terça-feira, 31 de março de 2009

Cemitério do Paquetá - Biografia - Por Novo Milênio


O antigo nome do Cemitério do Paquetá era Cemitério Municipal da Cidade de Santos, conforme indicação no Livro de Enterramentos nº 6, do período de 1892 a 1896.

Costumava-se enterrar os mortos nas igrejas, pois ainda não havia um cemitério público em Santos. Mas, com o passar dos anos, os enterros - que na época eram feitos na Igreja do Valongo - já estavam saturados e precisavam urgente que se construísse um cemitério público na cidade. (Segundo o Almanaque de Santos 1971, de Olao Rodrigues, que "antes de 1853 os enterramentos eram feitos no chamado quintal de Santo Antônio, atrás do antigo Convento (ala destruída para construção da Estrada de Santos a Jundiaí); antes de 1850 as pessoas classificadas eram enterradas nas igrejas e nos adros e pátios das igrejas: Carmo, Santo Antônio, Matriz N. S. das Graças, Rosário, São Francisco, São Bento").

Em 1851, os vereadores da Câmara Municipal adquiriram um terreno perto do Rio dos Soldados, onde perto já se encontrava o antigo Cemitério dos Estrangeiros ou Cemitério dos Protestantes, e deu-se início à transação comercial do terreno.

Em 1853, construiu-se o muro, colocou-se a grade e o portão de ferro, e somente uma parte foi aterrada, dando-se, no dia 18 de outubro deste mesmo ano, a benção solene e os primeiros enterramentos.

Em 1854, a Câmara conseguiu verba para a construção da Capela de Santo Cristo. O regulamento de funcionamento do cemitério foi publicado pela Câmara na sessão de 1º de dezembro de 1854 e o regulamento definitivo foi aprovado, pela Assembléia Provincial, na sessão de 16 de fevereiro de 1855. O primeiro inspetor do Cemitério do Paquetá foi José Justiniano Bittencourt. No mesmo ano, devido à epidemia da cólera, foi aterrada e preparada às pressas mais uma quadra do Cemitério. Em 1858, foram trasladados os ossos dos mortos sepultados no antigo Cemitério de Santo Antonio do Valongo, em solenidade no dia de Finados.
A área total do Cemitério do Paquetá tem 25.000 m² e cerca de 10.400 m² são ocupados por irmandades religiosas, que pagam à Prefeitura uma taxa de ocupação. As dez irmandades que ocupam o solo do Paquetá são: Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos, Nossa Senhora do Terço, Veneranda Ordem Terceira do Carmo, Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do Rosário Aparecida, Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e a do Santíssimo Sacramento da Catedral de Santos. São ao todo 13 jazigos das Irmandades, pois três delas possuem dois jazigos. O restante, são jazigos municipais.
A Capela de Santo Cristo, localizada quase no centro do cemitério, foi inaugurada em 1855, sendo que os dois corpos laterais que se referem à sacristia e à morada dos guardas, hoje usados para o escritório da administração, foram construídos em 1880. Na época dos primeiros sepultamentos, construíam-se os túmulos com mármore branco, depois substituído pelo granito preto, descaracterizando o cemitério.
O caixão era carregado do carro até a Capela, depositado na eça e aberto para verificação pela administração do cemitério. Hoje é utilizada uma carreta que leva o corpo até o local do sepultamento. O carro fúnebre perdeu toda a imponência, pois era preto ou branco, puxado por cavalos emplumados e ajaezados, e hoje é um simples furgão comum. Já naquela época havia diferença nos enterros de pobres e ricos. Enquanto os ricos eram levados em carros emplumados, os pobres iam num bonde, cuja linha era específica para enterros, o bonde 9, da Companhia City, que era alugado para levar pessoas pobres, onde o caixão ia sobre o encosto dos bancos e, nos outros, iam familiares e amigos. A evolução acabou com o respeito aos mortos, pois o traje era formal e não se atravessava um cortejo fúnebre, como acontece hoje.
Quem deu a bênção na inauguração da Capela foi o Cônego José Norberto de Oliveira, com todas as formalidades, além da primeira missa. No dia 9 de dezembro do ano de 1854, o presidente da Câmara apresentou o livro destinado ao registro dos sepultamentos pelo secretário da Câmara e foram contratados dois escravos como coveiros.

Sua abertura: "Livro 1 - Serviço de Assentamentos de Óbitos do Cemitério do Paquetá - 1854/1864 - Registro de Óbitos. Este livro por mim numerado e rubricado com o meu apelido Martins. Servirá para nele serem lançados os assentos das pessoas que no cemitério público se enterrarem. Santos, 30 de novembro de 1854 - assinatura de Francisco Martins dos Santos - presidente Interino da Câmara Municipal". Os assentamentos nesse livro se iniciaram no dia 8 de dezembro de 1854 e terminaram a 7 de janeiro de 1864.
No portal do cemitério está colocada a inscrição: "In Pace Idpsum Dormian Et Requiescam" - "Descansem em paz os que dormem eternamente". Em 1902, a Intendência Municipal mandou demolir a Capela de Jesus, Maria e José, por estar bastante arruinada, e daí foram trasladados para o Paquetá vinte e quatro ossadas que foram sepultadas na quadra da Irmandade de Nossa Senhora do Terço. Dentre essas ossadas, foram encontrados objetos curiosos: uma fita de ouro, com as pontas dobradas, trazendo o lema "Independência ou Morte" e uma borla pertencente a uma banda ou faixa da Ordem Militar. Sabendo-se que tais objetos só podem ter pertencido a um capitão de milícia ou capitão-mor, conclui-se que poderiam ter sido do capitão Manuel José Vieira de Carvalho, que foi sepultado nessa capela em 4 de janeiro de 1820, e do capitão-de-milícia José Antonio Vieira de Moraes, que foi sepultado em 19 de dezembro de 1823. O Cemitério do Paquetá é considerado patrimônio histórico, arquitetônico e cultural de Santos, por sua antiguidade; pelos homens ilustres que aí estão sepultados, tanto a nível municipal quanto nacional; pela beleza arquitetônica que não se usa mais. Aí estão sepultados o dr. Martins Fontes, o historiador e pintor Benedito Calixto, Joaquim Xavier da Silveira, o poeta Vicente de Carvalho, Quintino de Lacerda, Paulo Gonçalves, Cleóbulo Amazonas Duarte, Fábio Montenegro, Renata Agondi, Francisco Martins dos Santos, João Gommensoro Wandenkolk (o mais procurado no dia de Finados, por dizerem ser santo); e outras dezenas, sejam antigos, como mais recentes.
No dia 10 de novembro de 1993 houve um incêndio criminoso, que queimou alguns livros de registros, atingiu a Capela e o escritório da administração. A imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo despencou do altar. Esta capela foi restaurada na administração do prefeito David Capistrano Filho e reinaugurada no final de 1994.
Dentro do Cemitério do Paquetá existe uma campa muito importante, que é onde estão os despojos dos estrangeiros de Santos. Essa campa resume o antigo Cemitério dos Estrangeiros, de que é descrita a seguir, especificamente:
Antigamente, os sepultamentos eram feitos nas paróquias, principalmente na Santo Antonio do Valongo. Em 1840, porém, em conseqüência de uma divergência religiosa local, que proibiu os enterros de protestantes nas capelas, fundou-se o Cemitério dos Protestantes, que também ficou conhecido como "Cemitério dos Estrangeiros", porque aqueles fiéis advinham de uma colônia inglesa.
Em ata da Reunião da Câmara aos 13 de agosto de 1844, foi lido o requerimento de Frederico Fomm pedindo a permissão de estabelecer um cemitério para o enterramento dos protestantes e concedido o alvará de licença, assinado pelos vereadores Montes Carmo Silva, Xavier Martins Sá Júnior, presidente Nébias, Ferreira Vergueiro e Carvalhaes, porém a Câmara aceitou a condição de que fosse construído fora dos limites urbanos. Segundo a escritura de venda e compra, do 1º Cartório de Notas de Santos, "compareceram, no dia vinte e um de agosto de mil oitocentos e quarenta e quatro, Frederico Fomm, na qualidade de administrador da Casa Falida de Aguiar, Viúva, Filhos e Cia., como vendedor e Gustavo Backeusen, como comprador, de um terreno situado ao pé da Vila Nova, subúrbio desta cidade, às margens do Mar Salgado, e Ribeirão dos Salgados, com vinte braças de largura e dezoito de fundos, pela quantia de cincoenta mil réis, para nele se fazer um cemitério declarando que a dita compra do terreno é em nome de todos os interessados para o estabelecimento do dito cemitério, figurando ele como um simples procurador de todos". Esta escritura foi registrada no 1º Cartório de Imóveis de Santos, no livro 3-C de transcrição nº 6.100, à folha 193, de 11 de junho de 1901.

Em primeiro de novembro de mil e oitocentos e cinqüenta, Bárbara Fomm doa à Fundação ou Instituição do Cemitério dos Estrangeiros de Santos dez braças, um terreno contíguo ao antigo, já pertencente a eles, segundo a escritura acima e no total ficou de frente para a Rua Henrique Dias e do outro lado para a Praça Iguatemy Martins - logo, o local desse cemitério seria vizinho onde hoje é o do Paquetá.
A 19 de janeiro de 1933, foi despachada pela Prefeitura ordem para transferir os cadáveres para o Cemitério do Paquetá, cujos despojos foram colocados na campa nº 358, porque a área seria vendida para a Companhia Docas de Santos. Segundo a escritura de venda e compra do 6º Cartório de Notas, compareceram no dia vinte e três de setembro de mil novecentos e trinta e seis, a saber: como vendedora a Fundação ou Instituição do Cemitério dos Estrangeiros de Santos, representada pelo procurador Sr. Roberto A. Sandall, e como compradora a Companhia Docas de Santos, sede no Rio de Janeiro, do terreno acima, cuja transcrição continuou sendo nº 6.100.
Essa venda foi registrada no 2º Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Santos, no livro 3-B, folha 245, em 2 de outubro de 1936, cuja transcrição passou a ser o nº 3.247, cuja venda foi feita pelo valor de trinta e cinco contos de réis. O terreno que foi um dia ocupado então pelo Cemitério dos Estrangeiros e que hoje é ocupado pela Cia. Docas de Santos (Na verdade, já em 07.11.1980 a antiga CDS havia transferido o porto para a empresa pública Companhia Docas do Estado de São Paulo - Codesp) tem as seguintes medidas e confrontações: um terreno em forma e retângulo, com a área superficial de 738 m², mais ou menos, medindo 38,65 m na frente e nos fundos; e em cada lado, 19,10 m, confrontando de um lado com a Repartição do Saneamento e do outro e nos fundos com a própria Cia. Docas, sendo que, da frente desse terreno, 18,45 m dão para a Rua Henrique Dias e 20,20 m para a Praça Iguatemy Martins. Essa área passou a integrar o patrimônio do Porto de Santos e, de acordo com a escritura acima, é bem público federal, isto é, pertencente à União Federal e não ao Município.
A 19 de novembro de 1993, o sr. Antonio Otero Monteiro, passou um abaixo-assinado, por vários meses, para pedir ao órgão do Condepasa o tombamento do jazigo nº 358 do Cemitério do Paquetá. Para esse fim, esse cidadão pesquisou também o documento Alvará de Licença, que se encontra no Centro de Memória Cultural de Santos. Tal tombamento já está em andamento pelo Condepasa, juntamente com o próprio Cemitério do Paquetá.

segunda-feira, 30 de março de 2009

4º Visita Cemiterial - Cemitério do Paquetá - Santos - SP - 29.03.2009


  • Realmente foi a visita mais produtiva até o momento nessa saga cemiterial que estamos realizando...Muito embora tenha tido alguns pequenos problemas de última hora e pelo imprevisto básico de que o entorno do cemitério do Paquetá esteja repleto de pessoas no mínimo suspeitas...Fora isso, nada de muito anormal dentro dos parâmetros...
  • De longe, Paquetá é o mais rico em História e Arte Tumular do Litoral Paulista (contando Baixada Santista, Litoral Sul, Litoral Norte e Vale do Ribeira) por conta da beleza dos seus túmulos, de toda uma peculiariedade da distribuição dos jazigos e inclusive pela quantidade de pessoas famosas locais estarem enterradas lá. É verdade que há casos de descaso gritante, como fotos depredadas, túmulos carcomidos pelo mato e lodo e pela chantagem emocional religiosa de que tudo tem q ser do jeito q a "Igreja" quer, pois se não pagar uma taxa anual, corre o risco de ter os despojos serem transladados pro ossuário geral...Isto é, cairia no mais puro esquecimento...O atendimento local é razoável, embora haja uma vigilância bem reforçada (menor em relação à Filosofia), mas agradável ao mesmo tempo...E é o local onde tem maior concentração de gatos !!! E os felinos são os verdadeiros vigilantes do cemitério, além da arborização considerável na primeira parte da necrópole...Isto porque não exploramos direito nem uma parte considerável do local pois a nossa estadia a parte final iria ficar tardia demais e deixamos isso para outra ocasião, pois a riqueza tumular e afins é única de toda Região...Tanto é q apenas houve 1 enterro no dia e o desenrolar dos trabalhos foi bastante tranquilo ao longo do período em que estivermos por lá...E concluímos que o melhor do Paquetá e Vila Nova é o Cemitério !!!
Ficha
Cemitério: Cemitério Municipal do Paquetá
Local: Bairro do Paquetá
Município: Santos - SP
Inaugurado em: 1853
Administração: Municipal (embora a Arquidiocese de Santos possa opinar sobre)
Estilo: Convencional e dividido em Irmandades, Jazigos, Carneiros, Alas e Ossuários.
Nota: 9,0
Pontos Fortes: Riqueza Tumular, Histórias relacionadas ao local e personalidades locais ali enterradas. Estrutura considerável, atendimento razoável, vias amplas e arborizadas, organização digna nos padrões regiões e ambiente tranquilo.
Pontos Fracos: Não sei se chega a ser um ponto fraco, mas a região em torno não é digna para abrigar uma necrópole como Paquetá.
No final das contas, foram tiradas 134 fotos nessa saga...Um recorde até agora e talvez não seja superado tão cedo, por conta de uma infinidade de Histórias q o local abriga.
Sem mais palavras e passando os links das imagens que estão divididos em duas partes: Parte 1 - http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=11014757447727759099&aid=1238342811 e Parte 2 - http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=11014757447727759099&aid=1238355129

sexta-feira, 27 de março de 2009

Projeto Cemiterial - Pinhais - PR

Mais um post rápido pois tenho um trabalho de Facul para terminar aqui..É sobre um projeto elaborado por uma equipe de arquitetos e engenheiros para a concepção de um cemitério em Pinhais, Grande Curitiba. Percebe-se de longe o cuidado extremo em relação ao meio ambiente e pela procura do bem estar dos futuros visitantes. O link do projeto para quem se interessar é : http://www.winstonramalho.com.br/meio_ambiente.html

Bem, até domingo, com possibilidade boa de novas imagens da Parte IV do Projeto =)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Povos Celtas - Bretanha (Breizh)


A Bretanha (em bretão Breizh, em francês Bretagne) é uma região administrativa do oeste da França com uma larga costa litoral entre o Canal da Mancha e o Oceano Atlântico. Sua capital é Rennes e seus habitantes chamam-se bretões.

História

Depois da conquista da Gália pelos Romanos, a Bretanha fazia parte da Armórica (aremoricae – que está frente ao mar). Cerca de 500 d.C., os Bretões da ilha da Bretanha (a Grã-Bretanha actual), atacados pelos Anglo-saxões emigraram para aí, trazendo os seus costumes e língua. A região passou a se designar Bretanha com a sua chegada. Muitos designam-na, também, de Pequena Bretanha, por oposição à ilha de onde vieram. No início da Idade Média, a Bretanha foi dividida em três reinos - o Domnonée, a Cornualha, e o Bro Waroch - que foram incorporados ao Ducado da Bretanha.
O Ducado da Bretanha esteve independente do reino de França até 1532. Guardou os seus privilégios (legislação e impostos próprios) até a Revolução Francesa. A Bretanha histórica, que teve por capital Nantes, foi dividida em 1790 em cinco departamentos: Côtes-du-Nord (hoje, Côtes-d'Armor); Finistère; Ille-et-Vilaine; Morbihan; Loire-Inférieure (Hoje, Loire-Atlantique).

Política
Quando da criação das regiões administrativas francesas, em 1956, só os quatro primeiros departamentos faziam parte da Bretanha administrativa. O Loire-Atlantique estava incluído no Pays de la Loire. Esta mudança foi contestada, e ainda o é, por uma parte dos Bretões. De acordo com uma sondagem de 1998, 62% dos habitantes Loire-Atlantique desejavam a união administrativa do seu departamento à região da Bretanha.
Geografia

É a região francesa que beneficia de uma maior costa litoral. Distinguem-se tradicionalmente as regiões costeiras (o Armor - o mar) das regiões centrais (o Argoat - floresta).

Economia

A economia centra-se na agricultura, na indústria agro-alimentar, no turismo estival, junto à zona costeira e alguns pólos tecnológicos avançados (Rennes, Lannion).

Religião

Bem antes dos Celtas, as primeiras populações erigiram aí monumentos megalíticos, como os menires e os dólmens. Não é pacífico que estes monumentos tivessem significado religioso, mas é muito provável que sim. A religião druídica expandiu-se com a chegada dos Celtas, tanto na Gália como nas ilhas britânicas. A dominação da península da Bretanha pelos Romanos não deixou grandes marcas na religião destes povos. Com o fim da Gália romana, as tribos que se estabelecem na Armórica, vindas da Grã-Bretanha, trazem consigo uma nova religião – o cristianismo - que irá suplantar progressivamente as outras crenças tradicionais. Contudo, o paganismo druídico coexistirá durante muito tempo com a religião dominante, de forma mais ou menos pacífica. Ainda hoje existe um grande acervo de lendas e tradições locais que evocam práticas religiosas druídicas. Os cristãos da Bretanha são, maioritariamente, católicos. A santa padroeira da Bretanha é Santa Ana, que é apresentada pela tradição como a mãe da Virgem Maria, mãe de Jesus.

Idioma

A Bretanha é composta, em termos históricos, por duas áreas linguísticas: a Baixa-Bretanha ou Breizh Izel, a oeste (Finisterra, Morbihan e a parte ocidental de Côtes-d’Armor) onde se fala uma língua céltica, do grupo britónico (aparentado ao galês e ao córnico) designada como bretão (ou bretão armórico); e a Alta-Bretanha ou Breizh Uhel, a leste (Ille-et-Vilaine, Côtes-d’Armor e Loire-Atlantique) onde se falam dialectos românicos (langues d’oïl) conhecidos como "Gallo". A hegemonia da língua francesa, porém, quase fez desaparecer estas línguas, como aconteceu, aliás, com outras línguas regionais, sobretudo a partir do fim do século XIX. No entanto, o bretão teve um certo renascimento depois da Segunda Guerra Mundial, com um surto importante a partir da década de 1970. Os defensores do "Gallo" começaram-se a ouvir a partir da década de 1990. Os dados fornecidos pelo inquérito Etude de l'histoire familiale efectuado pelo organismo INSEE em 1999 indicam mais de 260.000 falantes do bretão com mais de 18 anos nos 5 departamentos da Bretanha (incluindo o Loire-Atlantique) e 295.000 no resto da França. Acrescentam-se a estes os alunos de escolas bilíngues (8.874 alunos no início do ano lectivo de 2003/2004), além dos alunos que aprendem bretão em estabelecimentos públicos do primário (mais de 7.600 em 2002/2003) ou do secundário (mais de 8.000 em 2002/2003).

Música

A nível musical, a tradição (de raízes celtas) da música de dança cantada (kan ha diskan, ou canto e contra-canto) ou interpretada simultaneamente com dois instrumentos tradicionais da Bretanha : o biniou (tipo de gaita de foles, também chamada de cornemuse bretã) e a bombarda (tipo de oboé) é muito tocada, tanto na Alta como na Baixa Bretanha. Os bailarinos juntam-se nas chamadas fest-noz (festa nocturna) ou nas fest-deiz (festas diurnas).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bretanha


segunda-feira, 23 de março de 2009

Fantasma do Cemitério do Paquetá - Video

Post rápido e ligeiro pois domingo promete novas Histórias quando acontecer a visita ao Cemitério do Paquetá e com vigilância triplicada por conta do seu entorno...Como aperetivo, deixo o vídeo que fala a respeito do "Fantasma do Paquetá" que apavorou os munícipes no começo do século passado...Levaria hrs para narrar sobre essa História, mas creio q o documentário (feito em 2007) fala por si só...Bom divertimento =)

Link: http://www.youtube.com/watch?v=dVBEAjfN5kU

sábado, 21 de março de 2009

Rammstein - Biografia


Enquanto essa briga sem pé nem cabeça para normalizar os downloads não termina, vou escrever uma resenha a respeito de uma das maiores bandas do Metal Industrial dos últimos 10 anos, pelo menos.
A banda origina-se da finada Alemanha Oriental, mais precisamente na região leste de Berlim (sob controle socialista na ocasião), cuja cena underground era bem escondida e com acesso quase impossível, devido a rígida censura naquele local. Às vésperas da queda do Muro de Berlim, Till Lindemann (vocais) já era bastante conhecido na cena por ser um baterista de razoável talento de uma banda chamada Felling B, composta também por Christian Lorenz (teclados) e Paul Landers (guitarras), que teriam um passo decisivo na formação de algo maior anos depois...
Com a reunificação alemã em 1990, o cenário underground alemão oriental foi sendo divulgado a doses maciças e isso meio que acabou perdendo a graça e os integrantes citados já almejavam um projeto bem maior, com ingredientes diferenciados que poderiam diferenciar esse futuro grupo dos demais, mas sempre com dignidade...No inverno de 1992 para 1993, em Berlim, uma nova reunião de Till, Paul e Christian (agora com pseudônimo de "Doktor Flake") decidiu pela execução do projeto, cujo nome seria Rammstein. Há um sentido duplo sobre o nome: O "Ramstein" é um município alemão, perto de Sttutgart, que aconteceu a maior tragédia aérea militar, em agosto de 1988 quando dois aviões da Esquadra Tricolor, da Força Aérea Italiana, se chocaram na frente de mais de 100 mil espectadores e os restos aéreos caíram no público presente e ocasionando a morte de mais de 70 pessoas no local. Quanto ao outro significado, acrescido com "m", o "Rammstein", seria algo como marreta e o gesto do Till como se estivesse usando uma marreta é muito comum em shows ao vivo da banda...
Com a entrada de Richard Zven Kruspe (guitarras), Oliver Riedel (baixo) e Christoph "Doom" Schneider (bateria), foi mais um passo à frente de gravar músicas demo da banda para um festival de grupos, que iria acontecer em Berlim no ano seguinte, em 1994. A banda, conseguiu vencer esse concurso e através de músicas como "Rammstein" e "Wilder Wein" (Nota: essa música nunca entrou num álbum oficial da banda) obtiveram sucesso dentro da Alemanha e como consequência, assinaram contrato para fazer primeiro álbum oficial, o Herzleid, em 1995, cujo destaque maior é a música-título, "Rammstein" msm. Posteriormente, a banda ficou conhecida também pelas performances pirotécnicas nos shows ao vivo, tanto é que todos os integrantes possuem formação como técnicos em pirotecnia e de primeiros socorros. Além do primeiro trabalho citado, os demais álbuns lançados pela banda são: Sehnsucht (1997), Live Aus Berlin (Ao Vivo) (1998), Mutter (2001), Reise, Reise (2004), Rosenrot (2005) e Volkerball (Ao Vivo) (2006), além de incontáveis singles.
Vale lembrar que as músicas da banda são compostas em alemão, algo um tanto quanto incomum. A justificativa é que segundo os integrantes, a maioria dos membros não sabe falar o inglês muito bem e usar o idioma teutônico foi uma alternativa bem arriscada, mas que deu certo. E sem contar que o conteúdo das letras é uma mescla de sacarsmo, realidade nua e crua, além de um certo ambiente melancólico em sua essência. Há várias músicas marcantes da banda, em destaque : "Rammstein", "Engel", "Du Hast", "Klavier", "Mutter", "Ich Will", "Sonne", "Mein Teil", "Amerika", "Keine Lust", "Seaman", "Ohne Dich", "Moskau", "Rosenrot", entre outras...
E como estilo, alguns falam que é "Tanz Metal", outros falam que é Metal Industrial, outros fazem trocentas referências para confundir a cabeça de todo mundo...Na minha visão, o gênero mais apropriado pra banda é Metal Industrial mesmo...E dos melhores da História !!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eduardo Azedo, ops, Azevedo é escravo das Gravadoras falidas !!!

Não entendo o porque essa Lei patética foi aprovada...Será que é errado disponibilizar álbuns via net e dar prioridade a uma Lei patética em que apenas uma pequena parcela da população pode comprar um bem tido como supérfluo a uma bagatela de R$ 50, pelo menos ?!

terça-feira, 17 de março de 2009

Cemitério da Filosofia - Biografia - Por Novo Milênio

  • Até 1892, só existia em Santos o Cemitério do Paquetá, mas quando o crescente número de sepultamentos aumentou devido às grandes epidemias da época, houve a necessidade da construção de outro, que seria o da Filosofia ou Saboó, como é mais conhecido, por estar localizado no Bairro do Saboó. A partir daí, o Cemitério do Paquetá passou a ser somente da elite local na época.
  • O nome original desse cemitério era Cemitério Municipal da Philozophia (na época a palavra "Filosofia" era escrita dessa forma); data de 10 de abril de 1892 a sua inauguração pelo então Intendente Municipal, com o sepultamento de um menino de 10 anos de idade apenas. Quando inaugurado, compreendia apenas 7.000 m². Depois, foi desapropriada a Chácara da Filosofia, passando a contar, então, com 24.000 m² e foi entregue oficialmente à população, em 1896.
  • Atualmente, tem mais ou menos 40.000 m². (N.E. Informa o Almanaque de Santos 1971, de Olao Rodrigues, que o cemitério "foi feito em duas etapas. A primeira, bem ao fundo, na parte em que se acha a capela ainda hoje, em terreno desapropriado pela Câmara e pertencente ao Bacharel Frederico Cardoso de Meneses, inaugurado em 1892. A segunda etapa foi iniciada tempos depois, com compra de mais um pedaço de chão e aproveitamento da parte da frente da Chácara da Filosofia, desapropriada pela Câmara em 1892, a Dona Ana Brandina de Barros Silva. A inauguração da segunda parte, muito maior (a da frente), verificou-se em 1896").
  • A campa mais visitada é a de nº 624, quadra 6, onde estão os restos mortais de Maria Mercedes Fea - vítima do famoso Crime da Mala, ocorrido em 1928 -, a quem milhares de pessoas creditam graças alcançadas.
  • No dia 10 de abril de 1992, o Cemitério da Filosofia, ou Saboó, comemorou o centésimo aniversário; e 3/4 de suas campas (cerca de 75%, aproximadamente) são perpétuas. E até 1968, não havia portão de entrada e saída do cemitério e havia circulação livre da população local..Na mesma época, houve a limitação da perpetuação de campas pela falta de espaço que estava sendo o agravante na necrópole.
  • No Cemitério da Filosofia também tem outra campa considerada muito visitada por causa de graças recebidas. É a campa da menina Janaína, nascida a 23/9/1936 e falecida a 23/3/1939. Como campas notáveis temos o Mausoléu do Esportista Amador de Santos - campa de 1964. A outra é o Mausoléu dos Maçons.

domingo, 15 de março de 2009

3º Visita Cemiterial - Cemitério da Filosofia ou Saboó - Santos - SP - 15.03.2009

Antes de qualquer coisa, quero esclarecer que esta visita foi a mais embaçada até agora já feita por problemas de embaço burocrático, pelo nível de segurança que está sendo feito pela prefeitura municipal em questão e por olhares tortos de pessoas que estavam no local que ao invés de olharem pras próprias vidas, perdem seu precioso tempo recriminando a atividade alheia. Sem mais chiadeiras, vamos pra frente...
  • O embate começou quando a pessoa que vos escreve passou na administração do cemitério nos dias que antecederam a visita e fui bem recebido pelo pessoal responsável, porém o que emperra qualquer possibilidade de agilizar o projeto pro local é justamente a burocracia e a falta de discernimento por parte da população municipal em sua maioria que apenas compreende de que cemitério é apenas "depósito de mortos" e possui essa mentalidade tacanha por toda vida...E ainda mais que pessoas que somente querem aparecer decretaram o encarceiramento do local com arames farpados, câmeras de segurança, guardas municipais em rondas de jornadas duplas e até guarita de vigilância !!! Pra vocês terem noção de que isso virou caso de polícia, até...
  • No domingo, mesmo com todo entrave burocrático, eu e o Pedro fomos ao local e logo percebemos que estava muito difícil de andar ali pois iria ter enterro logo mais (teria mais outros 2 mais adiante) e o clima, além de não estar das melhores, havia uma certa hostilidade por parte de algumas pessoas...De qualquer forma, fomos sentar num dos bancos da via de acesso a boulevard principal, que corta praticamente o cemitério todo de cabo a rabo !!!
  • Vimos algumas figuras tarimbadas no local, um maltrapilho que ficava andando de lá pra cá na necrópole sabe-se lá porque, um funcionário de folga que ficou na cola da gente por algum tempo e depois q conversamos o nosso real intuito, ficou sossegado, uns pré-adolescentes que ficavam zoando pelo cemitério sabe-se lá pra q e ainda conhecemos a pessoa que cuida da tão falada campa da Maria Mercedes Fea (a do Crime do Mala) e percebemos que todos os funcionários ali são pessoas simples e que apenas cumprem ordens superiores por razões que todo mundo está careca de saber e não vou ficar aqui repetindo a mesma ladainha.
  • O cemitério em si é o que possui a maior quantidade e diversidade de túmulos da Baixada Santista, provavelmente. Porém, peca por duas coisas: pelo descaso por parte dos gavetões na maioria dos locais destinados aos carneiros e pelo abandono por debaixo dos panos de túmulos seculares para dar espaço a jazigos de famílias tradicionais de Santos e região. Realmente é uma pena pois o local tinha tudo para ser uma referência maior como cemitério (maior do que Paquetá, inclusive) na Região. E no contexto geral, merece um conceito bom, mas está longe de ser um exemplo de Cemitério até mesmo nos patamares brasileiros, como Consolação e Araçá em São Paulo e São João Batista, no Rio de Janeiro.
Ficha

Local: Cemitério da Filosofia (ou Saboó)

Município: Santos - SP

Ano de Inauguração: 1892

Bairro: Saboó

Gestão: Municipal

Pontos Fortes: Arte Tumular em quantidade e qualidade para padrões regionais, vias de acesso amplas, diversidade tumular, preocupação com segurança e atendimento razoável.

Pontos Fracos: Inexistência de algum local de serviço (incluindo bebedouros), por trás da beleza dos mausoléus há locais abandonados, burocacria, local ao seu entorno e grosseria por conta de alguns visitantes.

Nota: 8,0

Motivos: Tudo bem que não é um primor de cemitério, mas também não é nenhuma penúria. Há pontos bem interessantes e sem contar que uma parte considerável da História Santista está ali e inclusive dá para compreender que o local não se limita somente a História da Maria Mercedes Fea. Em seus mais de 26.000 m² em área, a Filosofia é muito mais...Vale a pena visitar, desde que seja safo e torcer para que não surja algum funcionário te urubuzando em vários momentos do dia.

Galeria de Fotos: http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=11014757447727759099&aid=1237131028

Nota: Dedicado especialmente ao Pedro, que fez anos no dia anterior. Felicidades, cara !!! =)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cemitério da Consolação - Documentário

Em outubro do ano passado, a Retro Produções em conjunto com um grupo de darks do Município de São Paulo, elaborou um documentário a respeito do Cemitério da Consolação que retrata mto mais do que a mostra da arte tumular (a mais rica do país, de longe) do local. Quem tiver interesse, os links são:


Parte 1 : http://www.youtube.com/watch?v=dWsZSk1lMko

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=KnXhrWC56Sc

Parte 3 e Final: http://www.youtube.com/watch?v=O1oWeLTiy-Y

Espero que gostem desse documentário...Até domingo...Espero que possa ter + novidades na terceira jornada =)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Povos Celtas - Galícia (ou Galiza)

Fazendo uma Série Especial sobre povos europeus de origem celta, começarei descrevendo, através do Wikipedia, sobre a região celta mais conhecido e difundido entre os países latino-americanos, a Galácia. Bom, a partir de agora, vou deixar o conteúdo segundo o dito site mencionado.
A Galiza (em galego, Galiza ou Galicia, em castelhano Galicia; no Brasil também se utiliza Galícia, adaptação da forma castelhana) é uma comunidade autônoma situada no noroeste da Espanha, ao norte de Portugal, com Estatuto de Nacionalidade Histórica. Localizada no noroeste da Península Ibérica, é limitada a oeste e norte pelo Oceano Atlântico, a leste pelas comunidades de Astúrias e de Castilla y León e a sul com Portugal.
História da Galícia (Galiza) - Etimologia
A denominação deriva do topónimo Gallaecia. Com este nome os romanos identificavam a província do Império Romano que abarcava o terço da Península Ibérica situado ao norte do rio Douro e ao oeste do rio Pisuerga. Ainda que nesta extensa área territorial conviviam grupos humanos assentados desde Neolítico, o nome procede dos Celtas (conhecidos como “celtas de Urnenfelder” (‘campos de urnas'), um grupo de indo-europeus que se assentaram na península durante o período calcolítico (entre 2300 e 1800 a.C.) e posteriormente a partir do século IV a.C. (Celtas da cultura Hallstat ou Sefes).
Os celtas aparecem pela primeira vez nos textos do historiador grego Hecateu de Mileto que em [[517 a.C. se refere a eles com o nome de kéltis κέλτης (‘ocultos'). É possível que esse nome provenha da mitologia grega, na qual se identificava o povo celta como descendente de Celtus transformando-se em Celti (Celtae) ao incorporar-se ao latim.

No entanto o termo celtae era muito genérico para identificar a grande variedade de assentamentos celtas em Europa, pelo que cedo começaram a ser classificados em função das suas línguas ou das deidades que veneravam. Desta forma nas ilhas Britânicas podiam-se encontrar celtas goidélicos e bretões entre outros clãs, enquanto os da Península Ibérica seriam conhecidos como καλλαικouι (kallaikoi), tal como relata Estrabão no século I a.C..

Enquanto kallaikoi era apenas a denominação dos clãs celtas galaicos situados em torno da desembocadura do rio Douro, este termo acabou identificando a todos os do noroeste peninsular.O motivo deve encontrar-se na sua localização, uma privilegiada zona de passagem fluvial e marítima que favoreceu a preeminência da populi (população) chamada Cale (atual Porto),cujos habitantes já seriam chamados caleci ou gallaeci por Plínio. Isto derivaria depois nos etónimos Calecia ou Gallaecia (Galiza) ao norte e Porto Cale (Portugal) ao sul.

A denominação do território consolida-se em 239 d.C. com a reforma administrativa empreendida por Diocleciano quando é criada a província Gallaeciae segregando-a da Tarraconense ao abarcar os conventus Bracarense, Asturiacense e Lucense. O topónimo conservar-se-á inclusive em árabe: nos mapas e textos dos cronistas do Califado de Córdoba, aparecerá como Jalikiah, Yiliqui ou Yilliquiyya. Posteriormente derivaria em Galiza, e em francês, Galyce.

Em quanto à etimologia, a teoria mais consolidada (de Higino Martins, 1990) indica que Galiza procede da raiz indo-europea kala (‘refúgio, abrigo'), que passou às línguas gaélicas como gall (mãe, terra). Esta teoria é aliás coerente com as que vinculam o étimo à Deusa Mãe dos celtas, Cal-Leach, como ao radical já latinizado Cale, de cuja análise se identificam os significados de pedra', ‘ ‘rocha' ou ‘duro' em coerência com a orografia granítica sobre a quais se assentavam estes clãs.
História da Galiza - Resumo
Até ao século XIX, a Galiza estava dividida em sete províncias: Mondoñedo, Lugo, Ourense, Tui, Santiago, A Coruña e Betanzos. Desde essa época, as províncias foram reduzidas a apenas quatro.
Órgãos de governo próprios: Junta da Galiza ou Xunta de Galicia (em galego) e o Parlamento Galego.
Portugal foi um destino migratório para muitos galegos, desde o tempo da reconquista.
Identidade Galega

Atualmente, o Estatuto de Autonomia de Galiza define a Galiza como "nacionalidade histórica". Os dois partidos que acordaram um governo de coligação (bipartido, PSdeG-PSOE e BNG) consideram urgente realizar um novo estatuto de autonomia regional e ambos defendem a consideração da Galiza como nação diferenciada no estado espanhol, tal como expuseram publicamente no chamado debate da investidura, em que foi eleito presidente Emilio Perez Touriño (PSdG).
A "Defesa da Nacionalidade" foi assinada em público (Pacto de Governo), após o acordo de coligação.
Estatuto de Autonomia de Galiza
1936 - O Estatuto de Autonomia da Galiza de 1936 foi um estatuto de autonomia, apoiado amplamente em referendo a 28 de Junho, mas que não chegou a ser aprovado nas Cortes Espanholas, e tão só foi admitido a trâmite, pois a Guerra Civil Espanhola principiou então e a Galiza passou ao poder dos sublevados. A realização do estatuto deveu-se primariamente ao trabalho realizado pelo Partido Galeguista.
1981 - O Estatuto de Autonomia da Galiza (singelamente Estatuto da Galiza), é a norma institucional básica da Galiza.

No quadro da Constituição espanhola de 1978, o Estatuto da Galiza, reconhece a esta Comunidade Autônoma sua condição de Nacionalidade Histórica. Diz que os poderes nos quais se baseia são o próprio Estatuto, a Constituição e o povo galego. Estabelece um quadro democrático de solidariedade entre todos quantos integram o povo galego.

Teve seu precedente no Estatuto de Autonomia da Galiza de 1936, aprovado em 28 de Junho de 1936 por maioria em referendo.
O estatuto recolhe entre outras coisas:
O reconhecimento do galego como língua própria da Galiza (e a co-oficialidade com o castelhano)
Os símbolos próprios do país galego: bandeira, escudo,...
A divisão e organização administrativa do território em províncias, comarcas e paróquias rurais
O reconhecimento das comunidades galegas no estrangeiro
Fazenda e patrimônio próprios
Diversas competências de acordo com a Constituição Espanhola e as leis de solidariedade entre as comunidades que formam Espanha
Em 6 de Abril de 1981, este estatuto foi assinado pelo rei João Carlos I da Espanha, e pelo presidente do governo Leopoldo Calvo Sotelo, no Palacio Real de Madrid.
Cultura
Idioma - A língua galega é a língua própria da Galiza, e assim foi reconhecida legalmente no seu Estatuto de Autonomia, tornando-se uma das suas línguas oficiais. A outra língua oficial é o castelhano, língua alheia ao território e imposta por diversas causas políticas que remontam à Idade Média. Além disso, em várias comarcas de Castilla y León e Astúrias, que limitam com o oriente da Galiza, fala-se também galego. Estas comarcas, separadas da Galiza administrativa no século XVIII, são reivindicadas por uma parte do nacionalismo galego como pertencente à nação galega.

Não existe consenso quanto à relação entre a língua galega e a língua portuguesa. A postura oficial na Galiza afirma a total distinção entre ambas línguas, não havendo nenhuma menção desta semelhança no Estatuto autonômico, o qual prevê apenas a Real Academia Galega como competente para determinar a normativa da "língua própria" da Galiza. Porém no atual acordo ortográfico (2003) é feita uma referência ao português como critério utilizado à hora de elaborar a norma.
No entanto, existe na Galiza um movimento reintegracionista, que defende a tese de que a língua portuguesa e o galego nunca se separaram realmente, sendo variantes da mesma língua, tal como podem ser o português de Portugal e o português brasileiro. Denominam à variante da Galiza como galego, galego-português, portugalego ou português da Galiza.
Curiosidade
Em muitas regiões do Nordeste do Brasil, galego é o termo mais popular para identificar pessoas com aparência Norte-Européia, tal como o vocábulo "alemão" e "russo" são usados em São Paulo. Isso ocorre principalmente porque no Nordeste os alemães não marcaram tanta presença, e portanto durante o período colonial, as pessoas mais claras eram majoritariamente de Portugal do Norte e da fronteira Galega, que foi excluída das grandes navegações espanholas (para tentar evitar o separatismo da nação Suevo-galego-norte-portuguesa) e provavelmente mandou muitos de seus filhos ao Brasil durante o período colonial, sendo quase impossível determinar quantos brasileiros possuem ao menos um ancestral galego hoje em dia.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Rammstein - Sehnsucht (1997)

Ficha

Banda: Rammstein

Origem: Berlim, Alemanha

Álbum: Sehnsucht ("Saudade" em alemão)

Lançamento: 22.08.1997

Gravadora: Motor Music/Slash Records

Componentes: Till Lindemann (vocais), Richard Zven Kruspe (guitarra solo), Paul Landers (guitarra base), Oliver Riedel (baixo), Christoph "Doom" Schneider (bateria) e "Doktor" Christian "Flake" Lorenz (teclados, recursos eletrônicos)

Faixas


1 - "Sehnsucht" ("Saudade") – 4:05
2 - "Engel" ("Anjo") feat. Bobo – 4:25
3 - "Tier" ("Animal/Besta") – 3:48
4 - "Bestrafe mich" ("Me Castigue") – 3:37
5 - "Du hast" ("Eu Tenho/Eu te Odeio") – 3:56
6 - "Bück dich" ("Drobrando") – 3:23
7 - "Spiel mit mir" ("Joga Comigo") – 4:46
8 - "Klavier" ("Piano") – 4:26
9 - "Alter Mann" ("Homem Velho") – 4:25
10 - "Eifersucht" ("Inveja") – 3:37
11 - "Küss mich (Fellfrosch)" ("Me Beija (Sapo Peludo)") – 3:29

Download: http://www.4shared.com/account/file/37284750/90302445/_1997__Sehnsucht.html

sábado, 7 de março de 2009

Cemitérios - Por History Channel

Vou deixar aqui os links relacionados ao documentário elaborado em julho de 2008 pelo Canal a Cabo History Channel, que fala a respeito dos cemitérios, como uma das "Maravilhas Modernas" da Humanidade. Para tanto, o adjetivo mencionado é uma das Seções dedicadas à Grade de Programação do Canal. O documentário está separado em cinco partes e possui dublagem em português (o idioma original é inglês)...Espero que gostem...

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=QRzFvqX2Dno

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=EZ8GtPFIC54

Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=glrSGtBPrU0

Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=sRC3w64_kqc

Parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=_lmYOOUQD1w

Nota: Não sou mto fã da mídia falada, mas tem horas que dá vontade de berrar em alto e bom som: "Deus Abençõe TV a Cabo."

quinta-feira, 5 de março de 2009

Finado Fotolog
Apenas para fins de registro, vou passar o link do meu finado fotolog, que ficou em atividade entre novembro de 2003 a dezembro de 2007 (se bem q tinha parado de postar decentemente a partir de setembro daquele ano) e que ficou conhecido por ser algo diferente da grande maioria dos flogs na ocasião pois retratava mais informação, conteúdo do que poses, caras e bocas, sem brincadeira...
Enfim, não pretendo ressucitá-lo, somente vou colocar a disposição de vcs para fins de pesquisa, muito embora não seja cult (até pq é recente até demais), mas acredito que vale a pena conferir...
P.S.: Quero ver se alguém irá ter paciência de olhar todos os posts que fiz ao longo dessa saga, que foram cerca de 700, pelo menos...

terça-feira, 3 de março de 2009

Cemitério Municipal de São Vicente - Biografia

Como não há fonte confiável disponível falando a respeito, cabe a mim fazer a resenha sobre o Cemitério Municipal de São Vicente.

No Século XIX, as pessoas que morriam no município tinham dois destinos: ou eram enterrados na Igreja Matriz, q se localiza na Praça João Pessoa, ou no Cemitério do Paquetá em Santos. Porém, a grande maioria das famílias não dispunha de recursos para bancar enterro de parente e muitas vezes eram enterrados nas cercanias de suas respectivas casas, causando transtorno que se acumulou com o passar do tempo e que se tornou um sério problema de Saúde Pública. Ainda havia o agravante do surgimento da Peste na Região da Baixada Santista que ceifou muitos munícipes na década de 1880, em especial.

Em 1888, Famílias mais abastadas de São Vicente, incluindo o tão falado Emmerich (oriundo de Hamburgo, Alemanha) adquiriram lotes de terra pertencentes a um sítio situado no atual Parque Bitarú e em meados da segunda metade daquele ano começou o funcionamento do Cemitério Municipal de São Vicente, cuja área era bem menor do que atualmente. Não há dados precisos sobre os primeiros registros de enterros no local, contudo há indícios de que a área correspondente a porção inicial era destinada a pessoas mais abastadas e na porção mais à direita, eram depositados despojos de pessoas oriundas das camadas populares. Todavia, a Necrópole só se tornou "pública" de fato, no começo do século XX, qdo começaram a serem enterrados, pessoas de outras etnias senão a branca.

Com o passar dos anos, houve a ampliação natural do cemitério, sendo que já no começo da década de 1940, adquiriu o tamanho perimetral que se encontra atualmente e havia espaço suficiente para enterros e perpetuação de jazigos familiares, inclusive...Inclusive, algumas famílias de Santos, faziam enterros naquele local pois cobravam taxas mais em conta do que nos Cemitérios do Paquetá e Filosofia, os únicos cemitérios santistas na ocasião.

Porém, na segunda metade dos anos 1970, o Cemitério Municipal passou a ter problemas com espaço disponível para novos túmulos e quase o funcionamento do local entrou em colapso...E então, houve a primeira construção de Carneiros (ou Gavetões) para tentar amenizar esse problema...No começo, esse tipo de modalidade cemiterial era elaborado nas laterais...Ao mesmo tempo, foram criando taxas anuais, bienais e trienais para manutenção da maioria dos túmulos...Era assim: se algum parente de falecido deixar de pagar taxa municipal para a manutenção do jazigo, os restos mortais eram retirados e ficavam depositados no ossuário público, sem identificação alguma, num depósito q fica nos fundos do cemitério...Essa problemática se tornou gigantesca por conta da construção de novos carneiros e a retirada de jazigos tidos como "temporários" e por tabela os gavetões foram se tornando "temporários". Por essa razão atualmente, de cada 10 gavetões, 7 são acimentados de qualquer jeito, 1 fica vazio e cheirando a podre e somente 1 é definitivo, de fato...

Falando em definitivo, no começo da década de 1980, uma Lei Municipal proibiu a concessão de novos jazigos perpétuos no cemitério e adicionado a um outro problema mais grave ainda: a contaminação do lençol freático do seu entorno por chorume cadavérico vindo de lá, causando transtornos do abastecimento de água não apenas no Parque Bitarú, mas em vários bairros à sua volta.

No decorrer da década de 1990, o Cemitério foi rotulado como o mais sujo, decadente e etc. da Baixada pois o local realmente tava uma pena, pois havia problemas de roubo de placas, de fotos dos falecidos, dos adornos dos túmulos, venda ilegal de ossos para serem usados como objeto de estudo pelas Faculdades de Ciências Médicas na região e o permanente estado de abandono em todos os sentidos (Nota do Autor: sou testemunha viva disso). Em 1998, a Memorial Necrópole Ecumênica, junto com a Prefeitura Municipal, fez uma parceria mista para construir a parte vertical na entrada e dar um jeito na estrutura da necrópole, que ainda teria controle público. Houve uma polêmica na época pois os túmulos mais antigos teriam q ser deslocados para novos pontos e ao mesmo tempo, as partes que eram separadas por uma grade de ferro foram substituídas por muretas, que por sua vez foram transformadas em ossuários e essa "tara" por esse tipo de despojo de restos mortais se tornou tão grande que mesmo com a construção da porção vertical, ainda teve espaço para ter mais ossuários...

Em 2001, o primeiro andar foi concluído, porém devido a idas e vindas orçamentárias, aliado à taxas elevadas de pagamento dos lóculos, o local foi sendo liberado aos poucos a passo de tartaruga...Sem contar que o Memorial Metropolitano Vicentino, que fica ao lado, possui serviços bem mais diversificados, porém peca pelo preço elevado de manutenção.

E muito embora atualmente, o aspecto do Cemitério no geral tenha melhorado bastante, ainda há muitos pontos de descaso em ambas as funções cemiterais. De qualquer forma, Cemitério Municipal de São Vicente é considerado como uma das cinco melhores necrópoles da Região, não contando com a Memorial, de Santos, que é um caso à parte.

domingo, 1 de março de 2009

Tour Cemiterial - 2º Visita - Cemitério Municipal de São Vicente - 01.03.2009

Nesta segunda jornada, descobrimos que São Vicente, não é restrito somente a um punhado urbano na região do Centro, Gonzaguinha e Itararé no que se refere a referências do município. A Necrópole apresentada, embora com problemas que iremos apresentar adiante, é muito mais estruturada do que muito cemitério da Região, sendo apontado pelo autor que vos tecla como um dos quatro melhores da Região no que diz sobre riqueza arquitetônica de alguns túmulos, peculiaridades, atendimento decente e perspectiva de visitas futuras mediante autorização da administradora local.

Como é de praxe, no começo havia uma concentração de gente por conta de que tinha acontecido um enterro e depois eu e o Pedro ficamos até assustados porque até o encerramento do expediente (18 hrs da Tarde) havia ocorrido mais 3 enterros !!! E o que pude perceber no local é o seguinte: boa parte dos jazigos são perpétuos (Mediante Decreto Municipal dos anos 90, não recordo qual), porém há uma falta absurda de espaço suficiente para enterrar mais munícipe/morador de São Vicente !! Uma vez que a área é bem pequena (na Ilha de São Vicente, o Cemitério só perde para Paquetá, como o q possui o menor espaço) e para tentar amenizar essa situação dramática, estão sendo construídos carneiros atrás de carneiros, ossuários atrás de ossuários...Pode não enfeiar o local agora, mas com o tempo isso vai se tornar uma coqueluche ao ponto de que nos próximos anos, uma parte do cemitério corre o risco de virar um verdadeiro labirinto cemiterial e o mais grave: repleto de inscrições acimentadas e de prazo de validade curto por conta do aluguel do carneiro...

Parando um pouco de protestar, vamos ao que interessa: a parte vertical, construída a partir de 2001 (inacabada, na verdade), em parceria com a Memorial Necrópole Ecumênica, de Santos, estruturalmente e arquitetonicamente é um tanto quanto sem graça, embora prático e funcional para atender a demanda e tentar desafogar o fluxo de restos mortais depositados na parte "comum" e o lóculo possui o preço de aquisição bem mais em conta em relação ao "irmão" mais rico santista. Todavia, em alguns trechos, o local permanece em obras, ao ponto de sequer ter parapeitos em alguns andares (8 no total). Por outro lado possui uma vista legal do cemitério e suas obras tumulares, mto embora a maioria esteja desgastada pela ação do tempo...

Adentrando a Necrópole, olhamos os túmulos de uma forma bem arquitetônica e bem diferente da Areia Branca, o local possui sim beleza aliada a riqueza histórica de algumas famílias, sobretudo as estrangeiras (italiana, espanhola, portuguesa, alemã e britânica) que fizeram parte de algum momento da História de São Vicente entre o fim do Século XIX e o começo do Século XX. Há pontos sim em que o descaso impera, principalmente na área destinada aos túmulos-anjos (túmulos de crianças) que aparece mais mato do q túmulo e em especial alguns trechos perto dos gavetões recém-construídos, em que alguns túmulos claramente se encontram em péssimo estado, mais por conta do descaso dos familiares, acredito eu.

Sobre o quadro de funcionários, é uma equipe bem esforçada e humilde, muito embora desconfiada...A minha sorte é que bato cartão neste cemitério a anos e fiz questão de falar pros seguranças e pra encarregada da direção isso e pretendo passar por lá daqui a poucos dias pois queria esclarecer algumas dúvidas, até mesmo ser registrado como fotógrafo do cemitério daqui ou de outra necrópole...Vamos ver...

Outro agravante é o acúmulo de chorume cadavérico ter sido tão grande ao ponto de contaminar o lençol freático e o solo de uma boa parte do bairro ao longo de décadas, sendo que apenas recentemente esse quadro parou de piorar...Porém, a situação se tornou irreversível por conta do descaso das autoridades em relação a saúde pública no Município até meados dos anos 1990...

No mais, é um cemitério que surpreende por ter uma boa parte dos túmulos preservados, possui vias de acesso não tão tortuosas em sua grande parte e a porção Vertical é bem arrumada e estruturada.

Ficha

Local: São Vicente-SP

Cemitério: Municipal de São Vicente

Estilo: Misto (Convencional e Vertical)

Ano de Funcionamento: 1888 (Convencional) e 2001 (Vertical)

Pontos Fortes: Acesso Fácil, Funcionários Cordiais, Vias Internas razoáveis e pontos de beleza arquitetônica tumular.

Pontos Fracos: Gavetões em demasia, abandono dos túmulos-anjo, demora da entrega dos demais andades da Parte Vertical, pontos onde o descaso ainda reina e o problema do chorume ter contaminado o lençol freático do Parque Bitarú e adjacências.

Nota: 7,0

Motivo: Muitos não irão entender o porque a nota ter sido, digamos, elevada...Porém, lanço um desafio à vcs: uma vez na vida, visitem esta necrópole e concluirão que é muito mais completa do que muito cemitério conhecido na Região...Tem problemas como toda Necrópole, é inegável...Mas possui História msm...E sem contar que pessoalmente possui um valor sentimental pois tenho parentes, amigos, conhecidos e familiares de alguns amigos meus enterrados ali.

Link das fotos: http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=11014757447727759099&aid=1235920582


Antes de mais nada, uma retificação:

O Link apresentado para baixar o álbum "The Queen Is Dead", do The Smiths, está com problemas...

Este é o alternativo: http://rapidshare.com/files/202252145/The_Smiths_-_1986_-_The_Queen_Is_Dead.rar.html

Senha: kaider