quarta-feira, 28 de outubro de 2009

25º Etapa - Vila Mariana - São Paulo - SP (18.10.2009); 26º Etapa - Memorial Litoral Vertical - Guarujá - SP (25.10.2009) e 27º Etapa - Vila Júlia - Parte II - Guarujá - SP (25.10.2009)



Somente constando via imagens as visitas feitas...Porém, sem resenhas no momento...Acima está Vila Mariana, localizada em São Paulo e que possui as áreas laica e judaica.



Memorial Vertical Litoral - Localizado em Guarujá - SP
 

Cemitério Municipal da Vila Júlia - Localizado em Guarujá.

Nota: A fonte das imagens são do Google Earth.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Produto Descartável

Este texto é de autoria de um amigo meu, mas reflete o que ando sentindo...

Lembro-me que, há alguns anos atrás, principalmente durante a madrugada, a música que tocava no nosso inconsciente se retirava de cena e me vinha uma certeza à tona: nada do que estava sendo vivido me deixaria saudades. Mais precisamente, havia a falta de algo que se pudesse recordar. Mas o tempo passou e no meu interior essas sensações se arquivaram por si só. Permaneceram intactas, como se nunca houvessem existido, até uma fatídica noite em que me deparei com as tais verdades que me sacudiram novamente, mesmo que de forma suave.



Costumo andar por aí observando os rostos e suas expressões, me perguntando se algum deles, em algum momento se sentira deslocado e tão fora de propósito como eu. Confesso que sinto uma espécie de prazer masoquista na constatação da "nobreza" da minha alma, mesmo sabendo o quão sou reles e presunçoso por me oferecer tal alcunha.



Caiu-me nas mãos a constatação cretina e absurdamente real: como poderiam essas pessoas com quem divido a calçada se sentirem como eu? Essas pessoas efetivamente existem, não importando se por vias tortas, mas elas vivem e como vivem! Da maneira delas, isso não importa. Mas, se pudesse eu pegar um gravador e propor a qualquer uma delas que me contasse suas histórias de vida, tenho absoluta certeza que experimentaria ao menos imaginar situações que nem ao menos soubesse que existiam. Pessoas que amam, foram amadas, fazem amizades, inimizades, família, aparentados, situações vexatórias, momentos de glória, viagens, lágrimas, dores, trabalho, dinheiro, compromissos, afeto, crianças, velhos, objetos e animais de estimação, e tantas outras coisas que não consigo enumerar.



Mas o mais inquietante seria: a teia de relações humanas estabelecidas há tempos imemoriais, que faz com que uns se recordem e façam parte da vida dos outros. Simples assim. Cada qual com seus momentos de delicadeza, mas também outros de perturbação.



Sendo assim, fui obrigado a me retirar de tais estatísticas. Sempre estive à margem da vida e de seus desdobramentos, e mesmo quando estive inserido no tal contexto minha participação foi mínima, praticamente nula. Nem fui percebido por quem ali estava naquele instante, e mesmo quando um ou outro deu com as vistas por cima de mim, continuou sua rota como se eu fosse um objeto de decoração, que nada altera na esfera do ambiente. Algo que não desperta paixão nem ódio. Não desperta ao menos indiferença. Não desperta nada, somente ocupa espaço e não possui serventia alguma.



Mas seria imbecil culpabilizar quem quer que seja. Por esse fato, talvez nem a eu mesmo. Sou apagado demais e desprovido de quaisquer atrativos que façam com que as pessoas me olhem com inveja, desdém ou admiração. Passo inclusive pela arena, assumindo em voz baixa que adoraria fazer parte dessa miscelânea de sabores e sensações.



E o que faço eu com tal descoberta? Coloco-a no bolso e continuo, aparentemente, como antes. Mas ainda mais fragmentado.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma pausa nas resenhas...

Apesar de ter sido feita a 25º Etapa (Vila Mariana - São Paulo) meio que nas coxas por razões que não convém contar, as resenhas não serão feitas por alguns dias. Motivos ? Não quero dar satisfação alguma quanto a isso. Entretanto, as visitas ainda serão feitas e possivelmente as análises voltarão. Tenho em mente as próximas visitas, aliás, duas num dia só. E sobre quem vai comigo ou não somente digo uma coisa: eu chamo quem eu quiser, afinal, o conhecimento é para ser difundido e não ficar restrito a um grupo para depois ficar se gabando para aparecer pisando nos outros e ainda ter a arrogância de que está correto(a) em tomar esse tipo de atitude, certo ?

domingo, 18 de outubro de 2009

Denúncia - Areia Branca - Santos - SP

Essa não podia deixar em branco !!!

Nesta semana, um amigo meu me passou fotografias que ele tirou do Cemitério da Areia Branca e mostra realmente o estado lamentável de fileiras de carneiras (ou gavetões, se preferir) que estavam num aspecto bem deplorável. Até aí nenhuma novidade, até que logo recebi uma informação de um outro amigo meu sobre o seguinte: uma outra fileira de carneiras simplesmente desmoronou por conta da pluviosidade acima do normal nesses dias. Para comprovar a veracidade dos fatos, vou passar na íntegra a nota dos Atos do Chefe da Seção do Cemitério Municipal da Areia Branca (nota: serão citados nomes sim pois isso é utilidade pública e quem tem que correr atrás é o munícipe !!!)

ATOS DA CHEFE DA SEÇÃO DO CEMITÉRIO DE AREIA BRANCA - EDITAL Nº 009/2009

Faço público, que devido a chuva e o acumulo de água no jazigo nº 02-A de adultos, no CEMITÉRIO DE AREIA BRANCA, parte do referido jazigo desmoronou afetando dez gavetas, nas quais existiam cinco ocupadas e houve a necessidade de remanejar os restos mortais para outros carneiros de muro. Relacionado abaixo os nomes dos falecidos e os numeros dos carneiros para onde foram efetuados os traslados. Solicitamos que os responsáveis pelos sepultamentos compareçam a administração do cemitério para efetuar a retificação nos recibos. Outras informações poderão ser fornecidas pelo telefone 3203 - 2906.

Carneiro de muro nº 33-A , Maria Sueli Tinoco, fal, em: 04/10/2006, concessão temporária à vencer em: 04/10/2011 , responsável Tania Mara Caldeira Vieira de Farias - traslado para o carneiro de muro nº 496 do jazigo n° 01 de adultos.

Carneiro de muro nº 34-A, Lídia Bravo de Oliveira, fal, em: 23/09/2008, concessão temporaria à vencer em; 23/09/2013, responsável Pedro de Oliveira - traslado para o carneiro de muro nº 500 do jazigo nº 01 de adultos.

Carneiro de muro nº 35-A, vazia

Carneiro de muro nº 36-A, José Osni de Lima, fal, em: 23/09/2008, concessão temporária à vencer em: 24/09/2013, responsável Débora Valquiria
de Jesus de Lima - traslado para o carneiro de muro nº 516 do jazigo nº 01 de adultos.

Carneiro de muro nº 37-A, despojos até o momento não identificado - traslado para o carneiro de muro nº 504 do jazigo nº 01 de adultos.

Carneiro de muro nº 38-A, vazia

Carneiro de muro nº 39-A, vazia

Carneiro de Muro nº 40-A, Maria Mangueira da Conceição, fal, em: 01/03/2004, concessão temporária vencida em: 02/03/2009 - traslado para o carneiro de muro nº 512 do jazigo nº 01 de adultos.

Carneiro de muro nº 31-B - vazia

Carneiro de muro nº 32-B - vazia

SONIA CRISTINA DOS SANTOS
REGISTRO 19.922-4
CHEFE DA SECEM-AB


Fonte: Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Santos - Página 8

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Aviso

Apenas seguindo cronograma para fins de incrementar informações referentes ao projeto...Futuramente será feita resenha de visitas feitas no Interior de SP por pessoas dispostas a ajudar a empreitada disso aqui !!! Espero que seja de agrado aos que gostam do tema.

sábado, 10 de outubro de 2009

Desabafo

Tenho me sentido muito só ultimamente, apesar de ter convivido com pessoas ao meu redor. Não que estar só seja uma novidade para mim, e nem que isso se constitua um dramalhão. Mas, de qualquer forma, tem sido uma solidão diferente, tenho tido necessidade de contar o que me angustia e em certa medida me transforma no ser cotidiano que não entende a si mesmo e vê na palavra uma forma de expressão.

Antes, em alguns momentos do dia, principalmente naqueles mais silenciosos, me deparava com uma espécie de finalização de algo que não conseguia entender o que seria, muito menos hoje. Mas alguma coisa me fazia sentir como se houvesse um limiar entre eu e o que estava ocorrendo mundo afora; no mundo exterior, havia pessoas chorando, amando, sofrendo, sorrindo, vivendo, cuidando dos seus afazeres, trabalhando, estudando; enfim, vivendo, e eu me sentia à margem de tudo isso, como se eu pertencesse a uma espécie diferente de seres humanos, onde certos tipos de sentimentos eram velados ou mesmo censurados. Como se houvesse um grande tapume que me impede de viver intensamente situações que para os outros são usuais, mas para mim se transformam em acontecimentos extraordinários. Se eu os vivesse adquiria certa experiência de vida que me transformaria profundamente.

Tenho vontade de dizer, não sei bem o que, o tema pode se soltar por si só no momento propício em que o meu desespero encontra um interlocutor que se solidariza com a minha angústia e apenas ouve o que digo, sem emitir opiniões. Apenas o uso como ferramenta do meu alívio por dividir esse fardo com ele. Mas esse ele não existe, e mesmo que exista tenho receio de falar certas coisas que me afastem dele, porque há coisas que não podem nem devem ser ditas. Mas não consigo fazer uma distinção do que pode ser de domínio público e do que apenas pertence ao meu íntimo discreto. Só depois, percebo que seria melhor que eu houvesse me omitido de contar certas coisas.

Nada de extremamente grave. A minha vida não é assim tão recheada de acontecimentos extraordinários que possam deslumbrar o ouvinte. Tenho uma existência comum, que não interessa à grande maioria das pessoas. De qualquer forma gostaria de ser ouvido, compreendido e acariciado, tenho necessidade de que me deixam deitar a cabeça no seu colo e me ouvir divagar, imaginar, sentir, confabular. Nada que uma pessoa carente não sinta necessidade. Muitas vezes uso uma armadura me intitulando auto-suficiente e partidário do individualismo, mas em certos momentos sei o quanto me custa esse discurso no qual eu mesmo me vejo desacreditando em algumas situações. Gostaria que alguém me dissesse algo que me fizesse sair do marasmo, me fornecesse uma lanterna que me tirasse desse túnel em que entrei mas não consigo visualizar saída. As pessoas passam por mim e nem se apercebem que eu as olho pedindo ajuda, atenção, afeto. Não costumo ser tão piegas. Mas tem momentos em que saber que o tempo está passando e a solidão é a sua única companhia consegue desestabilizar o mais equilibrado dos seres. Não que a solidão seja tão ruim assim. Ela é muito benéfica em muitas situações. Mas em outras esse silêncio cortante e constrangedor é uma espécie de maldição devastadora que engole todos que estão pelo seu trajeto.

Enfim, acho que já disse o que me afligia. Ah, não posso continuar me enganando. Há ainda muita coisa a ser dita que não consta aqui. Talvez porque nem eu mesmo sei o que afetivamente quero. Só tenho a certeza absoluta de que preciso de alguém que me ouça e me compreenda de verdade. Só assim terei alguma esperança…

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

24º Etapa - Caminhos Cemiteriais - Memorial Metropolitano - São Vicente- 07.10.2009



Foi feito algo inédito até então: visitas em dia útil...É fácil de explicar: como a Faculdade pela qual faço parte está em Semana de Tecnologia, isto é, sem aula, ficou mais fácil de fazer essa visita, que foi combinada ao longo dos dias anteriores juntamente com uma funcionária da Necrópole. Sem mais delongas, vamos ao breve resumo dos acontecimentos.

O Memorial Metropolitano foi concebido em 2001, como uma alternativa viável frente ao superlotado Cemitério Municipal (juntamente com ala vertical e horizontal) e o formato é semelhante ao Memorial de Santos e pára por aí pois as empresas são distintas e a forma como é implementada o prédio em si, idem. O local possui algumas coisas que lembram somente um pouco o Memorial, tais como : padronização dos lóculos, atendimento personalizado, lanchonete, sensação de bem estar num momento de perda, entre outros fatos. Todavia, além da localização, outro aspectos devem ser levados em consideração:

- lóculos dedicados a pessoas cuja capacidade corpórea ultrapassa 200 kgs;
- Uma ala dedicada àqueles que contribuíram pelo Município;
- Estacionamento subterrâneo;
- Cobertura com vista panorâmica do Município, sendo que este último está em reforma.

Contudo, o atendimento foi cordial e eficaz e basicamente, além dos cuidados necessários, foi uma conversa amistosa de pessoas que prezam pelo bem estar, sem adulações, obviamente.

Vamos a Ficha.

Ficha

Nome:Cemitério Memorial Metropolitano
Localização:Parque Bitarú - São Vicente - SP
Inauguração:2001, mas foi concluída de fato em 2007
Estilo e Gestão: Horizontal e Privada
Pontos Fortes:Infraestrutura boa e com raros pontos defeituosos que podem ser corrigidos com o tempo.
Pontos Fracos:Não sei se chega a ser ponto fraco, mas posso apontar dois: Localização de certa forma e insegurança no período noturno por conta do seu entorno msm.
Nota:8,0
Motivos:Não leva nota maior pois o empreendimento é recente ao ponto de ter baixos sepultamentos/mês (em média entre 15 e 20) e pela localização ruim geograficamente falando, além de volta e meia ter problemas de reforma aqui ou ali para fins de consolidação ou talvez ampliação futura. Fora isso, é um local agradável em todos os sentidos no ambiente interno.

domingo, 4 de outubro de 2009

23º Etapa - Caminhos Cemiteriais - Filofosia - Santos - 04.10.2009



Mais uma etapa do projeto em que teve momentos bizarros e "away" dignos de risada (para não chorar) em mais uma visita a Filosofia...Antes de prosseguir, um aspecto anda sendo de Lei por aqueles lados: CHUVA !!! Isso mesmo, assim como a última visita, o tempo estava feio demais...Só que não foi o diferencial do resultado final e sim sobre um acontecimento que descreverei adiante.

Primeiramente, o meu parceiro desta etapa foi meu velho amigo Dirceu, que topou ir na Filosofia pois tem parentes lá e decidimos encarar o tempo meio que "chove não molha" por lá e aquele clima de embaço constante de sempre...Apesar de que estava mais light pro nível de lá e deu para tirar um número razoável de fotos. Em suma: a situação estava semelhante a visita anterior mas com alguma possibilidade de fuga..Porém, um acontecimento quebraria todo um marasmo que parecia imperar: em frente a uma capela mortuária havia sinais de restos de lâmpada fria no chão, mais precisamente na parte final do cemitério. Repentinamente, logo após ter tirado umas fotos, veio um carro da Guarda Municipal para ver o ocorrido e confesso que por um momento gelei mas fui conversar com eles numa boa (é a segunda vez consecutiva que um carro de polícia veio adentrar num cemitério) e pelo aspecto inicial dava para suspeitar de que havia tido alguma depredação, mas como não foi detectado nada no monitoramento local de segurança (implementado no ano passado), foi no visual mesmo e os policiais perguntaram se nós tínhamos visto antes a cena e dissemos que sim e foi verificado que algum bêbado veio e arrebentou as lâmpadas que estavam coladas em frente a capela mortuária e basicamente foi o que aconteceu...Os guardas sugeriram que nós fôssemos sair da parte dos fundos pois estava muito perigoso e deserto e que havia risco de problemas...Decidimos seguir o conselho e fomos para a frente do cemitério por alguns minutos, cumprimentamos o guarda que estava por perto e fomos embora sem maiores transtornos depois...Ah, no dia houve um velório e obviamente o sino tocou naquele momento, isso bem antes da chegada do nada do carro da guarda municipal. Realmente as coisas tem acontecido de forma repentina...Por outro lado, ainda pretendo, não sei quando dar as caras lá pois realmente é algo desafiador, no bom sentido. Só penso que a prefeitura deveria embaçar menos e ser ágil na decisão para evitar futuros aborrecimentos de todos, certo ?

Foto: Mausoléu do Esporte Amador de Santos - Filosofia - Santos

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Turismo em Cemitérios - Cemitério Parque Senhor do Bonfim - 17.09.2009

O turismo em cemitérios é visto com naturalidade em diversos países, salvo exceções como o Brasil. Passear e fazer turismo nesses locais é um hábito estranho para o brasileiro que, por costume, é avesso a tudo o que se assemelha com o mórbido. Mas não é o que pensam alguns paulistanos, além de uma multidão de turistas que acorrem a cidade.
São Paulo possui 40 cemitérios. Os mais conhecidos são o Cemitério do Brás (conhecido também como Quarta Parada), Cemitério São Paulo, de Congonhas, dos Protestantes (que faz parte de uma “rede” de necrópoles), de Vila Formosa, do Araçá, do Morumbi e da Consolação.
O maior cemitério é o de Vila Formosa, com quase 200 mil sepulturas. Um dos menores é o Cemitério da Ressurreição, localizado ao lado do Araçá.
A seguir uma lista de informações e curiosidades sobre alguns dos principais cemitérios de São Paulo. Por meio dela, é possível saber quais vale a pena visitar.


CEMITÉRIO DO BRÁS

Conhecido como Cemitério de Quarta Parada, fica propriamente na região do Tatuapé, colado a avenida Salim Farah Maluf e a poucos metros da estação Tatuapé do Metrô. É um dos mais antigos de São Paulo.
POR QUE É INTERESSANTE – Possui um rico acervo de arte tumular. Há um grande número de famílias italianas sepultadas lá.
PERSONALIDADES SEPULTADAS: Jacinto Figueira Jr. (conhecido como O Homem do Sapato Branco) e Vicente Matheus (ex-presidente do Corinthians).
SANTOS DO POVO: Filisbina Muller (seu corpo foi exumado três vezes e, segundo consta, permanece intacto).


CEMITÉRIO DO MORUMBI

Situado numa das regiões mais nobres de São Paulo, o Morumbi é um cemitério-parque, totalmente diferente de cemitérios tradicionais como os do Araça, Brás e Consolação.
POR QUE ELE É INTERESSANTE: Como a maioria dos cemitérios-parques são parecidos, não há quase que o diferencia a não ser os seus mortos ilustres.
PERSONALIDADES SEPULTADAS: Elis Regina, Ayrton Senna, Altemar Dutra, Consuelo Leandro, Ronaldo Golias e Clodovial Hernandez.
SANTOS DO POVO: não foram encontrados registros.


CEMITÉRIO DO ARAÇÁ

Localizado nas imediações do estádio do Pacaembu, o Cemitério do Araçá é vizinho de três outras necropolis: Redentor, Sacramento e Consolação.
POR QUE É INTERESSANTE: Um dos seus principais atrativos são as bancas de flores, que abrem sete dias por semana. Outro atrativo é, obviamente, a arte tumular, que faz dele um dos cemitérios mais visitados de toda a grande São Paulo. Pena que, ao contrário do Cemitério da Consolação, não existam guias sobre arte tumular. O visitante só conseguirá identificar (e encontrar) as obras de arte na base da sorte.
PERSONALIDADES SEPULTADAS: Assis Chateaubriand, Nair Bello, Cacilda Becker, Pedro Mattar, Laerte Morrone, José Mauro de Vasconcelos, Haroldo de Campos e o guitarrista Wander Taffo.
SANTOS DO POVO: João dos Santos Franco Sobrinho.
ARTE TUMULAR: São poucas as esculturas de artistas e ateliês conhecidos, mas é possível encontrar obras do escultor Enrico Bianchi.


CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO

Inaugurado em 1958, é o mais antigo cemitério de São Paulo. Sua localização é privilegiada, a meio caminho do Centro e da avenida Paulista. Tem como vizinhos os cemitérios do Araçá, dos Protestantes e do Sacramento. Fica a poucos metros da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), da Universidade Mackenzie, da avenida Angélica, Shopping Pátio Higienópolis e Estádio do Pacaembu.
POR QUE É INTERESSANTE: Possuiu um dos mais ricos acervos de arte tumular do país. Um dos mais belos túmulos é o da família Jafet, a poucos metros da adminstração. Abriga o maior túmulo da América Latina, pertencente a tradicional família Matarazzo. O número de personalidades sepultadas também é grande. O Consolação é um dos poucos cemitérios com guia turístico e folhetos com a história e localização de obras de arte e túmulos de famosos.
PERSONALIDADES SEPULTADAS: Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Armando Bogus, Rubens de Falco, Oswald de Andrade, Washington Luis, Marquesa de Santos, Victor Brecheret, Ramos de Azevedo, Guiomar Novaes, Campos Sales e outros.
SANTOS DO POVO: Antoninho da Rocha Marmo (garoto que morreu de tuberculose aos 12 anos e que até hoje é considerado milagreiro pelo povo) e Maria Judith de Barros.
ARTE TUMULAR: Possui esculturas de artistas consagrados como Amedeo Zani, Rodolfo Bernardelli, Nicola Rollo, Galileu Emendabili, Luigi Brizzolara, Bruno Giorgi e o conhecidíssimo Victor Brecheret.



RECOMENDAÇÕES E CURIOSIDADES:

- Não se assuste se cruzar com um gato preto entre os túmulos do Cemitério do Araçá (a não ser que você seja supersticioso). Gatos costumam ser abandonados no local e alimentados por pessoas que visitam o cemitério.

- Muitas vítimas da gripe espanhola, que assolou o mundo no início da década de 1920, estão sepultadas no Araçá. O estado de abandono dos túmulos chega a ser impressionante.

- Aproveite a visita ao Araçá para ir no pequeno Cemitério Redentor (ou Redemptor), também conhecido como Cemitério dos Protestantes, que fica na mesma avenida. Ao invés jazigos faraônicos, o Redentor abriga túmulos simples. Cada túmulo é um jardim. As árvores são identificadas e possuem casinhas de pássaros. Não me interprete mal, mas a sensação de paz e tranquilidade no local é grande.

- Durante a visita ao Cemitério dos Protestantes, preste atenção nas lápides. A maioria dos mortos são imigrantes alemães e ingleses. Entre os ingleses, muitos vieram para trabalhar na construção da Estação da Luz.

- Visite também o minusculo Cemitério do Sacramento, onde estão sepultados dezenas de padres e freiras. Ele é colado ao cemitério do Araçá.

- As bancas de flores da Dr. Arnaldo são atraentes… pena que os vendedores sejam tão chatos! Eles assediam todos que por lá passam.

- Se quiser apreciar mais arte tumular e ver outros túmulos de famosos (e estiver a fim de bater perna!!), desça a avenida Cardeal Arcoverde e visite o Cemitério São Paulo. Aos sábados, ocorre a feira de antiguidades da Praça Benedito Calixto, logo ao lado.

- O Cemitério da Consolação possui guia turístico, mas se quiser, vá a administração e peça o mapa com a localização dos túmulos de famosos e obras de arte.

- Não é permitido fotografar em nenhum cemitério. Em alguns, o risco de ter a câmera apreendida é muito grande. Tirar fotos, só com autorização.

- O Cemitério do Morumbi é um dos mais visitados por estrangeiros, boa parte japoneses. Explica-se: eles querem visitar o túmulo de Ayrton Senna, que ainda é muito querido no Japão.