quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cemitério da Consolação - Por Wikipedia




O Cemitério da Consolação é a mais antiga necrópole em funcionamento na cidade de São Paulo e uma das principais referências brasileiras no campo da arte tumular. Localiza-se no distrito da Consolação, na região central da capital paulista. Primeiro cemitério público da cidade, foi inaugurado em 1858 com o nome de Cemitério Municipal, com o objetivo de garantir a salubridade e evitar epidemias, substituindo o hábito então recorrente de sepultar os mortos nos interiores das igrejas. Atualmente, é um dos 22 cemitérios públicos administrados pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo.
Com a prosperidade advinda da cafeicultura e o surgimento de uma expressiva burguesia em São Paulo, o Cemitério da Consolação passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome, para ornamentar os jazigos de personalidades importantes na história do Brasil, como Campos Sales, Washington Luís, marquesa de Santos e Monteiro Lobato. Entre os artistas que produziram obras para o cemitério encontram-se Rodolfo Bernardelli, Victor Brecheret, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes. Mantém visitas guiadas, por meio do projeto “Arte Tumular”.


História


Antes da sua construção os sepultamentos eram realizados nas igrejas e em seus arredores, o que trazia problemas de saúde pública. Com a aparição de idéias de sanitarismo e higiene, os governos das cidades criaram os primeiros cemitérios públicos.
Em São Paulo, por força do Ato Institucional do Imperador, foi-se consolidando a idéia da construção de um cemitério público de uso geral pela população. Assim, Carlos Rath incumbiu-se da missão de arquitetar o novo cemitério. Foram anos de discussão na Câmara Municipal antes de sua efetiva inauguração.
Em seus primeiros anos, o cemitério da Consolação era o lugar de sepultamento de pessoas de todas as classes sociais, incluídos os escravos, que foram transferidos do cemitério dos Aflitos.
Já a partir do século XX, o cemitério passa a receber quase que exclusivamente pessoas da alta classe média e da burguesia - notadamente os nouveaux riches - devido ao loteamento dos terrenos em jazigos perpétuos vendidos pela prefeitura. À época, um túmulo suntuoso era visto como sinal inequívoco de status social. Havia verdadeira competição entre as famílias abastadas, que construíam jazigos cada vez mais sofisticados, em materiais nobres como mármore e bronze. A ornamentação ficava a cargo de artistas de primeira grandeza, que tinham na arte tumular uma atividade com demanda estável e altamente lucrativa.
Desde então, o cemitério abriga túmulos de personalidades e famílias ilustres da sociedade brasileira e paulista, sendo também referência em arte tumular no Brasil, com importantes obras de arte de escultores como Victor Brecheret, Celso Antônio Silveira de Menezes, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara e Galileo Emendabili.


Localização


Localizado inicialmente na periferia de São Paulo, no ponto mais distante, acaba depois de um crescimento da economia cafeeira cercado de casarões da elite paulista.
O cemitério tem acesso pela Rua da Consolação, 1660.


Personalidades Sepultadas


No Cemitério da Consolação encontram-se os restos mortais de muitas personalidades importantes da História do Brasil.
Lá se encontra a tríade Modernista: Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade,o escritor modernista Antonio de Alcantara Machado, sepultado ao lado do pai o jurista José de Alcantara Machado e do avô Brasílio Machado, nomes da politica brasileira como os presidentes Campos Sales, e Washington Luís e os governadores Ademar de Barros, Bernardino José de Campos Júnior e Roberto Costa de Abreu Sodré, o prefeito Fábio da Silva Prado, personalidades como a Marquesa de Santos, o Barão de Antonina (João da Silva Machado) e sua filha Maria Antonia da Silva Ramos, em capela em mármore carrara século XIX, com brasão de armas em bronze, tombada pelo CONDEPHAAT, o Barão de Anhumas (Manuel Carlos Aranha), a antropóloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso, o escritor Monteiro Lobato, o arquiteto Ramos de Azevedo, empresários como Cândido Fontoura, Roberto Simonsen e Rodolfo Crespi, o fazendeiro Geremia Lunardelli, a aristocrata paulista e mecenas das artes Yolanda Penteado, o acordeonista Mario Zan e santos populares como Antoninho da Rocha Marmo.
Um dos destaques do cemitério é o colossal mausoléu da família Matarazzo, o maior da América Latina, que do subsolo ao pico possui 25 metros de altura. Tem o tamanho aproximado de um prédio de 3 andares, ocupando uma área de 150 metros quadrados. É ornamentado por um impressionante conjunto escultório em bronze italiano, obra de Brizzolara. Segundo jornalistas á época de sua construção, teria custado praticamente o mesmo que o Hospital Umberto I.


Visitação:


O cemitério tem acesso gratuito e aberto todos os dias das 7 às 18 horas e as visitas monitoradas são feitas das 8 às 15 horas.




Maiores Informações:


História e Arte do Cemitério da Consolação - Elaborado pela Prefeitura Municipal de São Paulo - http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/cemiterio_baixa_1219246534.pdf