quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cemitério de Santo Amaro - Recife

O Cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção, mais conhecido como Cemitério de Santo Amaro, é o maior cemitério do Recife.

Projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, iniciado no governo de Francisco do Rego Barros, foi inaugurado em 1 de março de 1851, tendo se destinado, inicialmente, ao sepultamento de pessoas vitimadas pelo surto de febre amarela, que não podiam ser sepultadas em igrejas, como era o costume da época. Sua arquitetura é radial, com túmulos distribuídos ao longo de ruas que partem de um ponto central. É a maior exposição de arte ao ar livre de Pernambuco, com centenas de mausoléus de grande porte.

Capela

No ponto de confluência de suas ruas, está erguida uma capela, também projetada por Mamede Ferreira, mandada construir pela Câmara Municipal do Recife em 1853.
Trata-se de um monumento de puro estilo gótico de cruz grega, fechada por uma só abóbada, de uma belíssima e arrojada construção, e de grandeza proporcional ao fim a que é destinada, sem campanário e sem dependências.

Foi restaurada e melhorada em 1899 e 1930.
Sepulturas

Vários mausoléus se destacam no cemitério:
  • Agamenon Magalhães
    Barão de Mecejana
    Conde da Boa Vista
    Gregório Júnior
    Joaquim Nabuco
    José Mariano
    Maciel Monteiro
    Maciel Pinheiro
    Manuel Borba
    Mário Sette
    Martins Júnior
    Muniz Tavares
    Nunes Machado

    Além dos mausoléus que se destacam, e de centenas de outros, há no cemitério sepulturas simples. Encontram-se sepultados, entre outros, os corpos de:
  • Alcides Teixeira, deputado estadual
    Carlos de Lima Cavalcanti, governador de Pernambuco
    Demócrito de Sousa Filho, estudante pernambucano morto em praça pública por forças do governo em 1945
    Estácio Coimbra, governador de Pernambuco
    Padre Félix Barreto, sacerdote, educador e escritor
    Joaquim Inácio de Almeida Amazonas, primeiro reitor da Universidade Federal de Pernambuco
    Manuel Antônio Moraes Rego, prefeito do Recife
    Maria Júlia do Nascimento, Dona Santa, rainha do Maracatu Nação Elefante
    Miguel Arraes, governador de Pernambuco
    Conselheiro Rosa e Silva, vice-presidente da República no governo Campos Sales
    Vicente do Rego Monteiro, pintor e poeta.
Túmulos visitados

No cemitério, dois túmulos são visitados por pessoas à procura de bênçãos. Um é o de "Alfredinho", o menino que morreu em 1959, aos 11 anos, e passou a ser cultuado como santo pela população. O outro é o da "Menina Sem Nome" , que foi encontrada morta em 1970 no bairro do Pina e nunca foi idenficada. Os devotos oferecem promessas a eles e acreditam que podem alcançar milagres.