e não o que cada um deseja sinceramente para si. E a nossa sociedade condena veementemente a solidão, como se fosse uma aberração. De maneira silenciosa, porém ostensiva, ela nos obriga a estar sempre acompanhados como condição sine qua non para podermos interagir plenamente com o meio. Uma pessoa sozinha é vista como alguém doente, sem atrativos, um/a rejeitado/a social, um/a infeliz que não teve competência para encontrar um(a) parceiro(a) e agora amarga a solidão por pura falta de opção. A sociedade brasileira não aceita a solidão como uma opção. Nos finais das telenovelas, por exemplo, a maioria dos personagens “bons” acaba, de alguma maneira, encontrando um par; os “maus” são punidos com a solidão e o abandono. É o supremo castigo na ficção, só comparável à prisão ou à morte.

Com as mulheres essa cobrança é ainda mais forte. Há comentários do tipo: “Ah, você é uma pessoa famosa ou dirige uma empresa ou está à frente de um conselho administrativo... Mas quando vai se casar?” – Deixando claro que, aos olhos da sociedade, por mais bem-sucedida profissionalmente que seja uma mulher, ela só será considerada plenamente realizada se encontrar um marido. Nada muito diferente do que acontecia há algumas décadas atrás.

É claro que um casamento ou mesmo um namoro prolongado podem ser extremamente gratificantes e muitas uniões duradouras comprovam isso. Mas o ato de se casar ou de ter um/a parceiro/a ao lado deve partir, sobretudo, de um anseio íntimo e genuíno e jamais de uma cobrança social coletiva a saber:

- Quantas mulheres preferem cancelar sua presença em eventos sociais a ter de comparecer desacompanhadas, com medo de serem mal-vistas ?!

- Quantos homens se obrigam a se casar apenas para mostrar "masculinidade" à sociedade, para provar que não é um solteiro “viado” ou adquirir mais "respeitabilidade" no meio que freqüentam ?!

- Quantas pessoas se empenham na busca desesperada pelo relacionamento a qualquer custo, unicamente por temerem ficar “sozinhas/os” e “encalhadas/os”?


É perigoso viver à mercê do que a Sociedade espera de nós. Quando não prestamos atenção aos apelos sentimentais e mentais e mais do que isso: encaramos os relacionamentos de uma maneira mecânica, como uma obrigação social, passando por cima das nossas necessidades e idiossincrasias, o preço a se pagar é alto demais. O ser humano é de uma complexidade impressionante. Entender essa realidade é o primeiro passo para se compreender a essência da Vida. Não só as pessoas são diferentes entre si como apresentam, ao longo do tempo, múltiplas facetas que vão se alterando à medida que os anos avançam. Ignorar isso ao abraçar um modelo pronto de comportamento ditado pela "Maioria" é quase um suicídio da alma e da autonomia.

A solidão, muitas vezes, é necessária e não são poucas as pessoas que recorrem a ela de tempos em tempos. Existem algumas que chegam ao extremo de viver a maior parte do seu tempo sozinhas. Infelizes e frustradas/os ?!

Eu não me arriscaria a defini-las/os assim, tão precipitadamente. Elas podem, simplesmente, ter feito essa escolha (o que é o meu caso). Sim, a solidão pode ser uma escolha consciente para muita gente que consegue viver, e muito bem, dessa maneira, melhor até do que se estivessem casadas/os e com muitos filhos. Afinal, cada um sabe qual o melhor caminho para si. Optar por não se casar, por não constituir uma família nos moldes tradicionais não é, obrigatoriamente, uma anomalia. Pode ser o fruto de uma decisão pensada, de anos de reflexão. Eu lhes afirmo com largo conhecimento de causa: muitas vezes, estar sozinho é maravilhoso. Ainda porque creio que só somos capazes de apreciar plenamente a companhia alheia, depois que aprendemos a apreciar a nossa própria companhia e a nos conhecer com mais profundidade.

Seja como for, não se pode permitir que a sociedade influa tão fortemente num terreno íntimo quanto a afetividade e a nossa relação com o mundo exterior. Casar ou não, namorar ou não, ter filhos ou não deve ser uma decisão nossa e exclusivamente nossa, uma decisão individual e movida unicamente pela nossa vontade e pelo impacto nas nossas vidas. Não importa o que prega a "Maioria", não importa o que a sociedade supostamente considera certo. Cada um deve eleger o seu caminho e trilhá-lo, ainda que este caminho não leve ao altar, à maternidade ou à vida a dois. Afinal, ao contrário do que essal tal "Maioria" prega, é, sim, possível ser feliz sozinho, desde que essa solidão seja voluntária e construtiva. E conduza a uma vida feliz, em conformidade com a maneira de ser e as necessidades de quem optou por este estilo de vida.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Natureza Jurídica sobre Cemitérios Públicos e Concessionados - Artigo de Christian Bezerra - janeiro de 2008

O Direito funerário é uma cadeira jurídica raramente estudada, poucas são as publicações, doutrinas divergem sobre a natureza de seus elementos, tendo sido construída pouca jurisprudência calcada sobre conteúdos do direito civil e administrativo

O direito de sepultar os mortos em locais tidos como sagrados ou especiais é um desses direitos que acompanha o homem desde o alvorecer de sua jornada na terra. O jus sepulchri, o direito a sepultura, como chamado no direito romano e a utilização de terrenos próprios pela comunidade e pelo Estado para o fim de sepultamento dos corpos, prova real da extinção da personalidade jurídica, encontram no mundo civilizado e até em grupos humanos primitivos, guarida e respeito.

Neste pequeno artigo abordo seus variados aspectos, mais precisamente, sob o prisma do direito administrativo no que tange os cemitérios públicos administrados por terceiros (concessionários).

Sem a pretensão de esgotar em extensão o tema, em uma temática específica, rara, mas também presente no direito por tratar de suas características e reflexos sociais e jurídicos.

II – O cemitério no conceito de Serviço Público

A conceituação de serviço público é encontrada somente sob a luz da doutrina, não há norma que a exprima, existindo, porém, duas correntes doutrinárias a conceituá-la: a corrente essencialista e a formalista. Para a primeira, para que haja a configuração de uma atividade de serviço público, seria necessário o preenchimento de características essenciais. Na segunda corrente, os formalistas, serviço público é toda atividade e serviço que a lei expressamente informar. De todo modo, o núcleo principal da conceituação deve se direcionar a prestação de uma atividade ou serviço a um bem coletivo essencial. Nesse sentido é fecundo o posicionamento de Hely Lopes Meirelles, para quem o serviço público, em suas palavras, é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controle estatais, para satisfazer necessidades essências ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado. (MEIRELLES, 2006)

Não é preciso esmiuçar muito as atividades para conceituar os cemitérios como de caráter público. Inclusive no que se refere ao sepultamento em si, em que encerra toda uma gama de situações, desde a jurídica, e se complementa pelo ciclo já ocorrido do óbito como extinção da personalidade jurídica do falecido em mais um rito social. Esta passagem carrega característica coletiva e uma satisfação psicológica familiar e social. Convêm apontar, mais uma necessidade, esta, com relação à saúde pública, pois os cemitérios não deixam de ser aterros sanitários especiais que necessitam fiscalização por parte da administração, tanto em sua manutenção, endereçamento, quanto em sua construção.

Quanto à regulamentação da matéria, é de competência municipal, cabendo portanto, aos municípios regularem leis em suas assembléias legislativas ou ao executivo através de decreto. No Distrito Federal é o Decreto Nº. 20.502, de 16 de agosto de 1999, o qual regulamenta a Lei n° 2.424, de 13 de julho de 1999, dispondo sobre a construção, o funcionamento, a utilização, a administração, a fiscalização dos cemitérios e a execução dos serviços funerários no Distrito Federal.

Cabe aqui, um adendo, referente ao serviço funerário, responsáveis pelo recolhimento, preparo e translado do corpo ao campo santo, estes também possuem natureza pública, devendo atuar por meio de Permissão da Administração.

III – Cemitério público e privado

"O fato do cemitério ser um bem que está a serviço público não faz com que todo cemitério seja público". (cF. SILVA, 2000)

Em primeiro plano, cabe distinguir o cemitério público e o privado, sob a luz das instituições jurídicas, como em suma, de uma natureza primária, social, coletiva e, por isso mesmo, de natureza intrinsecamente pública. Sendo que ao cemitério privado, embora sobre regras de domínio particular em que rege em primazia o direito civil, torna-se necessário pelo interesse público, que sob a sua atuação paire a fiscalização do poder Estatal. Segundo José dos Santos C. Filho, os cemitérios públicos constituem áreas do domínio público, e os cemitérios privados são instituídos em terrenos do domínio particular, embora sob o controle do Poder Público. Para que haja a instituição de um cemitério particular, é necessário consentimento do Poder Público Municipal, através de permissão ou por concessão. Os cemitérios públicos qualificam-se como bens de uso especial, já que há em suas áreas prestação de um serviço público específico. O serviço funerário, por se tratar de interesse local, é da competência municipal (art. 30, I, da CRFB).

Quanto à constituição dessa permissão, a Magma Carta de 1988, em seu artigo 175, exige licitação prévia para delegações de serviços públicos a particulares, seja por meio de permissão ou concessão.

O cemitério particular, por essa fiscalização, embora tenha o direito civil como guisa e esteja embasado em direito constitucional de propriedade, precisa ser permisonário e o cemitério público administrado por particular deve estar concessionado. Ademais porque, ao lado do direito de propriedade a Constituição de 1988 atrelou a responsabilidade social, sendo que em certas propriedades, como no caso de permissionários, devido a esta natureza pública, acentua-se sua responsabilidade com o coletivo. Cabe ressaltar que com a Lei 8.987/1995, normativamente, a delegação desse serviço público passa a ser não mais um ato unilateral da Administração Pública, como apontava a doutrina, e sim bilateral, nesse sentido positiva o artigo 2º, inciso IV, para permissão e inciso II para concessão. Em suma, uma vez que exige licitação não pode ser ato unilateral, ressalvado o princípio das cláusulas exorbitantes, estas, já implícitas no contrato. (ALEXANDRINO, 2007)

Com relação à natureza jurídica da sepultura em cemitérios públicos e privados, Eduardo Henrique de Oliveira Yoshikaua, em primoroso trabalho, defende que com relação aos últimos, os institutos jurídicos presentes no jus sepulchri são de natureza exclusiva do direito civil e não do direito administrativo. Para Yoshikaua, esse direito de sepultar pode provir de enfiteuse e superfície (conforme o Código Civil em vigor na data do negócio jurídico vigente), concessão de uso (DL 271/67) ou locação ou comodato, "eis que neles se encontram o conteúdo essencial do direito à sepultura (uso de bem imóvel e possibilidade de transmissão mortis causa, que se distinguem quanto à onerosidade, ao prazo de duração e à natureza real ou pessoal do direito, o que deverá ser verificado pelo intérprete no exame de cada caso concreto)” (YOSHIKAWA, 2007)

Em suma, diz-se público o cemitério quando este, como bem público de uso especial, instalado em terreno público, é administrado diretamente pelo Município ou explorado por terceiros por delegação, neste caso; concessão.

IV – Da concessão de cemitérios públicos

A Lei 8.987 de 1995, com alterações posteriores, permitem que terceiros alheios á Administração Pública, possam exercer a administração de cemitérios públicos, agindo por delegação por prazo determinado. O art. 2º, inciso II da Lei, assim define a concessão de serviço público, in verbis: "a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado".

Toda concessão de serviço público será precedida de prévia licitação através da modalidade de concorrência, a sua extinção, quando não for por fim do prazo determinado, se dará por vários motivos, todos expressos em lei, ainda porque a adjudicação ao vencedor da licitação é ato jurídico perfeito.

Este instrumento jurídico-administrativo, o da concessão pública, tem se mostrado eficiente, mesclando a iniciativa privada e a fiscalização estatal, dando ao Estado fôlego em sua gama de atribuições para com a coletividade. Em uma análise mais específica, a concessão de uso de cemitério público, por sua natureza de contrato bilateral, e regras do direito civil, permite, a nosso ver, que o explorador da concessão tenha segurança jurídica para atuar e tornar eficiente os serviços prestados. Isto porque, como em qualquer outra atividade em que o Estado necessite delegar, a própria eficiência da iniciativa privada deve se estender ao bem comum. Entretanto, tais cemitérios terão, obrigatoriamente, caráter secular, em face do laicismo constitucional do Estado brasileiro.

Com relação à nomenclatura, conforme preleciona Almir Morgado, Professor Titular de Direito Administrativo da FABEC, o título jurídico-administrativo que melhor se encaixa a espécie é a concessão de uso de bem público, no entanto, várias legislações municipais referem-se à permissão de uso. "Novamente nos vemos às voltas com a generalizada confusão que o legislador faz com os referidos institutos. Uma análise e conhecimento mais aprofundado dos institutos nos levam, forçosamente, à conclusão que somente a concessão de uso, dada sua natureza de contrato bilateral, confere ao explorador do bem, a necessária segurança jurídica para proceder ao seu mister, e, ao mesmo tempo, confere à administração o necessário poder de fiscalização e regulamentação do mesmo, já que se trata de uso privativo normal incidente sobre bem público de uso especial. "

No que tange a administração do concessionário do cemitério, a atividade fim é o sepultamento, a manutenção e todas as tarefas periféricas necessárias ao fiel desempenho da atividade, bem como, a construção de capelas, templos, jazigos e a reciclagem de áreas obedecendo a critérios legais para a sobrevida do cemitério. Tal desempenho de atividades é positivado e garantido no inciso III, do art. 2º da Lei 8.987 de 1995, na concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: "a construção, total ou parcial, conservação, reforma ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado”.

Como exemplos de concessão, no Município do Rio de Janeiro existem cemitérios públicos e particulares. No caso dos cemitérios públicos, a administração das necrópoles foi passada por contrato de concessão de serviços públicos à Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, que já carrega a função funerária na cidade do Rio de Janeiro desde a era colonial, passando pelo Império e se oficializando definitivamente com o advento da República. Portanto, as sepulturas têm regime jurídico de direito real de uso pelos titulares de direito, já que a propriedade dos terrenos pertence ao Município.(CAMPANA,2007)

No Distrito Federal, a administração de suas necrópoles, ficou a cargo de consórcio privado, atuando nas seis unidades espalhadas nas administrações regionais.

V – Da terceirização em cemitérios concessionados

Pelo princípio inerente na lei de licitações, intuitu personae, em que cada contrato é pessoal, a regra é que para cada atividade-fim o vencedor da licitação na concessão deve ser o mesmo a administrar, executar ou prestar o serviço desde a sua adjudicação com a Administração até a extinção do contrato. A intenção desse princípio encontra respaldo na segurança jurídica, sobretudo no que diz respeito a responsabilidade civil. Evidencia-se a pessoalidade do contrato no caput do art. 25 da Lei 8.987, Lei das Concessões, em que: ”incumbe a concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização pelo órgão exclua ou atenue essa responsabilidade”.

Entretanto, destarte o princípio mencionado, ainda sob o mesmo artigo, em seu primeiro parágrafo, existe a possibilidade de contratação com terceiros sem que isso signifique uma terceirização do serviço como um todo e como atividade fim, in verbis: "a concessionária poderá contratar terceiros para desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados".

A administração de um cemitério, como qualquer outro ramo de atividade, é composta por tarefas e atividades principais como o sepultamento e a manutenção dos jazigos, campas, manutenção de ossário, cinzário e tumbas, bem como tarefas auxiliares: limpeza, jardinagem, vigilância e segurança. Acontece que estas tarefas podem ser executadas por terceiros conforme citado artigo. Entretanto, a subconcessão do serviço concessionado, o que implica na administração de todas essas tarefas, somente poderá ocorrer se expressa em cláusula contratual ou devidamente autorizada pelo poder concedente e sempre precedida por concorrência. É o que positiva o artigo 26 da Lei 8.987.

VI – A extensão da prerrogativa do exercício da função pública

Como todo exercício de função pública por delegação, esta também se estende aos funcionários da concessão do cemitério para efeitos penais em crimes funcionais ou perante o particular, estranho a Administração Pública, conforme positiva o artigo 327, § 1º, do Código Penal in verbis: ”Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. “.
Com relação à manutenção da ordem e dos bons costumes, dentro do cemitério público, trata-se primeiro, de um exercício de dever legal perante a lei que o concessionário e seus funcionários devam exercer, e em segundo, por uma ordem de observância em relação à Lei municipal que regula a administração de necrópoles, inclusive no que se refere aos funcionários terceirizados da segurança e vigilância quando em legítimo dever contra crimes para com o respeito aos mortos praticados por vândalos, ladrões de mármore e de restos mortais, verdadeiros infratores dos artigos 209 ao 212 do Código Penal. Convêm lembrar que os empregados da iniciativa privada estão investidos transitoriamente em função pública por extensão, representam o respeito que o particular infrator ou não deva ter para com a coisa pública através do ”munus publicae”.

No Distrito Federal, o dever de observância e exercício do dever legal dentro do cemitério Campo da Esperança e dos cemitérios das administrações regionais, está contido no Decreto Lei nº. 20.502, de 16 de Agosto de 1999, na Seção II, nos artigos 55 ao 59, como por exemplo, o art. 57: “ Será retirado do cemitério todo aquele que perturbar a ordem ou se comportar de forma desrespeitosa para com os mortos, sem prejuízo de outras cominações legais. ”.

Quanto à função de polícia administrativa, polícia de manutenção da ordem ou exercício de polícia judiciária, a Doutrina é majoritária em não admitir delegação dessa função aos prestadores de serviço particulares uma vez que o Estado é titular exclusivo desse poder de império (jus imperii).


Fonte : DireitoNet - Artigos : http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/4093/Comentarios-sobre-cemiterios-publicos-concessionados

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - IDEMA

Vou deixar mais um documento a respeito de implementação dos Cemitérios elaborado pelo órgão ligado ao Governo Potiguar em 2006 também...Novamente é a teoria sobre.

Documento

Sobre o mesmo assunto...

Deixarei como exemplo, uma Deliberação Normativa do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Município de Ribeirão das Neves (Minas Gerais) elaborada em 2006, para entenderem que em alguns lugares foram regulamentadas em forma de leis, decretos, leis complementares ou o q valha sobre o assunto, embora fique somente na teoria, sendo bem realista.

O assunto em questão.

Memorial de Caracterização de Empreendimento - Adicional aos Cemitérios - CETESB

Vou deixar um formulário elaborado pela CETESB (para consulta) para a regularização e implementação para novos cemitérios sejam de cunho horizontal (ou tradicional, como queiram) ou vertical. Também estão à disposição:

Cálculo do Parcelamento do Solo para Licenciamento Ambiental

Fonte: CETESB

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E enquanto isso - Pedreiro que faz manutenção nas campas é suspeito de vender ossos dos cemitérios de Santos

A Polícia Civil de Santos investiga um mercador de ossos humanos que age nos cemitérios de Santos. O principal suspeito é um pedreiro contratado para realizar a manutenção de campas, que estaria agindo no Cemitério Areia Branca. Para os investigadores, a facilidade de acesso aos locais onde ficam os despojos, após cinco anos do sepultamento, pode ser o principal motivo para o crime.


A Prefeitura de Santos nega a informação, justifica que a urna geral é restrita a funcionários e desconhece a participação de servidores nesse esquema. Os crânios, por exemplo, são muito usados por estudantes de medicina e em rituais de magia negra.


A investigação está sob o comando do delegado titular do 5º DP de Santos, Flávio Máximo. O suspeito de realizar tal ação chama-se Sidnei de Carvalho. Ele é um dos empreiteiros que estão autorizados a atuar no Areia Branca e deverá prestar depoimento nesta quarta-feira na delegacia. Os trabalhos de apuração devem ser encerrados em dez dias.


Já foram ouvidos pela polícia quatro trabalhadores da Areia Branca e uma florista do entorno do cemitério. “Uma das pessoas disse que Sidnei tinha livre acesso à urna geral e retirava crânios de lá. Explicou ainda que muitos funcionários de limpeza e coveiros sabem dessa prática”, destacou.


Sidnei estaria comercializando dentes por R$ 10,00 e crânio por um valor que variava de R$ 350,00 a R$ 600,00, segundo o estado de conservação, de acordo com um dos suspeitos. Os policiais apuraram também que o comércio de ossadas era de conhecimento de alguns servidores, com exceção daqueles que atuam na parte administrativa ou em cargos de chefia.


“Alguns sabiam disso, mas ficavam quietos, porque tinham medo do Sidnei. Relataram que este senhor já foi envolvido com drogas e é suspeito de cometer um estupro”, relata o delegado.


Ameaça


O suspeito de comercializar ossos recolhidos do Cemitério da Areia Branca foi funcionário da Prefeitura Municipal e trabalhava no cemitério. Foi exonerado, após constatar que realizava obras particulares em túmulos, o que é proibido por lei. Como era conhecido no local, passou a atuar como empreiteiro autônomo e acabou sendo contratado para fazer serviços de limpeza e manutenção de
campas.


Segundo o delegado Máximo, Sidnei pode ser enquadrado pelos crimes de vilipêndio de cadáver, furto e/ou destruição, subtração ou ocultação de cadáver. A pena, caso o suspeito seja condenado pela Justiça, pode variar de 1 a 10 anos de prisão. Ele também não descarta a participação de outras pessoas no mercado macabro.

Fonte: A Tribuna de Santos - 15.09.2010

Opinião Pessoal: Não é nenhuma novidade essa serventia macabra, uma vez que este comércio ilegal é empregado nos cemitérios de Santos e Região há pelo menos uns 30 anos, com absoluta conveniência de alguns funcionários e de Instituições de Ensino, inclusive. Todos fazem vista grossa a essa prática lamentável e grosseira.