terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobre a Catástrofe na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro e os Cemitérios da Região - Relação

Botarei notícias referentes sobre o assunto para compreenderem que a Catástrofe foi tamanha que todo mundo naquela região tá tendo que se virar para poder enterrar seus entes queridos de maneira digna e compreenderem sobre esta associação dos cemitérios com a Tragédia.

Desativação de parte de cemitério de Nova Friburgo possibilitou sepultamentos de mortos pela chuva



Cerca de 180 corpos de vítimas das chuvas que atingiram o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, foram sepultados até ontem no cemitério São João Batista, no centro da cidade. Os demais corpos, de um total de 286 mortes confirmadas até a noite desse domingo, aguardavam para identificação em uma unidade provisória do Instituto Médico Legal (IML), no Instituto Educacional de Nova Friburgo, já que a sede oficial está interditada.


De acordo com a coordenadora de Cemitérios do município, Inês Darlieux, os sepultamentos foram possíveis porque cerca de 500 gavetas estavam sendo desativadas e, portanto, vazias.


- Foi preciso desativar essas gavetas porque uma área do cemitério vai deixar de ser usada. Ela estava comprometendo a estrutura do espaço, então foi a salvação. Se não tivéssemos essas gavetas disponíveis, provavelmente esses corpos teriam que ser enterrados em valas cavadas às pressas como vimos em outros municípios da região, também atingidos pelo temporal - afirmou.


Até ontem, os corpos estavam sendo encaminhados apenas para o São João Batista. O município conta com outro cemitério, o Trilha do Céu, em Conselheiro Paulino, mas o acesso ao local só foi liberado nesse fim de semana.


Inês Darlieux explicou que assim que os corpos são liberados pela Justiça, após a identificação, eles são levados ao cemitério e rapidamente sepultados, sem velório. Na tarde de ontem, apenas um corpo esperava na única capela do cemitério, sem a presença de nenhum parente.


O assistente de manutenção do São João Batista, Cristiano Marinho, se tornou coveiro voluntário para acelerar os sepultamentos, em maior volume nos primeiros dias após a tragédia. Emocionado, ele contou que teve que enterrar alguns vizinhos.


- Foi muito triste, acabei enterrando alguns amigos que moravam perto de mim, no bairro do Alto do Floresta. Em vários momentos, tive que parar um pouco o trabalho para chorar no cantinho. Nunca pensei que isso aconteceria. Acabou tudo por lá - disse.

Fonte da Notícia

Jornal Extra

15/01/2011 às 18:14

Tragédia sobrecarrega cemitérios da Região Serrana


RIO - Quinta-feira à tarde, alguém avisou no cemitério São João Batista, em Nova Friburgo, aos coveiros e aos voluntários que ajudavam a enterrar os corpos das vítimas das chuvas: "Agora vai uma família de quatro e, depois, uma de cinco". Durante todo aquele dia, foram 40 enterros somente ali.


Na manhã seguinte, em 30 minutos de abertura do cemitério, oito pessoas já tinham sido sepultadas, num ritmo que aumenta diariamente, à medida em que os corpos vão sendo reconhecidos e liberados com mais rapidez. Na média, uma pessoa é enterrada a cada hora. Tanto trabalho tem abalado até mesmo quem está acostumado com a rotina fúnebre - os coveiros.

- Confesso que fiquei abalado. A gente vê criancinhas de 2 anos, como as que já enterrei, e não tem como não ficar incomodado. Na quinta-feira, sepultei 11 pessoas. Em dias normais, são duas, uma, às vezes, nenhuma...

A frequência constante de enterros faz com que os parentes sequer tenham tempo de chorar pelos mortos. Para as gavetas do cemitério, são encaminhados de dois em dois corpos. Na sexta-feira, três dos oito coveiros tinham faltado ao trabalho. Ficaram ilhados em seus bairros. Dos cinco que compareceram, três ficaram trabalhando nas sepulturas perpétuas e os outros dois, nas gavetas, ajudados por voluntários e 15 funcionários da prefeitura local.

- Os próprios familiares estão levando os corpos, já que não há coveiros suficientes. Nas gavetas, os funcionários do cemitério e da prefeitura fazem os enterros em equipes. Um limpa o local, outro levanta o caixão, e outro veda a gaveta - diz Uerbiton Valle de Ângelo, de 42 anos.

No Cemitério Carlinda Berlim, em Teresópolis, 20 coveiros trabalham durante todo o dia.

Fonte da Notícia
 
Reportagem feita pela Rede Record do Rio sobre o espaço insuficiente para enterrar tantas vítimas nos cemitérios da Região Serrana do RJ : RJ no Ar
 
 

14/01/2011 - 15h37
da Folha.com

Justiça determina exumações em cemitério de Teresópolis (RJ)
 
HUDSON CORRÊA

ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

A pedido do Ministério Público Estadual, a Justiça autorizou a exumação antecipada de corpos, sepultados em 2007 no cemitério municipal de Teresópolis, na região serrana do Rio, para que vítimas das chuvas possam ser enterradas.

Ao menos 516 pessoas já morreram na região, 228 só em Teresópolis, de acordo com balanço divulgado na tarde desta sexta-feira.


Segundo a Promotoria de Justiça, a legislação municipal prevê a exumação somente após quatro anos do sepultamento. Ou seja, enterrados em 2007 seriam exumados ao longo de 2011, conforme fosse completando o quarto aniversário do enterro.

Pela decisão judicial, "os restos mortais devem ser encaminhados ao ossuário geral". A Promotoria fez o pedido à Justiça por soliticação da prefeitura.

O Ministério Público ainda não tinha informação sobre quantos corpos serão exumados.

Em Nova Friburgo, o Ministério Público do Estado do Rio fez um apelo aos parentes de vítimas das enchentes em Nova Friburgo para que compareçam hoje à quadra de esportes do Instituto de Educação na cidade para realizar o reconhecimento dos corpos.

Fonte


Justiça do Rio antecipa exumação de corpos em cemitérios


Pedido foi feito devido falta de locais para os sepultamentos das vítimas das enchentes ocorridas na Região Serrana; prazo para liberação de cadáveres foi diminuido de quatro para um ano

14 de janeiro de 2011
20h 23

Pedro da Rocha - Central de Notícias


SÃO PAULO - A Justiça do Rio de Janeiro autorizou nesta sexta-feira, 14, a antecipação, em um ano, da exumação de corpos enterrados, em 2007, no Cemitério Carlinda Berlim, no Vale do Paraíso. O pedido de antecipação havia sido pedido pela Direção dos Cemitérios Municipais ao Ministério Público do Rio, pela falta de locais para os sepultamentos das vítimas das enchentes ocorridas na Região Serrana.

Na prática, a decisão antecipa em um ano a exumação que, de acordo com a legislação municipal, deveria ocorrer no prazo de quatro anos.

Na manhã de hoje o MP enviou para a Região Serrana dois peritos legistas da equipe do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) para ajudar na identificação e liberação dos corpos.

O MP requisitou aos parentes das vítimas fatais das enchentes, em Nova Friburgo, para que compareçam à quadra de esportes do Instituto de Educação de Nova Friburgo, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, no Centro do município, para o reconhecimento, liberação e o sepultamento dos corpos.

Elas devem levar fotografias de seus familiares onde os dentes deles estejam à mostra, facilitando a identificação dos corpos que estão em estado avançado de decomposição.

Fonte