sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cemitérios em Cascavel - PR - Solo Monitorado

Tudo bem que a notícia veiculada é de março, mas vale a pena mostrar para fins de conhecimento e também pelo fato de que pelo menos em um município (Cascavel-PR), as autoridades municipais começaram a se mexer.

"Cemitérios terão solo monitorado
23-03-2009

A Acesc (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel) construiu quatro poços de monitoramento do lençol freático no cemitério do Bairro Guarujá para fazer exames da água por amostragem do solo e prevenir a contaminação por necro-chorume. O mesmo sistema será adotado também nos cemitérios Central e São Luiz. As três unidades da cidade de Cascavel estão recebendo melhorias e ações vêm sendo executadas para conseguir vagas para sepultamentos até que a prefeitura consiga área para um novo cemitério. Paralelamente, o superintendente da Acesc, Leoclides Rigon, quer transformar os campos santos em locais mais agradáveis para atrair visitantes em outras datas e não apenas no Dia de Finados, no Dia das Mães, Dia dos Pais, por exemplo.

Jornal Hoje – Qual é a realidade financeira da Acesc (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel)?

Léo Rigon - Confortável, porém não habilitada a fazer investimentos de médio ou grande portes. A Acesc não teria hoje condições de adquirir área para o novo cemitério, depende da prefeitura. E menos ainda de fazer a infraestrutura.

Hoje – Como está a procura por área?

Léo Rigon - Estamos partindo para a área rural, porque as áreas existentes não têm o tamanho necessário - 4 alqueires ou 100 mil m2 - para a construção do novo cemitério para os próximos 50 anos, com capacidade para 30 mil a 40 mil sepulturas no sistema jardins.

Hoje – Existe área em vista?

Léo Rigon – Na área urbana, além de pequenas, consultamos a população do entorno, que não aceita vizinhar com cemitério. O prefeito Edgar Bueno (PDT) pediu para não fazermos sem aprovação dos cascavelenses. Partimos então para a procura de áreas rurais, porém, próximas do perímetro urbano.

Hoje – Qual a capacidade do Cemitério Central hoje?

Léo Rigon – Hoje, zero. Estamos criando, com a exumação de sepulturas consideradas em estado de abandono e com a retirada de árvores de espécies inadequadas para o local, 300 vagas no Cemitério Central, por desapropriação. Mais 350 gavetas que estarão disponíveis no segundo semestre, já que um gavetário que está sendo licitado para o início das obras.

Hoje – E o Cemitério São Luiz?

Léo Rigon – Foi iluminada parte dos corredores, será retirado também um barracão existente para a criação de 288 novas vagas. Será construído também um gavetário com 128 gavetas.

Hoje – E no cemitério do Guarujá, o que vem sendo feito?

Léo Rigon – Foram construídos quatro poços de monitoramento do lençol freático para fazer exames da água por amostragem do solo, para prevenir a contaminação por necro-chorume. O mesmo sistema será adotado também nos cemitérios Central e São Luiz. Poucos no país têm esse sistema, uma das exigências da legislação ambiental para a construção de cemitérios. No Guarujá tem um gavetário construído que será liberado no segundo semestre, com 510 gavetas. E 228 terrenos em estado de abandono serão desapropriados.

Hoje – Como é feita essa desapropriação?

Léo Rigon – Primeiro fazemos um contato com a família. Se não conseguimos por correio, telefone, visitas pelo cadastro, publicamos a convocação três vezes no Diário Oficial do Município. Se conseguirmos contato, a família é indenizada em espécie ou com a concordância da família, os restos mortais são transferidos para o gavetário, gratuitamente. A família escolhe a modalidade.

Hoje – Quais as obras previstas para o Cemitério Central?

Léo Rigon – Este ano ainda vai receber novo sistema de iluminação, com lâmpadas instaladas em braços, que vai possibilitar a ampliação da visitação à noite, das 18h para as 20h, receberá uma capela ecumênica para celebrações e orações dos visitantes, modelo de Roma/Itália, estão sendo substituídos 10 mil m2 de pedra brita por grama esmeralda nos corredores entre as sepulturas, serão plantadas 400 mudas de árvores de espécies adequadas para o local, as ruas receberão cobertura asfáltica, a Rua do Rosário, em frente ao cemitério, entre a Carlos Gomes e a Barão do Cerro Azul, será transformada em um calçadão e ao lado das três capelas serão construídas mais duas e estacionamento totalmente fechado, com guarita para segurança dos visitantes. Está implantado sistema de câmeras de monitoramento com oito unidades e capacidade de ampliação para 20, em pontos estratégicos e monitoramento 24h no calçadão, estacionamento e avenida central do cemitério.

Hoje - E no São Luiz?

Léo Rigon – Está sendo projetado novo sistema de iluminação em toda a praça, em torno da capela e na Rua Paranaguá, em frente ao cemitério, no Guarujá também. Novos refeitórios serão construídos, para dar qualidade de vida aos funcionários.

Hoje – Quais ações executadas que são consideradas decisivas?

Léo Rigon – A primeira ação, em janeiro, o convênio que firmamos com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, pelo IML (Instituto de Medicina Legal) de Cascavel, para a busca e transporte de corpos vítimas de mortes violentas. O governo do Estado entrou com a viatura zero, combustível e manutenção e a Acesc com os recursos humanos."

Fonte: http://www.jhoje.com.br/23032009/politica.php

Nota: Esperamos que no domingo tenhamos novidades sobre o projeto e a cobertura do próximo local a ser visitado. Até lá !!!